quarta-feira, 2 de setembro de 2020

O imperador do Brasil

 

Copiei das redes sociais mensagem da maior importância histórica e cultural versando sobre um pouco da magnânima vida ao imperador Dom Pedro II, onde mostra a relevância da sua personalidade ímpar de grande homem público, cujos atos representam as suas nobreza e dignidade como representante dos brasileiros,

A rica e bela história desse nobre homem público fazem inveja aos desbotoados e indignos políticos da atualidade, que não passam de arremedo de representantes do povo, à vista do que foi o nobre, digno e impoluto imperador de grande valor cultural, democrático e humanístico.

Eis alguns predicativos atribuídos ao imperador Dom Pedro II e à sua família imperial: a) a família imperial não tinha escravos, posto que os negros eram alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família; b) D. Pedro II tentou, junto ao parlamento, a abolição da escravatura, desde 1848; c) D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 eram fluentes; d) D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação, com ênfase nas ciências e artes; e) na casa de veraneio em Petrópolis, a princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los; f) os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, tendo como principal objetivo a defesa abolicionista; f) Dom Pedro II fez empréstimo pessoal em banco europeu para comprar o Parque Nacional da Tijuca, em época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, mas ele mandou reflorestar toda a grande área de café com mata atlântica; g) em 1840, quando D. Pedro II subiu ao trono, 92% da população brasileira era analfabeta, mas, no seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, em face do seu grande incentivo à educação, mediante a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II; h) a imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial, sendo adjutorada por uma empregada, que era paga com o salário de Pedro II; i) em 1880, o Brasil era a 4º economia mundial e o 9º maior império da história. j) no período de 1860 a 1889, a média do crescimento econômico do Brasil foi de 8,81% ao ano; l) em 1880, existiam apenas 14 tributos, quando atualmente são 98; k) no período de 1850 a 1889, a média da inflação foi de 1,08% ao ano; m) em 1880, a moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina; n) em 1880, o Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra; o) no período de 1860 a 1889, o Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo do mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais; p) em 1880, o Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do mundo, com mais de 26 mil km; p) no império, a imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal de Dom Pedro II, motivo que causava inveja a diplomatas europeus e outros observadores sobre a liberdade dos jornais brasileiros; q) Dom Pedro II acabou com a guarda chamada Dragões da Independência, por achar desperdício de dinheiro público; r) a mídia ridicularizava a figura de Dom Pedro II, por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e de Petrópolis, porque ele não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades; s) Dom Pedro II mantinha, no exilio, um saco de veludo, no bolso, com um pouco de areia da praia de Copacabana, que foi enterrado com ele (Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho).

 Fora de dúvida, Dom Pedro II foi fantástico homem público e de invejável reputação digna da pureza, da nobreza, da competência e do amor à pátria.

Não existe no currículo de Dom Pedro II um deslize, por menor que seja, capaz de macular a sua grandioso história de realeza imperial, que sempre se manteve em linha em cumprimento aos princípios democráticos de defesa da pátria e de bons exemplos de conduta ilibada.

Todos os atos atribuídos a esse fantástico brasileiro têm a marca indelével da justiça, da moralidade, da honradez e da dignidade, que o fazem ser o maior homem público do Brasil, de todos os tempos, conforme relatam seus biógrafos e historiadores, que somente encontraram nas suas imagem de homem público e conduta imperial exemplos construtivos que despertavam sentimentos de puro amor ao povo e à nação.

O que impressionava em Dom Pedro II era o seu arraigado sentimento de amor ao Brasil e a tudo que se referia ao país, diante da sua prova de veneração acima de tudo que impregnava nos atos praticados em seu nome e em todos os casos relacionados a ele, sempre com muitos zelo e nobreza na elevação do exclusivo interesse público.

Prestes a embarcar para o exílio forçado, muitas fortunas, representadas dinheiro, joias, tesouro valioso,  foram embaladas e colocadas na sua bagagem, que jamais saíram do país, porque ele ficou sabendo desses volumes e determinou que os valores fossem retirados do navio, sob a alegação de que ele, na qualidade de imperador, era apenas guardião legal dessa riqueza que efetivamente pertencia ao Brasil.

          Isso mostra o verdadeiro caráter de muita honra e honestidade de pessoa da maior nobreza que o Brasil já teve e certamente jamais terá outro igual, porque até pode existir alguém que não seja corrupto, mas nada faz para eliminar a podridão infecta que permeia os palácios, assoberbados de mordomias, soberbas e luxos injustificáveis, enquanto os brasileiros vivem em plena miséria.

Na atualidade, o que adianta bater no peito e dizer que não rouba dos cofres públicos, quando os palácios públicos são verdadeiros símbolos da opulência, do luxúria e do desperdício do dinheiro público, mantidos em condições que em nada ajudam no desempenho dos cargos públicos, cuja precariedade dos serviços públicos continuariam se não fosse a existência deles?

É preciso que alguém diga o que exemplo de moralidade e dignidade na administração pública somente quando todos os servidores públicos, desde o presidente da República e demais autoridades da República, passarem a residir nas próprias casas, irem para o trabalho nos seus próprios transportes e os dirigindo, além de se alimentarem nas suas casas, tudo às suas expensas.

Ou seja, não importando as relevâncias dos cargos ocupados por eles, porque todos têm por finalidade a prestação de serviços públicos de qualidade, apenas havendo diferença na relevância das atribuições, onde um precisa ser o comandante e os demais servidores que têm sua importância na forma da hierarquia das suas responsabilidades dentro da estrutura administrativa da República, cujo conjunto deve funcionar em perfeita harmonia para fazer a máquina pública produzir os bens e os serviços necessários à satisfação do interesse público.

Pensando assim, certamente que o Brasil nunca será uma República considerada com a pureza do Brasil império, onde os princípios da economicidade, da dignidade, da honradez e da moralidade realmente funcionavam na sua integridade e cristalinidade de requintada pureza, enquanto o que de fato agora existe, em termos daqueles conceitos, é algo de ridícula fantasia, em que seus protagonistas não passam de verdadeiros aproveitadores da coisa pública, quando não dispensam o mínima do que sejam as censuráveis e injustificáveis prerrogativas, em termos de benesses e mordomias, visto que o serviço público funcionaria com a mesma precariedade e as mesmas deficiências caso não prevalecessem as famigeradas e excrescentes prerrogativas inerentes aos cargos públicos, sempre com a ostentação de opulências incompatíveis com a miserabilidade dos brasileiros, na sua maioria.

          Brasília, em 2 de setembro de 2020  

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