Pesquisa realizada, entre 21 e 31 de janeiro
último, pela empresa Venebarómetro, revelou que oito em dez venezuelanos afirmaram
que não têm dinheiro suficiente para comprar alimentos ou remédios, foto que
reflete a degeneração na situação econômica do país, nos últimos 22 meses.
Com a inflação subindo em ritmo astronômico e
incontrolável, passando de 68,5%, em 2014, para 180,9%, em 2015, a empresa de
pesquisas explica que, há dois anos, a população diminuiu significativamente a
capacidade para cobrir seus gastos, em razão da disparada dos preços.
As respostas preocupantes dos entrevistados foram
de que "o dinheiro não deu para
comprar ou pagar bens ou serviços básicos durante janeiro". Eles
disseram que a sua renda não foi suficiente para a comida (78,6%) e para os
medicamentos (79,9%), enquanto 89,7% não tiveram condições de comprar roupa e
64,8% não conseguiram pagar os serviços de educação.
Conforme relatório do Banco Central venezuelano, os
preços dos alimentos aumentaram 315% naquele país, em 2015, mas, em relação a
abril de 2014, o aumento foi de 646%, segundo dados oficiais. Com relação aos
medicamentos, a situação é ainda mais grave, haja vista que, de acordo com o
Venebarómetro, já em abril de 2014, 63,9% dos entrevistados afirmaram não poder
comprar os remédios necessários para a sua saúde.
Não à toa que mais de 70% dos venezuelanos se
manifestaram pela saída antecipada do presidente ditador daquele país, conforme
outra pesquisa realizada pela consultoria privada Datincorp. Pelo menos 72% dos
entrevistados disseram que querem que o presidente venezuelano "conclua seu mandato antes de 2019",
na mesma maneira como vem defende a oposição.
Ainda segundo a enquete, 65% das pessoas ouvidas
reprovam a gestão do presidente bolivariano, por já ter demonstrado a plena
incapacidade para solucionar as terríveis crises humanitárias que estão
sufocando os venezuelanos.
A tardia rejeição à desastrada administração
socialista/comunista é viva demonstração de que a sociedade daquele país está,
enfim, se despertando para a real degeneração dos estruturas venezuelanas sob o
comando da incompetência e da ineficiência, que não teve condições nem
capacidade para evitar que a economia se deteriorasse por meio do rigoroso e
bastante prejudicial controle de preços, que teve o condão de impedir que a
produção e a comercialização ajudassem ao desenvolvimento daquela nação, que
foi maltratada com a brutal desorganização de suas estruturas.
O povo venezuelano, infelizmente, tem o governo que
merece, por ter confiado piamente nas promessas fajutas e enganadoras da
revolução bolivariana, que têm por base o absoluto centralismo estatal e o
controle de tudo com mão de ferro, tendo a prevalência do desrespeito aos direitos
humanos, que foram mandados literalmente para o espaço sideral, com a companhia
do princípio democrático, onde ninguém tem direito de contrariar a
incompetência administrativa do governo socialista/comunista, que quebrou, por
inteiro, a nação e ainda insiste em permanecer no comando dela, para destruí-la
com maior intensidade.
À vista dos fatos alarmantes revelados pelos
próprios venezuelanos, com o reconhecimento do estado de falência das
estruturas humanitária e administrativa, nunca é demais se chamar a atenção, a
propósito, dos brasileiros para a forma bárbara, irresponsável e insana como a
incompetência e a ineficiência socialistas/comunistas conseguiram destruir, por
completo, país com potencial econômico baseado em riquíssimas reservas petrolíferas,
com o emprego de seus exacerbados e desumanos métodos e princípios ideológicos,
que apenas se fundam no absurdo projeto de absoluta dominação e de perenidade
no poder.
Nesse triste e lamentável episódio, é induvidoso e
até paradoxal que fica para os brasileiros, de forma lúcida e generosa, rica e magnífica
lição de que é preciso se avaliar, sem demora, as ideologias tresloucadas de
partidos tupiniquins da esquerda, que são ostensivamente simpatizantes da
tirania bolivariana, para a imperiosa necessidade de se rejeitar a sua maneira de
plena dominação, sob pena da implantação do famigerado bolivarianismo nas
terras brasileiras.
Os brasileiros também precisam se conscientizar de
que o pensamento retrógrado e troglodita dos socialistas não visa, em absoluto,
ao bem-estar social, mas sim a sua exclusiva supremacia sobre os tolos e ingênuos
que acreditaram incondicionalmente em graciosas distribuição de renda, por meio
de variadas bolsas, com o ostensivo viés populista e eleitoreiro, em benefício tão
somente dos verdadeiros aproveitadores, que utilizam recursos públicos para se
notabilizarem e se perpetuarem no poder. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de fevereiro de 2016
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