O mundo continua transtornado com os estragos causados
pelo avassalador coronavírus, que se materializa como mal temível e marcante do
século XXI, deixando rastros de perversidade e preocupação para a humanidade.
Somente no Brasil, já foram contabilizadas perdas
humanas superiores a vinte e quatro mil, estando atrás apenas dos Estados
Unidos da América, no triste e desanimador ranking do número de infectados e mortos
pela covid-19.
Não obstante, acaba de surgir animadora notícia de
que os resultados da primeira vacina, testada em seres humanos contra a doença
que já tirou a vida de mais de 350 mil pessoas no mundo, são considerados promissores,
em que pese a cautela que foi adotada pela comunidade científica, até o momento
da completa e definitiva comprovação de sua eficácia.
A esperança tem sido a melhor possível, eis que a
avaliação de infectologistas tem sido alentadora, no sentido de que a
propagação do vírus possa ser controlada, enfim.
De acordo com o laboratório que criou a vacina
contra o Covid-19, o testado imunizante surtiu efeito positivo e seguro em oito
voluntários, que é considerado recorte de teste ainda pequeno, mas isso já é o necessário
como requisito indispensável ao cumprimento do protocolo para o desenvolvimento
do medicamento.
A empresa norte-americana, que vem realizando as
pesquisas com vistas à criação da vacina, tem a expectativa de que a segunda
fase de testes comece nas próximas semanas, nos quais deverão ser testados 600
voluntários.
A previsão é a de que, na última fase de testes, já
em julho vindouro, milhares de pessoas deverão ser imunizadas, em conformidade
com o planejamento estabelecido para a segurança sobre a confirmação da
eficácia da vacina, com o que será possível, até o final do fluente ano, o
começo da produção de milhões de doses do imunizante.
Na opinião de especialistas, os testes até agora
realizados são pequenos, porém eles ressaltam que a única maneira de controlar
a pandemia é através de vacina e que, enquanto ela não chegar, as pessoas não
podem relaxar com o isolamento social, que realmente, até agora, tem sido a
única arma disponível conhecida e segura no combate à Covid-19.
O anúncio do
novo medicamento refletiu, como não poderia ser diferente, positivamente não somente
no âmbito da humanidade mundial, mas também no do mercado da economia global,
que foram abalados drasticamente pela peste do coronavírus.
A avaliação mais positiva é a de que essa vacina
tem expressiva importância, diante da sua capacidade de proporcionar segurança às
pessoas e à economia, quando, pelo menos, 65% da população mundial estiver
imunizada e o novo coronavírus não encontrar ambiente favorável ao contágio,
permitindo que todas as atividades voltem à normalidade, em médio espaço de
tempo.
Diante da preocupação das grandes economias, ante o
aparecimento do coronavírus, existem, no momento, mais de 100 estudos e
pesquisas em curso, com vistas à descoberta da tão ansiada vacina contra a Covid-19,
que realmente poderá ser a salvação do mundo, que foi mergulhado em um mar de
incertezas e preocupação, diante da invisibilidade do vírus e inevitabilidade da
sua contaminação.
Além do anúncio dessa promissora vacina, existem
outros cinco imunizantes considerados importantes, que estão sendo
desenvolvidos no mundo, com enormes chances de sucesso clínico e ainda pela
possibilidade de serem produzidos em grandes proporções, contribuindo para a
preservação de milhares de vidas humanas.
Há informação de que as pesquisas, no Brasil, ainda
estão bastante atrasadas em relação a países como Estados Unidos, China e Reino
Unido, que ganham a corrida na busca da vacina, que é o único remédio seguro
para a garantia da normalidade da vida humana.
Enquanto surge a auspiciosa notícia sobre a
adiantada criação da vacina contra o Covid-19, paralelamente, o presidente dos
Estados Unidos já anunciou que pretende quebrar a patente quando ela for
aprovada, fato esse que suscitou preocupação ao mundo.
A questão parece polêmica, porque, ao que tudo
indica, a citada pretensão contraria a orientação da Organização Mundial de
Saúde, que não contenta no sentido de que a futura vacina contra o novo
coronavírus seja declarada “bem público”, ou seja, não sujeito às regras de
propriedade intelectual.
O presidente norte-americano entende que, em
momento da maior gravidade mundial, que aflige severamente a população do
planeta, não pode haver cabimento para a prevalência de interesses econômicos
sobre o bem comum da humanidade.
As lideranças políticas, empresariais e científicas
mundiais têm obrigação de se esforçarem ao máximo e em todas as formas de
investimentos, financeiros, intelectuais e científicos e até moral, para a criação
da vacina contra a Covid-19 e franqueá-la o mais rapidamente para todos os
seres humanos, como a maneira mais segura da salvação da humanidade e, de
quebra, da economia global, porque, sem ela, o homem até consegue viver, mas
sem nenhum glamour.
Brasília,
em 26 de maio de 2020
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