segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Salve a Independência do Brasil!

 

Hoje, 7 de setembro, é o dia que efetivamente se comemora as cores vivas nos corações dos brasileiros, de verde e amarelo, como símbolos principais que tremulam nas bandeiras empunhadas por todos aqueles que amam a sua pátria Brasil.  

Nessa data do ano de 1822, quando retornava de viagem a São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro, dom Pedro I recebeu a carta de José Bonifácio e de Leopoldina, sua esposa, que informava ao príncipe regente que as Cortes portuguesas tinham anulado os atos do gabinete de Bonifácio e removido o restante de poder que ele ainda tinha.

Imediatamente, dom Pedro se dirigiu aos seus companheiros, que integravam a sua Guarda de Honra, e declarou: "Amigos, as Cortes Portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje as nossas relações estão quebradas. Nenhum vínculo unir-nos mais", tendo, nesse instante, arrancado a braçadeira azul e branca que simbolizava Portugal e disse: "Tirem suas braçadeiras, soldados. Viva independência, à liberdade e à separação do Brasil.".

Em ato que determinava extrema bravura em nome do amor ao Brasil, dom Pedro desembainhou sua espada e afirmou que, "Para o meu sangue, minha honra, meu Deus, eu juro dar ao Brasil a liberdade" e bradou o célebre e histórico gritou: "Independência ou morte", que ficou eternizado e lembrado  como o “Grito do Ipiranga, por ter sido proferido às margens do Riacho do Ipiranga, em São Paulo.

Na noite de 7 de setembro de 1822, ao chegar em São Paulo, dom Pedro espalhou a notícia sobre a independência do Brasil do domínio português, cujo fato foi motivo de grande festa popular, quando ele foi chamado tanto de "Rei do Brasil" como de “Imperador do Brasil”.

A separação oficial Brasil de Portugal somente veio a ocorrer em 22 de setembro de 1822, quando dom Pedro I enviou carta escrita a João VI, na qual o príncipe brasileiro se qualifica como "Príncipe Regente" e chama seu pai “Rei do Brasil” independente.

Em 12 de outubro de 1822, no Campo de Santana (mais tarde denominado de Campo da Aclamação), o príncipe Pedro foi aclamado Dom Pedro I, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil.

Ali começava o reinado de dom Pedro I e o Império do Brasil, tendo declarado que a sua aceitação do título não o impedia de ceder o trono ao seu pai, dom João VI, caso ele retornasse ao Brasil.

Em 1º de dezembro de 1822, que marca o aniversário da aclamação de D. João IV, o imperador dom Pedro I foi coroado e consagrado como o rei da Casa de Bragança, tomando assento no trono brasileiro.

Portugal somente veio a reconhecer a independência do Brasil, em termos oficiais e diplomáticos, em 29 de agosto de 1825.

A data oficialmente aceita para a comemoração da Independência do Brasil é também é precisa ser reconhecida como importante marco histórico da bravura desse grande homem chamado dom Pedro I, que praticamente colocou sua vida em risco, ao contrariar as ordens emanadas da coroa portuguesa, que mantinha o domínio sobre as terras brasileiras e, certamente, se Portugal tivesse em melhores condições econômicas, jamais teria se acomodado em concordar com a independência do Brasil, que era sua colônia economicamente poderosa, de onde se poderia extrair e explorar fortunas em minérios.

Hoje, os brasileiros se orgulham de puder se comemorar a independência do Brasil, onde há muitos fatos em condições favoráveis à aclamação de conquistas sociais, econômicas e democráticas, mas ainda tem muito espaço a ser explorado para que o país possa proclamar o verdadeiro avanço para o seu povo, que ainda vive à espera de novos tempos, em especial no que pertine às políticas sociais para as regiões encravadas nos interiores do Brasil, onde a presença do Estado ainda é bastante precária e a prestação dos serviços públicos da sua incumbência é praticamente inexistente.

É sempre preciso e importante se comemorar o Dia da Independência do Brasil, para que, nesta data tão representativa para o povo brasileiro, se empunhar orgulhosamente a bandeira verde-amarela também para lembrar aos governantes que a independência de um povo tem muito a ver com a priorização das políticas que são indispensáveis ao atendimento de suas carências, em termos de serviços públicos básicos.

Salve a Independência do Brasil e os bravos brasileiros!  

Brasília, em 7 de setembro de 2020  

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