Como estratégia para ganhar as próximas eleições, a
presidente da República, o ex-presidente da República petista e os candidatos
do PT nos estados terão, a partir de fevereiro, espaço privilegiado nos
programas de televisão a que o partido participar. A direção do partido deverá se
reunir, no fim do corrente mês, com a finalidade de discutir os primeiros
preparativos da estratégia de comunicação para a eleição, entre outros assuntos.
A essência da ideia é possibilitar que a presidente da República apresente o
balanço do governo federal e que o ex-presidente relembre os resultados da
gestão petista, de modo a criar margem favorável para alavancar a imagem dos
candidatos aos governos dos estados. Infelizmente, a
arma mais poderosa dos governos socialistas é a propaganda, a exaltação das
qualidades quase sempre inexistentes, das obras nem sempre realizadas e das verdadeiras
ilusões e exaltações, como primacial forma de assegurar a perpetuidade no
poder. No caso do governo petista, a sua dívida é enorme com a sociedade
brasileira, porque foi o partido que conseguiu detonar definitivamente os
padrões de dignidade e de moralidade que tanto defendia e prometia implantar na
administração pública quando assumisse o governo. Não é novidade de ninguém que
o resultado das promessas fajutas que foi o mais desastroso que jamais se
imaginaria que pudesse acontecer em pleno século XXI, com a inversão do que se
prometia. Tudo começou com as espúrias coalizões, formadas com partidos de
forte ideologia fisiológica, que se apoderaram dos ministérios e das empresas
estatais, em troca de apoio político. As lideranças petistas conseguiram a
simpatia e a amizade dos políticos considerados por eles, no passado recente,
de picaretas, ladrões, desonestos, corruptos, incompetentes e outros adjetivos
impróprios para o exercício das atividades políticas e com eles formaram
alianças meramente interesseiras, contrárias aos princípios da pureza
democrática. Esses mesmos políticos considerados reles pelos petistas estão, na
atualidade, unidos de mãos dadas, nos mesmos palácios, nos mesmos palanques e
nas mesmas praças públicas, todos imbuídos do mesmo propósito para continuarem
unidos na administração dos interesses dos brasileiros, que não conseguem
demonstrar dignidade, brio e nobreza para repudiar tamanha pobreza moral dos
políticos que menosprezaram, sem o menor pudor, os salutares princípios
democrático e constitucional da ética, moral e legalidade, fatos esses que
contribuíram para apequenar, de forma decisiva, a relevância das funções e
atividades políticas, que jamais deveriam ter passado por lamentáveis
desmoralizações. Quanto à administração propriamente do país, o PT, apesar de
algumas conquistas na economia e na área social, que certamente seriam mais
significativas se o país tivesse sido administrado com a devida eficiência,
ainda deve muito à sociedade, por não ter implementada a reformulação das
estruturas do Estado, principalmente no que diz respeito aos grandes gargalos
que estão contribuindo para atrasar ou impedir o desenvolvimento da nação, a
exemplo da pesadíssima carga tributária, dos injustos encargos previdenciários,
da péssima infraestrutura e da falta de priorização das políticas públicas, que
certamente refletem na má qualidade dos serviços públicos prestados à
sociedade, como educação, saúde, segurança, transportes, saneamento básico,
entre tantas mazelas que seriam evitáveis caso a administração do país tivesse
atuado com estrita observância aos princípios da competência, moralidade,
eficiência, transparência e legalidade. Nada impede que o PT faça propaganda do
seu governo e dos seus líderes, mas seria de bom alvitre que fossem inseridas
nesse marketing politiqueiro justificativas sobre as precariedades atribuídas
ao seu desempenho político-administrativo na condução do país, principalmente
explicando as razões pelas quais o Custo Brasil penaliza o parque industrial,
que não consegue desempenhar com eficiência suas atividades econômicas e
competir em igualdade de condições com a produção estrangeira; a Petrobras teve
perda de dois terços do seu patrimônio, devido à má gestão e à ingerência do
Palácio do Planalto; houve completa arruína dos princípios morais com suas
alianças espúrias; a carga tributária só cresce, tendo atingido 35,85% do PIB,
em 2012; a tabela do Imposto de Renda não ter sido atualizada com base na
inflação; entre tantos fatos inadmissíveis que contribuem de forma decisiva
para sacrificar o povo e arrefecer as perspectivas de crescimento do país. A
sociedade, atenta à sua obrigação cívica e patriótica, deve refletir, com
profundidade, sobre a necessidade de urgente mudança no pensamento ideológico
como o país vem sendo administrado, de modo que isso possa efetivamente
contribuir para que a gestão político-administrativa da nação tenha por
objetivos a consecução de eficiência, moralidade, probidade, transparência,
legalidade e economicidade, como maneira possível da retomada do crescimento
socioeconômico do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR
FERNANDES
Brasília, em 12 de
janeiro de 2014
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