Segundo notícia veiculada pela mídia, a presidente da
República resolveu participar da reunião do PT, em Fortaleza, neste final de semana,
para fazer defesa da futura equipe econômica, a par de ter também sinalizado que
dialogará mais com o partido na próxima gestão.
A atitude da presidente evidencia disposição para a
realização à inflexão sobre diferente e mais adequada forma de se governar o
país, à vista do sufoco e do desgaste sofridos para ela ser reeleita, quando
foi obrigada a defender as precariedades da sua gestão, que agora ela reconhece
que as políticas empregadas estavam equivocadas e que algo precisa realmente
ser mudado de rumo, como forma de se evitar que a crise econômica seja aprofundada
ainda mais do que já se encontra. Para tanto, ela pretende deixar claro que
serão feitos indispensáveis ajustes fiscais, porém de maneira gradual, na tentativa
de se acalmar seu partido.
Conforme a ideologia e o pensamento dos novos
ministros da área econômica e isso eles já deixaram bastante claro, certamente
serão anunciadas medidas duras para estancar o processo que levou o país ao
estado de precariedade na condução das políticas econômicas, possivelmente em
menor grau do que os petistas estão imaginando, mas há setores do partido da presidente
temerosos de que a escolha do novo titular do ministério da Fazenda contribua
para derrubar ainda mais a economia, que já atingiu o grau de alerta.
A intenção da presidente do país é debater com o
Diretório Nacional do PT, instância regular máxima do partido, as questões da
área econômica passíveis de urgentes ajustes, para se evitar o chamado fogo
amigo contra a nova equipe do governo.
A mudança de mentalidade da presidente do país, com
a espetacular guinada para o ajuste nas políticas fiscal e econômica, com
vistas a se estancar a evidente sangria dos mecanismos de desenvolvimento
econômico, mostra que ela não tinha alternativa senão concordar com as justas
críticas da oposição de que o seu governo tinha sido verdadeiro fracasso para o
país, ante os indicadores que mostravam claramente ineficiência e ineficácia
gerenciais, em evidentes prejuízos para o interesse nacional.
O certo é que, agora, depois de dar o braço a
torcer, ante a realidade dos fatos, que passam a ser vistos pela presidente,
ela pretende defender posições ideais para a área econômica do seu segundo
governo, mas o primeiro passo a ser dado é justamente tentar aplacar a fúria da
ala descontente do seu partido com as escolhas dos ministros para comandar a
revolução optada por ela para tirar o país do fosso profundo, que o petismo
simplesmente considera absolutamente normal, embora o pouco de lucidez administrativa
da presidente ainda tenha conseguido vislumbrar nesga de luz no final do túnel.
Não há
dúvida de que dobrar a resistência das alas radicais do partido, que já se
acostumaram com os métodos retrógrados e obsoletos das políticas econômicas
empregados nos últimos anos, quando, por meio dos quais, o partido conseguiu,
mesmo assim, ser vitorioso e se manter no poder, não vai ser tarefa das mais
fáceis para a petista.
Depois dos desastrosos resultados no desempenho das
políticas econômicas, em que o país teve crescimento apenas medíocre e
ridículo, não somente a presidente da República merece trégua e compreensão
para tentar mudar a situação caótica da economia, mas o país não pode continuar
sendo administrado sob práticas e procedimentos comprovadamente incompatíveis
com suas potencialidades e riquezas, por exigirem a adoção de medidas urgentes,
sensatas e capazes de revitalização dos instrumentos de desenvolvimento, em
especial com o competente controle das contas públicas, que devem se submeter a
rigoroso pente fino de ajustes de qualidade, de modo que sejam postos em
prioridade os salutares princípios da austeridade, eficiência e eficácia como
exclusivos mecanismos de Estado, com embargo dos interesses pessoais e
partidários, por não condizerem com a administração séria, digna e honesta.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de novembro de 2014
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