Em
mensagem comemorativa do aniversário de 36 anos do PT, o ex-presidente da
República petista afirma que “Se Deus
quiser, apesar de toda dificuldade momentânea, (o PT) vai continuar a ser o grande partido da
história deste país. Vamos torcer para que quando comemorar 37 anos de idade (em 2017) estejamos
mais fortes do que hoje. É certo que não fizemos tudo o que tínhamos que fazer.
É certo que cometemos erros e quem comete erros paga pelos erros que cometeu, é
certo que um partido com esta quantidade de filiados tem gente mais à esquerda,
mais à direita, mais ao centro. O PT não é uma seita”.
O
petista não cita as investigações das quais é alvo sobre as reformas realizadas
por empreiteiras em um apartamento tríplex e um sítio de veraneio, todos em São
Paulo, e, sem fazer menção a nomes ou a casos específicos, ele admite, apenas de
forma genérica, erros cometidos por petistas, dando a entender que nada o
atinge, como se ele não fosse o principal líder da agremiação, que tem seu nome
no olho do furacão.
Não
obstante, o ex-presidente pede que o povo “faça
uma reflexão” sobre a importância histórica do PT – ao qual se refere mais
de uma vez como o mais importante partido do Brasil – e enumera exemplos
inovadores do chamado “modo petista de
governar”, como o orçamento participativo. É evidente que, nesse “modo petista de governar”, o petista não
quis se referir aos continuados e contundentes escândalos do mensalão e
petrolão, que macularam por completo a gestão petista, por dizerem respeito aos
maiores casos de corrupção da história republicana.
Segundo
o petista, “Nossos adversários
conservadores não aceitam” a importância histórica do PT, que decorre do
fato de o partido ter sido o primeiro a “dar
voz ao povo”, trazendo setores antes excluídos para a vida política
nacional. Aqui, o petista incorre em enorme contradição, porque ele deu voz aos
maus políticos que ele antes os abominava, qualificando-os de picaretas,
corruptos, ladrões e outros adjetivos nada compatíveis com as saudáveis e
limpas atividades político-partidárias,
mas eles foram integrados normalmente às suas espúrias alianças, com a
finalidade de conquistar, de forma plena e absoluta, a dominação e o poder.
Não
há a menor dúvida de que o legado do PT é bastante marcante, desde que ele
assumiu o poder, tendo deixando rastro de fatos que maculam, de forma
indelével, o seu passado de muita turbulência, em que os fatos irregulares
resultaram na prisão ou na investigação de petistas da cúpula do partido, por
sua participação em crimes de corrupção contra a administração pública.
Com
vistas a satisfazer o pedido do petista de reflexão sobre a importância
histórica do PT, não precisa muito esforço para se perceber que as conquistas
do passado foram completamente anuladas com a atual desastrada gestão da
petista, que conseguiu quebrar e destruir as estruturas do Estado, permitindo
que a péssima administração do país resultasse na terrível recessão econômica,
cujos desalentadores e melancólicos indicadores são refletidos no forte
desemprego, na inflação de dois dígitos, nos juros nas alturas, no crescimento
das dívidas públicas, no aumento dos tributos, na diminuição da arrecadação, na
falta de investimentos públicos, na desindustrialização, entre outras
precariedades que estão contribuindo fortemente para o subdesenvolvimento
socioeconômico.
Todo
esse legado de desgraça administrativa é fruto das nítidas incompetência e ineficiência
da gestão petista, cujos integrantes do PT e seus simpatizantes poderiam aproveitar
o ensejo comemorativo do aniversário de criação do partido para fazer reflexão
sobre os malefícios que os resultados deletérios foram e são capazes de causar
as crises ética, social, política, econômica e administrativa, contribuindo
como importância histórica supernegativa para os interesses do país e dos
brasileiros, que têm o dever cívico de repudiar toda maldade que esse partido
deixa de legado de extremo prejuízo ao desenvolvimento da nação.
O
PT certamente passará para a história como o partido que conseguiu quebrar as
estruturas da maior empresa pública brasileira, que já foi considerada a 12ª do
mundo, com potencial poder econômico e operacional, que foi transformada, de
repente, por métodos deletérios da corrupção, na empresa mais endividada do
mundo, tendo seu patrimônio simplesmente derretido e desvalorizado, graças ao
aparelhamento e à ingerência do governo petista, que tem sido totalmente
incapaz de assumir a culpa e a responsabilidade por tamanho desastre contra o
patrimônio nacional.
O
petista deita e rola no delírio do alto de suas crônicas arrogância e
prepotência, e ainda pretende convencer os incautos, ingênuos e ignorantes
que resistem em enxergar a realidade dos fatos, que são diametralmente
contrários à pretensão de grandeza do partido, que deixou no passado bem
distante os princípios da ética e da honestidade, conforme mostram os fatos do cotidiano.
É
lamentável que o PT, que defendia a ferro e fogo os princípios da ética,
moralidade e honestidade, prometendo inclusive perseguir a corrupção e os
corruptos, chegue aos 36 anos de existência na pior situação, em termos de
desmoralização e descrédito, que o partido jamais poderia imaginar ter chegado
esse estado deplorável, com seu nome e os de seus integrantes nas páginas do
noticiário policial, na lama e totalmente arruinado, diante dos fatos
deletérios, com condenações de prisão e investigações de pessoas chaves da
direção do partido, sem ter absolutamente nada para ser comemorado senão para
pedir desculpas ao país por tudo do que foi feito de prejudicial aos interesses
dos brasileiros, à luz da dramática e difícil situação econômica, completamente
atolada em terrível recessão que tem contribuído para o retrocesso do
desenvolvimento socioeconômico.
De
nada adiantou a autoproclamação do petista idealista, que teria, segundo ele
executado alguns efêmeros benefícios para os brasileiros, que hoje não existe
absolutamente nada do que foi conquistado, porque o desgoverno petista cuidou
de destruir o que havia sido realizado e de perder o rumo do desenvolvimento,
diante das políticas desastradas que culminaram com as gastanças irresponsáveis
e inconsequentes, conforme mostram os desalentadores resultados da economia,
com redução da arrecadação e inexistência de investimentos públicos.
Como
consequência das variadas bolsas, o governo petista contribuiu para piorar a pobreza,
por ter ensinado aos brasileiros que eles não precisam trabalhar para receber o
necessário para o sustento da sua família, em forma de esmola que ajudou a
aumentar o fosso da pobreza, que é vítima do discurso vazio e inconsistente do
ex-presidente, que ainda diz que tudo fez para que a sua popularidade
alcançasse o píncaro dos homens públicos do país, a custa de recursos dos
contribuintes.
Por conta disso, ele
tem a imaginação de achar que as magnânimas reformas em imóveis de suposta
propriedade sua soam como verdadeira injustiça, na suposição de que elas foram
feitas em razão da sua influência política, e isso não deveria jamais ser
objeto de investigação, pelo tanto que ele teria feito para a sua pobreza, que
continua na pior miserabilidade, porque os governos petistas não tiveram a
dignidade de se preocupar com a valorização do ser humano, por meio de imposição
de profissionalização dos participantes das diversas bolsas, que estão cada vez
mais dependentes das “bondades” do governo.
Trata-se
do mesmo e reiterado discurso pobre de petista arrasado pelos fatos de absoluta
degeneração dos princípios da administração pública, que não merece o menor
crédito, que tem como legado muitos exemplos de corrupção e de irregularidades,
a exemplo do mensalão e petrolão, todos iniciados no governo do petista, que
nada fez para punir os correligionários, mas os protegeu como verdadeiros
heróis da pátria, além de ser o responsável pela indicação da atual presidente,
que foi incapaz de evitar a destruição do país, com destaque para o
derretimento da economia, totalmente conturbada com recessão, desemprego,
desindustrialização, inflação fora de controle, juros nas alturas, redução da
arrecadação, péssima qualidade dos serviços públicos, inexistência de
investimentos públicos, entre outros componentes que estão contribuindo para o
retrocesso do Brasil.
Por se julgar o homem público mais
honesto do país e nisso ele acredita piamente, tanto que afirmou com extrema
convicção para os quatro cantos do mundo, o ex-presidente petista poderia, em
atenção aos princípios da dignidade e honestidade, cuja observância é exigida
como normas ínsitas da vida pública, antes de vir a público para vaticinar sobre
a volta por cima de seu "glorioso" partido, ante a relevante projeção
alcançada no mundo da política, ele deveria prestar contas à sociedade, que se
encontra estarrecida com relação aos fatos que estão vindo diariamente a
público, dando conta de que imóveis supostamente da sua propriedade foram
reformados às custas de empreiteiras e empresas de amigos, envolvendo
altíssimas cifras de origem bastante duvidosa.
A
sociedade está ávida e merece ser esclarecida, com fundamento em comprovantes
devidamente autênticos, sobre a licitude dos fatos até agora inquinados de
irregulares, eis que não pode ser considerado normal e muito menos regular que
haja investimentos em propriedades alheias por empreiteiras, sem mais nem
menos, como se não houvesse, nesse rumoroso episódio, o mínimo de tráfico de
influência de pessoas de muitíssimo prestígio, tendo em vista que, no mínimo,
as empresas esperam o retorno do seu investimento, na forma da sua futura
contratação pela administração pública, porque, no capitalismo, elas visam lucro,
na prestação de seus serviços.
À
vista da grandeza decantada sobre o partido, como sendo aquele que foi capaz de
endeusar pessoa que se acha imaculada e insuspeita até mesmo para ser
investigada, em indiscutível contrariedade ao princípio constitucional da
igualdade entre os brasileiros, em termos de direitos e obrigações, não é de
bom tom que os fatos suspeitos de possível irregularidade sejam tratados como
sendo apenas tentativas de "linchamento" moral, assim classificados
pelo presidente do PT, quando ele e os integrantes do partido deveriam ter a
sensibilidade e sensatez de exigir o imediato esclarecimento sobre as dúvidas
suscitadas, como forma de não jogar para debaixo do tapete a sujeita que apenas
se avoluma e fica cada vez mais difícil de ser aspirada, diante da insuportável
putrefação, em razão da complacência dos correligionários sobre possíveis
irregularidades, que precisam ser desvendadas, doa quem doer. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 20 de fevereiro de 2016
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