O
presidente nacional do PT pediu aos integrantes da bancada petista na Câmara
dos Deputados que promovam "defesa
permanente" do ex-presidente da República petista.
A
preocupação do presidente do PT diz respeito à necessidade de defesa enfática do
ex-presidente, que está sendo investigado pelo Ministério Público Federal por
suposta ocultação de propriedade de um tríplex e um sítio, reformados,
respectivamente, pelas construtoras OAS e Odebrecht, cujos principais executivos
dessas empreiteiras estão presos, por envolvimento no esquema de corrupção de
desvio fraudulento de recursos da Petrobras, objeto das investigações da Operação
Lava-Jato.
O
presidente do partido afirmou que "Temos
que fazer uma defesa permanente e diária do presidente Lula, que está sendo atacado.
Temos que ter uma defesa permanente do presidente Lula, mesmo que ele não
queira e relute".
Ele
disse ainda que o partido fará "grande
homenagem" ao petista-mor, no próximo dia 27, durante evento em
comemoração pelo aniversário do PT. Ele deixou claro que "Não será um desagravo, porque não
acreditamos que presidente Lula esteja agravado por esses canalhas que operam
contra ele".
O
presidente do PT disse que “Pedi aos
deputados que, nos seus Twitters, nos seus Facebooks, nos pronunciamentos,
denunciem qualquer tentativa de criminalizar o presidente Lula. O ataque ao
presidente Lula é permanente pelo temor de que ele venha a ser candidato em
2018”.
Diante dos fatos, que são visivelmente graves, por
se suspeitar da ocultação de patrimônio e de beneficiamento de reformas em
imóveis da propriedade do ex-presidente, embora ele não assuma isso, as
lideranças petistas demonstram nítido desespero pela iminência do envolvimento
do seu maior líder, que acaba de assegurar que é o político mais honesto do
país, em cuja afirmação os fanatizados acreditam piamente, não permitindo que
os fatos sequer sejam devidamente investigados, por considerarem que o
todo-poderoso seja incapaz de cometer o menor deslize, mesmo que as evidências
sejam bem robustas, abrangentes e circunstanciadas.
A maneira como o presidente da agremiação expõe
preocupação quanto ao envolvimento do petista-mor, pedindo intransigentemente a
defesa da honra dele, inclusive classificando de canalhas os patrocinadores das
ações movidas contra ele, deixa muito claro que o ex-presidente é absolutamente
imune a qualquer suspeita sobre a prática de malfeitos, no dizer da presidente
do país, estando acima de tudo e todos, inclusive das leis do país,
constituindo verdadeira canalhice, para os petistas fanatizados, a tentativa de,
ao menos, investigá-lo, que tem a finalidade de aquilatar a licitude ou não
sobre os fatos denunciados, cuja investigação tem a finalidade de esclarecer
definitivamente o episódio, evitando que a falta dessa medida eternize a dúvida
em desfavor desse importante ho0mem público, fato que conspira contra os planos
políticos dele.
Causam espécie as levianas alegações de petistas de
que os ataques ao ex-presidente representam temor diante da possível volta
dele, como candidato, em 2018, dando a entender que ele ainda tenha o cacife de
presidencial imbatível, como se os inumeráveis casos de corrupção envolvendo o
PT e o próprio petista, a exemplo do mensalão, petrolão etc., não tivessem
carcomido parte expressiva do prestígio conquistado no governo dele, dando a
entender que os brasileiros são um bando de imbecis, completamente insensatos e
insensíveis às indignidades e à desmoralização dos saudáveis princípios da
administração pública, a exemplo da transparência.
O que mais destoa dos petistas, em relação ao resto
da sociedade, é a forma transversa como eles avaliam os fatos, sempre sob o
enfoque da superioridade absoluta que somente pertence a eles, por terem incutido
a ideia de que, em qualquer circunstância, eles são simplesmente imunes à censura
e ao controle, por se posicionarem como verdadeiros intocáveis que estão acima
de todos e até da lei, em contrariedade a princípio da Carta Magna que dispõe,
de forma cristalina, que os direitos e as obrigações são garantidos em igualdade
para os brasileiros, o que vale dizer que ninguém pode se julgar acima ou fora
do alcance da lei, que não admite discricionariedade ou privilégio nem mesmo
para os que forem considerados suprassumos ou endeusados por segmentos de
fanatizados, que somente conseguem enxergar egoisticamente suas conveniências e
seus interesses.
Os brasileiros têm o dever cívico de se conscientizar
de que nenhum homem público ou partido político podem ser transformados em
entes com o poder de superioridade, onipotência, prepotência como no caso da imaginação
dos petistas, que se julgam sobrepostos no píncaro da dignidade, em supremacia
até sobre os princípios constitucionais, na forma de suprassumo em perfeição
que apenas eles são capazes de alcançar, sob a concepção de que somente seus
integrantes são capazes de fazer tudo com correção e, ao mesmo tempo,
impotentes para incorrer em erros ou maldades, por mínimos que sejam, além de se
considerarem imunes a avaliação sobre seus atos, que são considerados intocáveis
e incensuráveis, embora os fatos, em muitos casos, falem por si sós e até mostrando
que o país se encontra mergulhado em graves crises ética, política, econômica,
social e administrativa, graças à exacerbação da incompetência, inércia e
desmoralização administrativas dos governos petistas.
Os petistas precisam se conscientizar, com o máximo
de urgência, que as atividades político-partidárias modernas abominam e repudiam
o populismo e o caudilhismo arcaicos e retrógrados, por não se harmonizarem com
os princípios de civilidade, desenvolvimento, dignidade e respeito aos sagrados
sentimentos das pessoas, que acreditam piamente na honestidade dos homens
públicos, mas terminam se decepcionando com facilidade diante de deslizes
protagonizados por eles, quando é gravemente constrangida a sua obrigação no
exercício de cargos públicos eletivos, que deve se restringir, em respeito aos
princípios da moralidade, verdade, legalidade e dignidade, ao exclusivo
atendimento das finalidades pertinentes ao interesse público. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 08 de fevereiro de 2016
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