Na
Venezuela, há muitas dúvidas sobre o que sucumbirá, em primeiro lugar, ao
completo colapso, se o governo destruidor da nação ou a economia que cada vez mais
dá sinal de extrema agonia em direção à quebradeira generalizada.
O
certo é que ambas as terríveis e trágicas situações são complementares e andam
lado a lado, dando a entender que elas já estão nos estertores, tendo em vista
que o desempenho do governo é sofrível e desastroso, conforme já atestado por
nada menos que o Fundo Monetário Internacional, que fez seu desolador
diagnóstico sobre a economia daquele país, tendo afirmado que, num ano, haverá recuo
de 10% da economia, além da explosão da inflação, que poderá atingir 720% a.a.,
fatos que constituem alarmantes notícias para os mercados financeiros, diante
da possibilidade do emprego da moratória pelo país que está à beira da falência.
O
primeiro passo para a quebradeira daquele país teve início com mentor do
bolivarianismo, que abriu os cofres para a gastança descontrolada e
irresponsável, a começar pela fixação do preço da gasolina em US$ 0,02 e
distribuição de moradias gratuitas, com o anúncio de governo populista e
interessado exclusivamente na perenidade no poder, como forma de consolidação
do famigerado socialismo, começando na obtenção da confiança da população para aderir
aos seus propósitos de absoluta dominação da classe carente e de fácil sedução.
Os
passos seguintes vieram com a terrível queda dos preços do petróleo, que
contribuiu para agravar a situação financeira do país, que havia assumido
muitos compromissos, obrigando-se a gastar além da arrecadação, pois a produção
do petróleo bruto foi reduzida, tendo por consequência da má administração a
obrigatoriedade da impressão de dinheiro além das reservas econômicas do
Estado, que foram respaldadas de forma negativa com o atual preço baixíssimo do
petróleo.
O
mais preocupante para aquele país é que o seu presidente editou norma
estabelecendo que a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, não possa
demitir o atual presidente do Banco Central, escolhido a dedo pelo tirano, por defender
seus pensamentos econômicos, como o de, pasmem, nem acreditar que a inflação
exista naquele país, além de exercer o cargo como verdadeiro czar da economia
bolivariana fragilizada, que, teimosamente, continuará imprimindo dinheiro, em
que pese o país não ter lastro econômico para tanto, ante o visível pífio desempenho
da economia.
Na
conclusão das análises, pode-se afirmar, com absoluta convicção, que o culpado
por tudo de trágico que vem acontecendo na Venezuela é o povo daquele país, que
teve a ingenuidade de dar total guarida e absoluto apoio ao mentor tirano do
bolivarianismo para assumir o poder, deixando-se enganar por modelo populista
de enganadoras e generosas benesses que, mais cedo ou mais tarde, cobra seu
preço inevitavelmente altíssimo, por meio da terrível situação que se encontra
aquela nação, totalmente destroçada econômica, política, social, ética, moral,
democraticamente e tudo o mais que digam respeito aos princípios civilizatórios
e humanitários.
Nada se pode esperar de governo que, em
harmonia com o troglodita regime socialista, controla tudo com mão de ferro,
inclusive e principalmente a economia, que foi golpeada com o maldito e
inconsequente controle de preços, fazendo com que o desabastecimento fosse
generalizado e traumático, abrangendo desde gêneros de primeira necessidade até
medicamentos, tendo como grave consequência o terrível sofrimento da
população, que tem passado seu tempo à procura de produtos nos supermercados,
sempre insuficientes para satisfazer às necessidades da população.
Além
da falta de produtos básicos, a população é penalizada com a galopante
inflação, que, segundo o Fundo Monetário Internacional, pode ultrapassa, este
ano, os 700%, mostrando que o governo perdeu o controle, por completo, da
situação, a ponto de caracterizar o colapso tanto dele como da economia.
Em
que pese o indiscutível infortúnio dos venezuelanos, o quadro de debacle
instalado naquele país é altamente importante para os brasileiros, porque a
caracterização do colapso serve de modelo para reflexão sobre o gigantesco
malefício do sistema socialista/comunista implantado naquele país, sob às
feições do bolivarianismo, onde inexistem respeito aos direitos humanos e aos
princípios econômico, constitucional e democrático, mas, mesmo assim, ele tem a
simpatia do governo tupiniquim e de seu partido, que estão sempre ao do governo
ditatorial bolivariano e prestam incondicional apoio às medidas adotadas por
ele, apesar da situação de calamidade humanitária.
Convém
que os brasileiros se despertem para a tragédia que abateu a Venezuela, em
razão das desastradas políticas socialistas ali implantadas, que resultaram nos
piores indicadores socioeconômicos, com extremos prejuízos para os interesses
da população, justamente pela completa degeneração das estruturas do Estado,
com destaque para o desabastecimento generalizado de produtos de primeira
necessidade e o desprezo aos direitos humanos e princípios democráticos,
fazendo com que o país esteja totalmente atolado em gigantescas dificuldades,
que impedem a retomada do rumo do desenvolvimento social, ético, moral, político,
econômico e democrático. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 15 de fevereiro de 2016
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