segunda-feira, 18 de maio de 2020

Sem milagre...

Uma adolescente de 17 anos morreu em decorrência do novo coronavírus, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, em que pese ela ter sido medicada e tratada com a hidroxicloroquina, quando já estava, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Moacyr do Carmo.
Em conformidade com o boletim médico da mencionado paciente, a unidade de saúde usou a cloroquina, “conforme indica o protocolo do Ministério da Saúde”.
Consta da reportagem que a garota e a mãe dela, esta de 43 anos, testaram positivo para a Covid-19, as quais foram hospitalizadas ao mesmo tempo e dividiram a mesma enfermaria, mas o quadro da filha piorou e ela foi obrigada a ser entubada.
A mãe da mocinha confirmou o uso da cloroquina durante a internação, que não conseguiu reverter a difícil situação dela.
A mãe da adolescente declarou que “Ela ficava em uma cama e eu em outra. Lembro que ela chegou a sentir falta de ar e pediu para trocar de cama comigo. Também fizemos uso de oxigênio. No dia 24, Kamilly passou mal e vomitou. Gritei e chamei os médicos, aí ela foi levada para outro leito e entubada”.
Com a confirmação dessa morte, a jovem se tornou a mais nova do coronavírus, no Rio de Janeiro.
A perda dessa menina lança luz à reflexão, por se tratar de pessoa muito jovem, com bastante vitaliciedade e, principalmente por ela ter sido tratada com a hidroxicloroquina, em  conformidade com o protocolo em vigor, aprovado pelo Ministério da Saúde.
É sabido que o referido protocolo permite o uso da droga a partir do estado moderado ou grave da doença.
Isso pode indicar, com absoluta segurança, que, nesse caso, não houve nenhuma eficácia do remédio, nessa fase, fato este que sugere que é preciso que a aplicação da cloroquina seja antecipada para imediatamente à fase inicial, logo na constatação da infecção do paciente com o Covid-19.
Por sua vez, é preciso se entender que a eficácia do remédio também pode depender do estado de imunidade do paciente, em que, em situações idênticas, quem possui mais anticorpos ao vírus pode ter melhor sorte e superar seus terríveis efeitos.
Ao que tudo indica, outros fatores, como coágulos ou obstáculo em algum órgão, devido à deficiência de funcionamento, podem impedir a normal assimilação da hidroxicloroquina, tornando a sua eficácia indiferente ao organismo, fato que se permite a ilação de que é preciso que a droga seja administrada enquanto os órgãos vitais ainda estejam em funcionamento ativo e com capacidade em condições de processar e aproveitar os benefícios químicos pertinentes, sob pena de acontecer isso com essa jovem moça, de apenas 17 aninhos.
Fica evidente que a cloroquina, por si só, não é capaz de fazer milagre, em especial nessa fase mais avançada da doença, conforme mostra o exemplo em comento, o que já é forte indicativo de que a sua eficácia pode estar reservada para a fase anterior à que se encontrava o estado de saúde da moça, cujo protocolo ainda não foi aprovado pelo Ministério da Saúde.  
Queira Deus que as medidas indispensáveis ao salvamento de vidas sejam implementadas o mais rapidamente possível, como forma de se permitir o restabelecimento de maior tranquilidade à sociedade, que tanto precisa das benfazejas luzes divinas, ante essa onda de muito sofrimento com tudo de ruim proporcionado por esse poderoso vírus, que conseguiu o que seria considerado impossível de ter mandado praticamente todo mundo para o confinamento obsequioso e obrigatório.  

Brasília, em 18 de maio de 2020

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