Pelo
menos para quem tem sentimento antiesquerdista, é sabido que a Venezuela é país
presidido sob ferrenho regime ditatorial e com a orientação de autodenominado
socialista bolivariano, que cumpre à risca a filosofia socialista de dureza
contra seus opositores, em cuja gestão já se contabiliza, em termos de proeza extremamente
negativa, a progressiva destruição da economia e o estraçalhamento da estrutura
social.
A
par desse deprimente desastre administrativo, aquele país sofre, agora, enorme revés apenas confirmatório sobre a decadência
como nação, por meio de declaração vinda da Organização das Nações Unidas (ONU),
na forma do relatório da lavra do Conselho de Direitos Humanos do órgão, que responsabiliza
o presidente ditador e a cúpula de seus colaboradores por crimes contra a
humanidade.
Por definição,
entende-se por crimes contra a humanidade o assassinato, o extermínio, a
escravidão, a deportação e qualquer outro ato desumano contra a população civil
ou a perseguição por motivos religiosos, raciais ou políticos, quando esses
atos ou perseguições ocorram em conexão com qualquer crime contra a paz ou em
qualquer crime de guerra, ou seja, são todos os atos de violência contra o ser
humano, a exemplo dos que têm havido contra a população daquele país.
Nos
termos da conclusão da missão da ONU, é possível que seja autorizado, por esse órgão,
a abertura de processos contra os mandatários venezuelanos, que poderão ser
julgados pelo Tribunal Penal Internacional, no caso da confirmação dos crimes
caracterizadores de fortes indícios da prática de violência contra pessoas.
O
mencionado tribunal é o principal organismo global para o julgamento de crimes
contra a vida humana, além de outros praticados contra a humanidade e os
originários de guerra, genocídios e agressão entre estados.
O sanguinário ditador venezuelano e seus brutamontes são acusados, entre outros graves crimes, de execuções, torturas sistemáticas, prisões abusivas e desaparecimentos forçados de opositores, evidenciando estranhos sentimentos desumano e incivilizatório.À toda evidência, trata-se de graves acusações que causam estarrecimento e repugnância, diante da indicação feita pelo Conselho de Direitos Humanos de exacerbada violência praticada pelo governo venezuelano “contra a criminalidade”, tendo definida como sendo, “na verdade, de uma política de eliminação de membros da sociedade indesejados pelo poder estabelecido.”.
O
aludido conselho concluiu que oficiais do Exército, do Serviço Nacional de
Inteligência e da polícia da Venezuela cometeram uma série de execuções
extrajudiciais.
O
relatório em tela elenca casos de investigação para mais de 5 mil mortes, e
apesar de nem todas terem sido classificadas como arbitrárias, muitas foram
classificadas como tal.
De
acordo com os levantamentos, a Venezuela tem, na atualidade, um dos maiores
índices de mortes provocadas por agentes do Estado, na América Latina, tendo
como justificativa a violenta repressão imposta pelo regime ditatorial.
Na
tentativa de se evitar a revelação de tantos atos desumanos e criminosos, os
membros da missão da ONU não tiveram permissão dos governantes venezuelanos
para a realização das investigações sobre os crimes no país, fato este que foi
alegado como argumento oficial da ditadura contra o resultado das investigações,
embora a finalidade de vetar a presença na ONU no país tinha por escopo exatamente
se ocultar a imunda transparência sobre os casos desumanos vindos à tona.
Não
obstante, os membros do mencionado conselho conseguiram ouvir membros da
Polícia Nacional Bolivariana e suas Forças Especiais, que “confirmaram ser
prática comum o acobertamento de assassinatos pelas autoridades policiais.”.
Segundo
relato constante do relatório apresentado pela ONU, as principais formas de
tortura mais frequentes consistiam em choques elétricos, asfixia com água ou
substâncias tóxicas, estupros, mutilações e espancamentos, tudo em sintonia com
métodos torpes e extremamente desumanos, que conspiram diretamente contra os
princípios dos direitos humanos.
A
propósito das notícias sobre violência na Venezuela, a alta comissária da ONU
para os Direitos Humanos, uma ex-presidente socialista do Chile, criticou
severamente a situação caótica daquele país, tendo condenado as “detenções
arbitrárias, violações das garantias do devido processo legal e casos de
tortura e desaparecimentos forçados”.
Embora
se trate de algo absolutamente deplorável, estarrecedor e desumano, a revelação
desses terríveis casos, por órgão que tem a maior credibilidade, em se tratando
da exposição dos direitos humanos, tem o condão de mostrar a violência e o extermínio
injustificável de seres humanos, em completa contrariedade aos salutares princípios
democrático e humanitário.
Ou
seja, trata-se de motivação para extremados repúdio e protesto contra governo extremamente
desumano, cruel e insensível, conforme atesta o resultado das investigações em comento,
demonstrando o insensato e nefasto desempenho do presidente ditador venezuelano,
em estreita sintonia com o regime socialista ali vigente, que tem como orientação,
em termos de parâmetros ideológicos, exatamente a filosofia simpatizada e defendida
pelos esquerdistas brasileiros, o que bem mostra a insignificância da mentalidade
de governabilidade onde se compreende ser normal se puder violar os direitos
humanos e a exterminação da vida humana sem direito ao normal processo da ampla
defesa e do contraditório, à luz dos fundamentos jurídicos, como é a maneira
civilizada observada nos países com o mínimo de acatamento aos princípios
evoluídos e garantidores dos direitos humanos, na sua essencialidade.
Tudo
isso serve, como alerta da maior magnitude, para mostrar aos brasileiros, não importando
a sua opção ideológica, de direita ou esquerda, o quanto acresce-se de fundamental
importância, principalmente em termos humanitários, diante a certeza quanto à
firmeza e à garantia dos direitos humanos e da vida, a consolidação dos princípios
democráticos, que são pilares essenciais e resistentes contra as ideologias socialistas
decadentes que se fortalecem com a destruição dos princípios da vida e da
dignidade do ser humano, conforme a confirmação do relatório do Conselho de
Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas.
Brasília,
em 18 de setembro de 2020
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