Em crônica que comentei sobre a chapa da situação
para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Uiraúna, Paraíba, teci comentário
sobre a singela apresentação dos candidatos, porém com destaque para a seguinte
expressão: “AGORA PODE Soltar o Grito EU VOTO EM QUEM TRABALHA Meu Voto é 14”.
Entendi que o aludido texto dá margem à insinuação
segundo a qual somente o titular dessa chapa trabalha e que a outra chapa não, deixado
claro sobre a impossibilidade de comparação sobre o desempenho de ambos os
candidatos, eis que a opositora ao Executivo é novata na vida pública.
Com base nas minhas análises, um atento conterrâneo
houve por bem se expressar, em forma de mensagem, tendo afirmado que, verbis:
“Só podemos avaliar parâmetros de gestão, se os proponentes
tivessem ocupado o mesmo cargo na linha do tempo em períodos diferentes. Neste
sentido, o parâmetro não tem fundamentação e nem sustentação! Portanto, só
poderíamos avaliar as duas pretenções mediante plano de gestão que através de
um plebiscito ou de uma pesquisa ação, levantando todos os pontos de carências
apontados pelos procedimentos metodológicos da pesquisa ação em que a
comunidade em questão apontassem, caso contrário, fica um julgamento empírico
onde nas entranhas da estratificação dominante, inibissem os verdadeiros
anseios ou outros instrumentos de manipulação do sistema dominante. Assim
sendo, precisamos construir um formato de gestão comprometido, com mudanças de
atitudes e de consciência política sem o formato de ideologias de um projeto de
poder excluindo o processo de humanização! Inté!”.
Embora eu tivesse lido o texto acima, entendi
que não tinha nada a acrescentar nem esclarecer, porque tudo foi discutido em
tese e, no fundo, entendo do mesmo modo como consta no texto.
Não obstante, o meu silêncio à respeitável
mensagem provocou a iniciativa contundente queixa, dando a entender que eu teria
sido desatencioso em não fazer sequer menção ao texto supratranscrito, nestes
termos: “Quem escreve ou publica algo, tem que ouvir o contraditório, ou
moção de aplauso, pois, ninguém escreve ou pública para si mesmo, até no sermão
da montanha, Jesus faz indagação aos seus discípulos das suas publicações!”.
Pelo que entendi, do que consta do parágrafo
acima, trata-se de recado para mim, no sentido de que eu tenho obrigação de “ouvir
o contraditório, ou moção de aplauso,”, à vista do teor da mensagem que ele
se refere, mais precisamente sobre a viabilidade de avaliação sobre o
desempenho do trabalho entre gestores públicos.
Pois bem, sobre essa justa queixa, digo que a li
e a ouvi imediatamente quando ela apareceu no Facebook, mas não a respondi
porque entendi que as afirmações ali colocadas estavam em conformidade com o
que também penso, apenas em texto sobre tese e ainda bem abrangente.
Agora,
a propósito, de outra feita, normalmente, tenho por hábito responder às
mensagens opostas às minhas crônicas, sempre de maneira educada e objetiva e,
na medida do possível, com clareza.
Não
respondi à mensagem em causa, colocada noutra crônica da minha lavra, como já disse,
porque entendi que os termos ali escritos confirmam o que eu disse que não
tinha como avaliar o trabalho do atual prefeito com o da candidata da oposição,
porque ela é estreante na política.
E
continuo ainda entendendo dessa maneira e assim, por esse motivo, penso que não
se exige esclarecimento da minha parte, salvo melhor juízo.
Mesmo
assim, peço desculpas por possível falha minha, mais precisamente por meu
silêncio, na minha singeleza de compreensão de que, ao questionamento em causa,
assiste total procedência, conquanto também entendo que muitos questionamentos
podem permitir melhor compreensão por parte das pessoas, quando fazem juízo de
valor apenas com base no seu pensamento, que até pode ser supremo, mas convém também
seja ponderado o que pode ser interpretado por outrem sobre o mesmo assunto.
Neste
caso específico, acho que tem toda consistência o que foi escrito na mensagem,
caso em que imagino que não me sinto na obrigação de dizer mais nada, porque o
meu silêncio diz com a minha sintonia com ela, que foi o que aconteceu, no meu
modesto entendimento.
Deixo
claro que tenho o maior apreço por todas as pessoas que se manifestam educada e
respeitosamente sobre minhas crônicas, à vista do meu sentimento democrático de
respeito às opiniões colocadas em razão do assunto enfocado, onde há pessoas
que são bem versadas sobre ele e podem oferecer melhor explanação ainda melhor
do que eu expus, em forma de esclarecimentos úteis.
Faço
o registro ainda no sentido de que, na qualidade de pessoa pública, não tenho direito
de discriminar ou menosprezar a valiosa opinião de ninguém, salvo quando ela se
tornar insensata ou agressiva, o que não é o presente caso, por se coadunar com
o sentimento civilizatório.
Esclareço
que tenho sempre o cuidado para ser atencioso e educado na correspondência com
as pessoas, mas nem por isso um ou outro caso pode sim deixar de seguir o
padrão habitual, exatamente na compreensão da tolerância de que o ser humano também
estar passível ao erro.
Nessas
condições, peço a compreensão por falhas que eu venha a cometer,
comprometendo-me a me policiar, tendo por propósito reduzir ao máximo os meus erros.
Brasília,
em 30 de setembro de 2020
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