quarta-feira, 27 de maio de 2020

A salvação da humanidade


O mundo continua transtornado com os estragos causados pelo avassalador coronavírus, que se materializa como mal temível e marcante do século XXI, deixando rastros de perversidade e preocupação para a humanidade.
Somente no Brasil, já foram contabilizadas perdas humanas superiores a vinte e quatro mil, estando atrás apenas dos Estados Unidos da América, no triste e desanimador ranking do número de infectados e mortos pela covid-19.
Não obstante, acaba de surgir animadora notícia de que os resultados da primeira vacina, testada em seres humanos contra a doença que já tirou a vida de mais de 350 mil pessoas no mundo, são considerados promissores, em que pese a cautela que foi adotada pela comunidade científica, até o momento da completa e definitiva comprovação de sua eficácia.
A esperança tem sido a melhor possível, eis que a avaliação de infectologistas tem sido alentadora, no sentido de que a propagação do vírus possa ser controlada, enfim.
De acordo com o laboratório que criou a vacina contra o Covid-19, o testado imunizante surtiu efeito positivo e seguro em oito voluntários, que é considerado recorte de teste ainda pequeno, mas isso já é o necessário como requisito indispensável ao cumprimento do protocolo para o desenvolvimento do medicamento.
A empresa norte-americana, que vem realizando as pesquisas com vistas à criação da vacina, tem a expectativa de que a segunda fase de testes comece nas próximas semanas, nos quais deverão ser testados 600 voluntários.
A previsão é a de que, na última fase de testes, já em julho vindouro, milhares de pessoas deverão ser imunizadas, em conformidade com o planejamento estabelecido para a segurança sobre a confirmação da eficácia da vacina, com o que será possível, até o final do fluente ano, o começo da produção de milhões de doses do imunizante.
Na opinião de especialistas, os testes até agora realizados são pequenos, porém eles ressaltam que a única maneira de controlar a pandemia é através de vacina e que, enquanto ela não chegar, as pessoas não podem relaxar com o isolamento social, que realmente, até agora, tem sido a única arma disponível conhecida e segura no combate à Covid-19.
 O anúncio do novo medicamento refletiu, como não poderia ser diferente, positivamente não somente no âmbito da humanidade mundial, mas também no do mercado da economia global, que foram abalados drasticamente pela peste do coronavírus.
A avaliação mais positiva é a de que essa vacina tem expressiva importância, diante da sua capacidade de proporcionar segurança às pessoas e à economia, quando, pelo menos, 65% da população mundial estiver imunizada e o novo coronavírus não encontrar ambiente favorável ao contágio, permitindo que todas as atividades voltem à normalidade, em médio espaço de tempo.
Diante da preocupação das grandes economias, ante o aparecimento do coronavírus, existem, no momento, mais de 100 estudos e pesquisas em curso, com vistas à descoberta da tão ansiada vacina contra a Covid-19, que realmente poderá ser a salvação do mundo, que foi mergulhado em um mar de incertezas e preocupação, diante da invisibilidade do vírus e inevitabilidade da sua contaminação.
Além do anúncio dessa promissora vacina, existem outros cinco imunizantes considerados importantes, que estão sendo desenvolvidos no mundo, com enormes chances de sucesso clínico e ainda pela possibilidade de serem produzidos em grandes proporções, contribuindo para a preservação de milhares de vidas humanas.
Há informação de que as pesquisas, no Brasil, ainda estão bastante atrasadas em relação a países como Estados Unidos, China e Reino Unido, que ganham a corrida na busca da vacina, que é o único remédio seguro para a garantia da normalidade da vida humana.
Enquanto surge a auspiciosa notícia sobre a adiantada criação da vacina contra o Covid-19, paralelamente, o presidente dos Estados Unidos já anunciou que pretende quebrar a patente quando ela for aprovada, fato esse que suscitou preocupação  ao mundo.
A questão parece polêmica, porque, ao que tudo indica, a citada pretensão contraria a orientação da Organização Mundial de Saúde, que não contenta no sentido de que a futura vacina contra o novo coronavírus seja declarada “bem público”, ou seja, não sujeito às regras de propriedade intelectual.
O presidente norte-americano entende que, em momento da maior gravidade mundial, que aflige severamente a população do planeta, não pode haver cabimento para a prevalência de interesses econômicos sobre o bem comum da humanidade.
As lideranças políticas, empresariais e científicas mundiais têm obrigação de se esforçarem ao máximo e em todas as formas de investimentos, financeiros, intelectuais e científicos e até moral, para a criação da vacina contra a Covid-19 e franqueá-la o mais rapidamente para todos os seres humanos, como a maneira mais segura da salvação da humanidade e, de quebra, da economia global, porque, sem ela, o homem até consegue viver, mas sem nenhum glamour.   
Brasília, em 26 de maio de 2020

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