segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Péssimos exemplos de ineficiência


Em entrevista a blogueiros, o petista ex-presidente da República não mediu palavras para mandar recado direto e muito claro à sua pupila, tendo cobrado dela urgentes medidas para reaquecer a economia e mostrar o motivo pelo qual promoveu a troca do ministro da Fazenda.
No entendimento do petista, a solução da crise política somente será possível com a melhora da economia, de modo a recuperar o apoio dos eleitores que votaram na petista e se desiludiram no ano passado, como forma de sepultar em definitivo a ameaça de impeachment contra ela.
Por sua vez, a presidente recebeu, de forma sutil, recado do vice-presidente da República, que aproveitou encontro com ela para, após ter sido informado sobre a reativação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, também conhecido como Conselhão, no sentido de que ela ouvisse mais, ao invés de apresentar medidas já prontas, concluídas, dando a entender que a presidente simplesmente emburra de goela abaixo das lideranças que podem assessorar nas questões importantes matérias já decididas e acabadas, mas que poderiam ser previamente aperfeiçoadas, em proveito da eficiência inerente à otimização dos atos administrativos.
          Segundo se pode intuir, com a reativação do Conselhão, a presidente do país apenas apresentou aos empresários e sindicalistas, todos do seu círculo de amizade, novas medidas requentadas, que foram modelo de fracasso na área econômica, que não contribuíram em nada para tirar a economia do arrocho, apenas trazendo no seu bojo a imperiosa necessidade da reedição da famigerada CPMF, que os brasileiros simplesmente abominam, por não suportarem mais tanta insensibilidade por parte do governo quanto à crise que também os atinge, com bastante dureza, em especial diante do castigo resultante do dramático desemprego, que é preocupante e exige medidas específicas para arrefecer a sua perversa incidência.
Diante dos fatos, é evidente que não se pode esperar muita coisa de esperança de melhora por parte do governo que demonstra, no cotidiano, completa incompetência quanto à apresentação de medidas e iniciativas construtivas para a solução das gravíssimas questões que grassam no país e contribuem para emperrar ainda mais o desenvolvimento socioeconômico.
À vista dos fatos referidos acima, a presidente está sempre à mercê de cobrança, sugestão e pressões para a realização de algo novo, em termos de governança e de realização na administração do país, mas, de efetivo mesmo nada é feito, salvo a apresentação de pacotes e mais pacotes contendo ajustes nas áreas fiscal e econômica, com invariáveis medidas mágicas para sacrificar ainda mais a situação já periclitante dos brasileiros.
A recriação da famigerada CPMF é mais um exemplo de muita maldade do governo, que luta desesperadamente para implantar mais um tormentoso tributo, que, se aprovado, terá o condão de tão somente aliviar o terrível rombo nas contas públicas, ou seja, o governo pretende ressuscitar uma contribuição bastante abominável pelos brasileiros, com a exclusiva finalidade de tentar corrigir a sua gastança absurda e irresponsável, sem trazer, no seu bojo, qualquer benefício ou contrapartida para a sociedade, que apenas incorpora no seu já pesado fardo mais esse sacrifício, em que pese ela já se encontrar sobrecarregada com carga tributária absurda e escorchante, em relação aos serviços prestados de péssima qualidade pelo governo, que não tem a menor sensibilidade com relação à crise que também acontece com a população, que depende muito da situação econômica do país.
Além do patrocínio de mais sacrifício para os brasileiros, o governo ainda demonstra completas insensatez e insensibilidade com relação ao enxugamento e à racionalização da máquina pública, com vistas ao aperfeiçoamento e à eficiência de seu funcionamento, que poderiam contribuir de forma imperiosa para o atendimento do salutar princípio da economicidade, por consequência da diminuição das descomunais despesas públicas e do alívio no bolso das famílias, em razão da possibilidade da redução da carga tributária e do arrefecimento do elevadíssimo custo de vida.
Os brasileiros precisam se organizar, com a máxima urgência, para protestar contra a nítida falta de medidas capazes de contribuir para mudar radicalmente a inércia e a omissão do governo, notadamente quanto à busca de solução criativa e efetiva para as graves crises social, política e econômica que estão engrossando o caldo das dificuldades que impedem a retomada do crescimento econômico do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de fevereiro de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário