domingo, 27 de setembro de 2020

A importância da mudança

Quero saudar, com muita alegria no coração, o anúncio, nesta data, das candidaturas de Leninha Romão e doutor Arthur Bastos, respectivamente para os cargos de prefeita e vice-prefeito de Uiraúna, Paraíba.

Trata-se de dupla de personagens muito conhecida do povo dessa cidade, que, voluntária e com os melhores augúrios de vida nova para todos, se apresenta aos eleitores de Uiraúna, com largo sorriso próprio do político que nunca disputou cargo público.

Não obstante, a sua proposta de governo tem algo em comum entre os políticos, que é o prenúncio estruturado nos arquétipos do marketing político consistente na promessa da valorização do povo, por meio da execução de projetos que visem à elevação do município a lugar de destaque, em termos de gestão pública, a propósito das ingentes dificuldades que terão que enfrentar, mas eles acenam, desde logo, que já dominam os mecanismos capazes de elucidá-las.

Ou seja, em princípio, todos os políticos sempre têm a fórmula mágica para resolver os problemas do povo, sendo que dificilmente eles conseguem materializá-la, em especial em razão dos contratempos que eles não tiveram a menor preocupação em avaliá-los no importante momento da campanha eleitoral.

Os candidatos nomeados acima anseiam por que o povo conheça, tanto eles pessoalmente como as suas propostas para a melhoria da reestruturação e da reorganização de Uiraúna e o convida para a construção, em conjunto, do seu progresso, por meio da execução do importante projeto que foi denominado de “mudança”.

É muito importante que se diga que esse vocábulo “mudança” tem como marco essencial a gestão da chapa em apreço, caso ela seja vitoriosa, tendo o sentido da maior expressão no mundo político-administrativo, notadamente porque todos os candidatos se valem estrategicamente dele, em especial, para dizerem que vão ser diferentes dos demais políticos.

Isso parece querer anunciar que a nova administração de Uiraúna, se eleitos os candidatos, será implementada sob os princípios da competência, da eficiência, da efetividade, da economicidade e, sobretudo, da responsabilidade, com a precisa observância das salutares condutas republicana e democrática, na forma do governo do povo para o povo, de acordo com a visão panorâmica constante da sua apresentação ao eleitorado.

Não obstante, a propósito dessa relevante promessa de mudança, prepondera a necessidade de que sejam especificadas, de maneira objetiva, clara, precisa e detalhadamente, as ações por meio das quais hão de ser processada, executada e atingida a tão almejada mudança, porque não faz o menor sentido se cogitar por algo visado, principalmente pelo povo, sem a devida indicação dos pressupostos de viabilidade.

Quando se fala em governo do povo, é da maior importância que o programa de trabalho pertinente contemple, de alguma forma, as sugestões oferecidas por ele (o povo) sobre os projetos a serem executados pelo gestor, diante da necessidade de se prestigiar a comunidade, no sentido de que, o projeto prioritário apresentado por ela, passará a ser defendido, pelo menos pela maioria daquela localidade, que se inclina a votar nesse candidato que encampar aquele projeto comunitário.

Nessa mesma linha de pensamento, é muito importante que o candidato discuta com o povo as metas principais da sua gestão, de modo que elas sejam do conhecimento dele e que a comunidade possa sugerir mudanças e aperfeiçoamento, em termos de priorização das políticas a serem implementadas, para a satisfação de seus interesses.

Penso ser de bom alvitre que o candidato ideal é aquele que precisa se concentrar exclusivamente na construção de programa de governo apenas em sintonia com o seu perfil de trabalho, com a definição objetiva, clara, viável, das suas ações político-administrativas, tendo por base conhecimentos abrangentes sobre a viabilidade da fonte dos recursos.

É preciso lembrar que tem sido praxe o candidato, obviamente na empolgação da campanha eleitoral, prometer ser verdadeiro revolucionário, em termos de realização de obras e serviços, mas não consegue executar absolutamente nada na sua gestão, sob a fajuta e injustificável alegação da inexistência de recursos, ou seja, isso se chama calote eleitoral, diante de tantas promessas para conquistar votos, sendo que elas não passam de verdadeiro engodo.

Não é de bom tom que os candidatos fiquem apontando as franquezas do seu opositor, mas sim pondo em relevo as suas qualidades e capacidade, que realmente precisam ser realçadas, para se evitar a incidência dos deslizes deles, ou seja, o que o opositor fez de ruim ou errado o povo sabe muito bem e tem consciência das deficiências dele e isso não precisa que seja repassado para ninguém, porque a campanha eleitoral tem por precípua finalidade a disseminação das potencialidades do candidato, em condições de realização de obras e empreendimentos em benefício do povo.

Não faz o menor sentido ficar remoendo as ruindades das gestões passadas, porque isso não passa de perda de tempo e não tem qualquer aproveitamento para a conquista de votos.

Essas e outras ideias estão inseridas exatamente no princípio filosófico de mudança de mentalidade do político moderno, que precisa entender que ele é apenas o principal gerente do município, que poderá ser excelentemente administrado se contar com efetivo voluntariado de todos, de modo que essa solidariedade gestiva possa real e efetivamente convergir para o que os candidatos se dispuserem a trabalhar pelo desenvolvimento de Uiraúna.

O fato de haver uma dupla de candidatos estreantes na política já é motivo de júbilo e encômios para Uiraúna, porque isso já significa importantíssima mudança, ante a possibilidade de completa transformação da mentalidade reinante nas velhas políticas, que têm como ideia preponderante o arraigado pensamento da perenidade no poder, que já se mostrou bastante prejudicial aos interesses do povo.    

Finalmente, manifesto-me, como filho de Uiraúna que tanto defende tudo de bom para seu povo, inclusive sobre o aparecimento de excelentes gestores públicos, com o sentimento de esperança e otimismo, confiando muito no trabalho da dupla Leninha/Arthur, em especial por suas capacidade e competência, à vista do sucesso nas respectivas atividades empresarial e profissional, notadamente sob o aspecto de que eles sequer foram impúberes na política, ou, mais precisamente, são pessoas novatas estreando na vida política, sem os vezos próprios dos homens públicos calejados e carregados de vícios nocivos, que prometem e prometem anos a fio e não passam disso.

Convém, a propósito, ser esclarecido que esse pensamento se coaduna com a imperiosa necessidade de efetiva mudança na política, na esperança de que possa aparecer alguém que se atreva a realmente ser diferente, para, enfim, se entender que a atividade política é essencial ao homem, porque, por meio dela, seja possível a prestação de excelente trabalho em benefício da sociedade e é nesse sentido que se nutre a esperança na mudança ora anunciada por Leninha Romão e doutor Arthur Bastos e que ela possa se concretizar para o bem dos uiraunenses.        

Brasília, em 27 de setembro de 2020  


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