sábado, 27 de fevereiro de 2016

Humilhação humanitária



Pesquisa realizada, entre 21 e 31 de janeiro último, pela empresa Venebarómetro, revelou que oito em dez venezuelanos afirmaram que não têm dinheiro suficiente para comprar alimentos ou remédios, foto que reflete a degeneração na situação econômica do país, nos últimos 22 meses.
Com a inflação subindo em ritmo astronômico e incontrolável, passando de 68,5%, em 2014, para 180,9%, em 2015, a empresa de pesquisas explica que, há dois anos, a população diminuiu significativamente a capacidade para cobrir seus gastos, em razão da disparada dos preços.
As respostas preocupantes dos entrevistados foram de que "o dinheiro não deu para comprar ou pagar bens ou serviços básicos durante janeiro". Eles disseram que a sua renda não foi suficiente para a comida (78,6%) e para os medicamentos (79,9%), enquanto 89,7% não tiveram condições de comprar roupa e 64,8% não conseguiram pagar os serviços de educação.
Conforme relatório do Banco Central venezuelano, os preços dos alimentos aumentaram 315% naquele país, em 2015, mas, em relação a abril de 2014, o aumento foi de 646%, segundo dados oficiais. Com relação aos medicamentos, a situação é ainda mais grave, haja vista que, de acordo com o Venebarómetro, já em abril de 2014, 63,9% dos entrevistados afirmaram não poder comprar os remédios necessários para a sua saúde.
Não à toa que mais de 70% dos venezuelanos se manifestaram pela saída antecipada do presidente ditador daquele país, conforme outra pesquisa realizada pela consultoria privada Datincorp. Pelo menos 72% dos entrevistados disseram que querem que o presidente venezuelano "conclua seu mandato antes de 2019", na mesma maneira como vem defende a oposição.
Ainda segundo a enquete, 65% das pessoas ouvidas reprovam a gestão do presidente bolivariano, por já ter demonstrado a plena incapacidade para solucionar as terríveis crises humanitárias que estão sufocando os venezuelanos.
A tardia rejeição à desastrada administração socialista/comunista é viva demonstração de que a sociedade daquele país está, enfim, se despertando para a real degeneração dos estruturas venezuelanas sob o comando da incompetência e da ineficiência, que não teve condições nem capacidade para evitar que a economia se deteriorasse por meio do rigoroso e bastante prejudicial controle de preços, que teve o condão de impedir que a produção e a comercialização ajudassem ao desenvolvimento daquela nação, que foi maltratada com a brutal desorganização de suas estruturas.
O povo venezuelano, infelizmente, tem o governo que merece, por ter confiado piamente nas promessas fajutas e enganadoras da revolução bolivariana, que têm por base o absoluto centralismo estatal e o controle de tudo com mão de ferro, tendo a prevalência do desrespeito aos direitos humanos, que foram mandados literalmente para o espaço sideral, com a companhia do princípio democrático, onde ninguém tem direito de contrariar a incompetência administrativa do governo socialista/comunista, que quebrou, por inteiro, a nação e ainda insiste em permanecer no comando dela, para destruí-la com maior intensidade.
À vista dos fatos alarmantes revelados pelos próprios venezuelanos, com o reconhecimento do estado de falência das estruturas humanitária e administrativa, nunca é demais se chamar a atenção, a propósito, dos brasileiros para a forma bárbara, irresponsável e insana como a incompetência e a ineficiência socialistas/comunistas conseguiram destruir, por completo, país com potencial econômico baseado em riquíssimas reservas petrolíferas, com o emprego de seus exacerbados e desumanos métodos e princípios ideológicos, que apenas se fundam no absurdo projeto de absoluta dominação e de perenidade no poder.
Nesse triste e lamentável episódio, é induvidoso e até paradoxal que fica para os brasileiros, de forma lúcida e generosa, rica e magnífica lição de que é preciso se avaliar, sem demora, as ideologias tresloucadas de partidos tupiniquins da esquerda, que são ostensivamente simpatizantes da tirania bolivariana, para a imperiosa necessidade de se rejeitar a sua maneira de plena dominação, sob pena da implantação do famigerado bolivarianismo nas terras brasileiras.
Os brasileiros também precisam se conscientizar de que o pensamento retrógrado e troglodita dos socialistas não visa, em absoluto, ao bem-estar social, mas sim a sua exclusiva supremacia sobre os tolos e ingênuos que acreditaram incondicionalmente em graciosas distribuição de renda, por meio de variadas bolsas, com o ostensivo viés populista e eleitoreiro, em benefício tão somente dos verdadeiros aproveitadores, que utilizam recursos públicos para se notabilizarem e se perpetuarem no poder. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de fevereiro de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário