O presidente da Venezuela disse que, durante sua
visita a Cuba, teve boas e longas conversas com o líder da revolução cubana: "Tivemos bons encontros, longos encontros de
conversa e trabalho com o comandante Fidel Castro”. O mandatário
bolivariano esclarece que os temas da agenda versaram sobre assuntos regional e
internacional. O presidente, que insiste em administrar seu país sob os
princípios arcaicos e ultrapassados do socialismo, demonstra plena incapacidade
para solucionar os graves problemas que afetam as condições de vida do seu
povo. Na verdade, à luz dos fatos decadentes e desanimadores provenientes da
ilha, os irmãos castristas deveriam ser os únicos mandatários da face da terra
com que quem ninguém deveria se encorajar para se buscar orientação político-administrativa
para a solução da crise econômica que assola com muita intensidade a Venezuela.
Como são sabidas, em 2013, as experiências desastrosas do primeiro ano de
governo do presidente venezuelano foram evidenciadas pelo galopante crescimento
da inflação, que atingiu o patamar histórico de 56% e foi agravada pela
escassez de alimentos e de gêneros de primeira necessidade. Diante da economia
totalmente desestruturada, sucateada e distanciada da realidade do mundo atual,
que vem passando por significativos avanços, principalmente de modernidade
científica e tecnológica, é absolutamente irrelevante que o presidente
venezuelano recorra aos ditadores cubanos para discutir temas de governo,
porque, por certo, a única experiência proveitosa que ele poderá obter se
relaciona às draconianas práticas ditatoriais, de centralismo do controle do
Estado e da restrição do usufruto dos direitos humanos, em total contraposição
aos salutares princípios democráticos e humanitários, que contribuem, de forma
decisiva, para acentuar os fatores econômicos essenciais e indispensáveis ao
impedimento do desenvolvimento socioeconômico do país. Na atualidade, a
Venezuela tem sido o principal aliado político e econômico de Cuba. Desde 2000,
os governos desses países mantêm convênios que foram paulatinamente ampliados
até abrangerem temas de toda ordem, incluído um sobre cooperação energética,
por meio do qual a ilha recebe 100 mil barris diários de petróleo da Venezuela.
Entre os dois países também há o famigerado convênio referente à importação de
médicos cubanos, possivelmente funcionando nas mesmas condições estabelecidas
com o governo brasileiro, em que os pagamentos pertinentes aos serviços pelos
profissionais são feitos diretamente ao governo cubano, quando o correto, na
forma da legislação, em especial a trabalhista, seriam aos próprios médicos,
que também não têm nenhum vínculo empregatício senão com o Estado caribenho, os
serviços são prestados no Brasil. Com absoluta
certeza, as "longas conversas" entre os ditadores cubano e
bolivariano vão servir para aperfeiçoar ainda mais as retrógradas medidas e as
técnicas antidemocráticas já postas em prática na Venezuela, onde foram
implantadas as desaconselhadas lições de desrespeito aos direitos humanos, à
livre iniciativa, à liberdade de expressão, ao livre comércio e demais
sentimentos da falta de civilidade e de humanidade, tudo em contraposição às
conquistas e aos avanços da modernidade e do conhecimento da humanidade. O governante que
procura se orientar pelos ensinamentos cubanos já sabe perfeitamente o destino
do seu povo, que não pode ser diferente do subdesenvolvimento e do retorno à
incivilidade ou a permanência nela. A sociedade brasileira tem o dever cívico e
patriótico de perceber com clareza os malefícios do regime socialista para a
humanidade, em especial quanto às dificuldades para a convivência saudável e pacífica
com os sonhados princípios democráticos de amplas liberdades e de
desenvolvimento social e econômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 22 de janeiro de 2014
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