sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

A confirmação do rumo errado


Em conformidade com levantamento divulgado em 1º/02/2016, pelo instituto de pesquisas Ipsos, 92% de 1.200 brasileiros ouvidos acreditam que o Brasil está no rumo errado, enquanto 8% deles entendem que o país segue na direção correta, ou seja, de dez das pessoas ouvidas, nove acham que o país perdeu o caminho que deveria percorrer.
Por seu turno, o percentual de 5% dos entrevistados avalia que a gestão da presidente da República é “ótima ou boa”, o que demonstra que a credibilidade dela está por um fio e pode não demorar a ser atingido o clímax de total desconfiança, com a continuidade e a intensificação da medíocre gestão pública, que não consegue estancar o dramático descalabro que tomou conta, em especial, da economia e das contas públicas.
O mandato da petista foi avaliado por 79% das pessoas ouvidas como “ruim ou péssimo”, enquanto 15% o classificam como “regular”.
A pesquisa em comento foi realizada no período de 13 a 27 de janeiro recém-findo, com abrangência em 72 municípios das quatro regiões brasileiras.
A avaliação das pessoas entrevistadas, com certeza, reflete o sentimento da maioria absoluta dos brasileiros que percebem, com muita clareza, que o país se encontra acéfalo, sendo administrado por pessoas totalmente despreparadas e o pouquíssimo que ainda é feito visa à satisfação de projetos pessoais ou partidários, à luz dos conchavos para a formação dos ministérios, que foram loteados entre políticos ultrainteresseiros e extremamente fisiologistas, preocupados tão somente em defender suas causas, em detrimento dos objetivos e das finalidades nacionais.
 A propósito, a presidente do país não teve o menor pudor para compor, às claras, a sua base de sustentação por meio do fortalecimento de aliança com a garantia do juramento de fidelização ao Palácio do Planalto, com vistas à blindagem contra o processo de impeachment em curso na Câmara dos Deputados, havendo nessa indecente negociação o envolvimento da máquina pública, em flagrante afronta aos princípios da honorabilidade, moralidade, legalidade e dignidade que devem imperar sempre na administração pública.
A pesquisa em referência reflete, de forma cristalina, a situação dramática, em especial, da economia, mostrando que a terrível recessão afeta diretamente o emprego dos brasileiros, em razão do fechamento das vagas de trabalho, por consequência do desmobilização do parque industrial, que não consegue investir e fomentar a produção, devido à impossibilidade de competitividade dos produtos nacionais, cuja aquisição foi prejudicada com a falta de consumo, provocada pelo desemprego e também pela restrição do crédito, em face dos juros com taxas estratosféricas, tudo contribuindo para a potencialização das alarmantes crises, que se expandem em escala cada vez mais preocupante, haja vista que o governo não consegue sequer esboçar, por minimamente que seja, medida capaz de minimizar a catástrofe nacional.
A verdade é que o governo tem lançado pacote exclusivamente com a finalidade de solucionar o rombo das contas públicas, depois de ter gastado de forma irresponsável além das receitas do Tesouro Nacional, sendo forçado a recorrer a empréstimos aos bancos e investidores, obrigando-se ao pagamento de juros de, no mínimo, 14,25% a.a., de modo a contribuir para elastecer a incontrolável dívida pública, que já se aproxima de três trilhões de reais, e reduzir a níveis nulos os investimentos em obras públicas indispensáveis ao desenvolvimento socioeconômico.
A situação de governabilidade do país é realmente crítica e preocupante, conforme evidencia, com clareza, a pesquisa em apreço, principalmente porque a continuidade da gestão somente contribui para potencializar o caos na gestão dos recursos públicos, diante da inépcia e da omissão ínsitas na flagrante incompetência da presidente do país, que não se digna a reconhecer seus graves erros que levaram o país ao estado de falência múltipla de suas estruturas, que demonstram contínua inoperância e dependência de capacidade administrativa.
Além das deficiências administrativas, a presidente se faz de ouvidos moucos aos enlouquecidos apelos dos brasileiros, que imploram, com veemência, por urgente mudança do comando do país, por ter deixado de ser governado há bastante tempo, com indiscutível prejuízo para os interesses da população, que não merece passar por situação de extrema calamidade gerencial e administrativa, como demonstra a precariedade dos serviços públicos prestados pelo Estado, que têm sido objeto de ridicularização da opinião pública, à luz do decepcionante, porém realista, resultado da pesquisa em comento, diante da total incapacidade do governo de atender às exigências básicas da população, em especial quanto à saúde, educação, segurança pública, infraestrutura, saneamento básico etc., em evidente situação de caos e de calamidade pública. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de fevereiro de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário