segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Incompetência administrativa


A presidente da República defendeu o ministro da Saúde e disse estar “bastante satisfeita” com ele, em que pesem afirmações dele, por duas vezes, nos últimos seis dias, que o Brasil está “perdendo feio” a batalha contra o mosquito Aedes aegypti, “há pelo menos uns 30 anos”, mas, para a petista, o ministro “domina” o assunto e foi mal interpretado.
A presidente disse que “A batalha não está perdida, não. Isso não é o que ele está pensando nem o que ele disse. O que ele disse é que, se nós todos não nos unirmos, e se a população não participar, nós perdemos essa guerra”.
Em que pesem as declarações da petista, a afirmação do ministro da Saúde causou enorme mal estar no Palácio do Planalto e em dirigentes do PT, sendo que estes chegaram a pedir, nos bastidores, a saída do ministro do governo.
Na opinião do PMDB, o ministro da Saúde, que foi indicado por este partido, tem sido alvo de “fritura” por parte do PT, que não se conforma com a perda da pasta quando a presidente fez a partilha dos ministérios entre seus aliados, com vistas à garantia da governabilidade, diante das ameaças do impeachment da petista.
          Há um adágio popular segundo o qual cego é aquele não quer ver. O despreparado, porém muito sincero ministro da Saúde disse com clareza e em bom português que o Brasil perdeu feio para o aedes aegypti, mas a bondade presidencial é capaz de interpretar essa cristalina expressão na condicional, como se o brasileiros fossem um bando de tontos, que não tivessem condição não somente de entender exatamente o que o desatento e incompetente ministro disse, mas exatamente que é pura realidade que o governo, que representa o país, perdeu a guerra para o mosquito que foi exterminado no início do século passado por corajoso brasileiro, que teve comprovada competência para adotar as medidas eficientes e eficazes, embora ele apenas contasse com meios precários e próprios da época.
Na atualidade, o despreparado e deficiente governo, com todo avanço científico e tecnológico do século XXI ao seu dispor, mostra-se em dificuldades diante da epidemia das doenças provocadas pelo desgraçado mosquito, levando verdadeira surra do bichinho, que deita e rola diante da falta de preparo das autoridades incumbidas da execução da saúde pública, tendo desplante de assumir a derrota para o aedes aegypti.
O governo demonstra extrema dificuldade para lidar com o gravíssimo problema que vem infernizando a vida dos brasileiros, que não têm a quem recorrer, porque o próprio ministro da Saúde já jogou a toalha, ao afirmar com absoluta transparência que o aedes aegypti sagrou-se campeão de uma luta em que o time do governo simplesmente demonstrou que é formado por gente despreparada tecnicamente para cuidar de matéria de extremas seriedade e responsabilidade, por envolverem saúde e vidas humanas, que estão padecendo injustamente, diante da nítida falta de condições para solucionar a tragédia protagonizada, pasmem, por mosquitos.
Incumbe ao governo priorizar políticas públicas urgentes, eficientes e capazes de eliminar os mosquitos na sua origem, tendo a responsabilidade de mobilização nacional, em defesa da vida dos brasileiros, que não suportam mais tanta deficiência na administração pública, que é dirigida por políticos despreparados e incapazes de agir com presteza, diligência e eficiência, nem mesmo quando a situação se encontra sob tranquilidade, ficando a desejar em estado de calamidade pública, como é o caso provocado pelo aedes aegypti, como agora, em que o ministro da Saúde afirmou categoricamente que o Brasil perdeu a guerra para o mosquito, em clara demonstração de incompetência administrativa. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de fevereiro de 2016

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