Em conformidade com levantamento divulgado em
1º/02/2016, pelo instituto de pesquisas Ipsos, 92% de 1.200 brasileiros ouvidos
acreditam que o Brasil está no rumo errado, enquanto 8% deles entendem que o país
segue na direção correta, ou seja, de dez das pessoas ouvidas, nove acham que o
país perdeu o caminho que deveria percorrer.
Por seu turno, o percentual de 5% dos entrevistados
avalia que a gestão da presidente da República é “ótima ou boa”, o que
demonstra que a credibilidade dela está por um fio e pode não demorar a ser
atingido o clímax de total desconfiança, com a continuidade e a intensificação
da medíocre gestão pública, que não consegue estancar o dramático descalabro
que tomou conta, em especial, da economia e das contas públicas.
O mandato da petista foi avaliado por 79% das
pessoas ouvidas como “ruim ou péssimo”, enquanto 15% o classificam como
“regular”.
A pesquisa em comento foi realizada no período de
13 a 27 de janeiro recém-findo, com abrangência em 72 municípios das quatro
regiões brasileiras.
A
avaliação das pessoas entrevistadas, com certeza, reflete o sentimento da
maioria absoluta dos brasileiros que percebem, com muita clareza, que o país se
encontra acéfalo, sendo administrado por pessoas totalmente despreparadas e o
pouquíssimo que ainda é feito visa à satisfação de projetos pessoais ou
partidários, à luz dos conchavos para a formação dos ministérios, que foram
loteados entre políticos ultrainteresseiros e extremamente fisiologistas,
preocupados tão somente em defender suas causas, em detrimento dos objetivos e
das finalidades nacionais.
A propósito, a presidente do país não teve o
menor pudor para compor, às claras, a sua base de sustentação por meio do
fortalecimento de aliança com a garantia do juramento de fidelização ao Palácio
do Planalto, com vistas à blindagem contra o processo de impeachment em curso
na Câmara dos Deputados, havendo nessa indecente negociação o envolvimento da
máquina pública, em flagrante afronta aos princípios da honorabilidade,
moralidade, legalidade e dignidade que devem imperar sempre na administração
pública.
A
pesquisa em referência reflete, de forma cristalina, a situação dramática, em
especial, da economia, mostrando que a terrível recessão afeta diretamente o
emprego dos brasileiros, em razão do fechamento das vagas de trabalho, por
consequência do desmobilização do parque industrial, que não consegue investir
e fomentar a produção, devido à impossibilidade de competitividade dos produtos
nacionais, cuja aquisição foi prejudicada com a falta de consumo, provocada
pelo desemprego e também pela restrição do crédito, em face dos juros com taxas
estratosféricas, tudo contribuindo para a potencialização das alarmantes
crises, que se expandem em escala cada vez mais preocupante, haja vista que o
governo não consegue sequer esboçar, por minimamente que seja, medida capaz de
minimizar a catástrofe nacional.
A
verdade é que o governo tem lançado pacote exclusivamente com a finalidade de
solucionar o rombo das contas públicas, depois de ter gastado de forma
irresponsável além das receitas do Tesouro Nacional, sendo forçado a recorrer a
empréstimos aos bancos e investidores, obrigando-se ao pagamento de juros de,
no mínimo, 14,25% a.a., de modo a contribuir para elastecer a incontrolável
dívida pública, que já se aproxima de três trilhões de reais, e reduzir a
níveis nulos os investimentos em obras públicas indispensáveis ao
desenvolvimento socioeconômico.
A
situação de governabilidade do país é realmente crítica e preocupante, conforme
evidencia, com clareza, a pesquisa em apreço, principalmente porque a
continuidade da gestão somente contribui para potencializar o caos na gestão
dos recursos públicos, diante da inépcia e da omissão ínsitas na flagrante
incompetência da presidente do país, que não se digna a reconhecer seus graves
erros que levaram o país ao estado de falência múltipla de suas estruturas, que
demonstram contínua inoperância e dependência de capacidade administrativa.
Além
das deficiências administrativas, a presidente se faz de ouvidos moucos aos enlouquecidos
apelos dos brasileiros, que imploram, com veemência, por urgente mudança do
comando do país, por ter deixado de ser governado há bastante tempo, com
indiscutível prejuízo para os interesses da população, que não merece passar
por situação de extrema calamidade gerencial e administrativa, como demonstra a
precariedade dos serviços públicos prestados pelo Estado, que têm sido objeto
de ridicularização da opinião pública, à luz do decepcionante, porém realista,
resultado da pesquisa em comento, diante da total incapacidade do governo de
atender às exigências básicas da população, em especial quanto à saúde,
educação, segurança pública, infraestrutura, saneamento básico etc., em
evidente situação de caos e de calamidade pública. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de fevereiro de 2016
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