Na
última sexta-feira, morreu, nos Estados Unidos da América, a juíza da Suprema
Corte Ruth Bader Ginsburg, que se destacou como ardorosa defensora dos direitos
humanos e, em especial, no que tange às mulheres, no país onde o preconceito e
a discriminação contra grupos sociais são evidentes e acentuados.
Essa
senhora marcou posição exponencial na conquista de causas femininas,
principalmente no direito ao aborto, tendo trajetória digna como gigante da lei,
além de ter sido considerada “fonte de inspiração para milhões de mulheres
norte-americanas”.
A
mencionada juíza foi brava na reafirmação da luta pelas causas de gênero, em
defesa da igualdade entre homens e mulheres, tendo lutado como causa principal
pela observância dos princípios da democracia, por entender que a consolidação
desses fundamentos poderia assegurar o reconhecimento natural das pretendidas
igualdades de direitos.
Uma
líder feminista declarou, depois da morte dela, que “Ruth Bader Ginsburg foi
um ícone, uma pioneira, uma heroína, uma lenda. O exemplo dela deve nos inspirar
nos dias difíceis que virão.”.
A
advogada passou a lutar pelas causas das mulheres depois que a mãe dela foi
impedida de estudar e ela ter sido rejeitada por escritórios de Nova York, depois
de formada na famosa e prestigiada Universidade de Columbia.
Ela
disse que “Eu tinha três fatos contra. Um, eu era judia. Dois, eu era uma mulher.
Mas o mais grave, eu era mãe de uma menina de quatro anos.”.
Em
razão disso, ela resolveu lutar contra as leis que autorizavam toda forma de
discriminação “em razão do sexo”, com implicação no salário, nos
benefícios sociais e na contratação.
Como
juíza da Suprema Corte americana, ela lutou pela igualdade das minorias sexuais
e outras importantes causas progressistas, a exemplo da defesa dos migrantes e
do meio ambiente, tendo sido comparada aos grandes juízes que lutaram contra a segregação
racial.
A
juíza era a mais antiga da Corte, a sua decana, que nunca hesitou em dizer o
que pensava, tendo consagrada a contundente frase: “Eu discordo”, tornando
parte do seu legado como mulher independente.
A
vida da juíza inspirou o filme Suprema
e teve a sua história de magistrada da Suprema Corte contada no documentário A Juíza (RBG), que chegou a disputar
o Oscar da categoria, cujas películas hão de disseminar a trajetória de mulher corajosa
e lutadora, tendo deixado importante legado que serve de exemplo, porque o
mundo carece da sua inspiração para a luta contra os mais estúpidos e irracionais
preconceitos e discriminações que grassam nesse universo de Deus, por obra e
graça de brutamontes que somente enxergam seus projetos de dominação das
classes sociais impotentes, oprimidas e indefesas.
Certa
feita, ela declarou que “Por mais sombrias que as coisas pareçam, vi muitas
mudanças em minha vida.”.
Em
uma conferência, a então juíza declarou que “Oportunidades abriram-se para
pessoas para qualquer raça, religião e, em última instância, gênero.”.
À
toda evidência, conforme mostram os fatos, as conquistas sociais somente acontecem
por decorrência de ações sob a iniciativa de pessoas que se insurgem contra
alguma discriminação ou a negação de direito ou causa que são considerados justos
aos padrões e sentimentos combatíveis com os direitos humanos.
Nutre-se
a esperança de que a humanidade possa se inspirar nos bravos, lutadores, corajosos
e inteligentes cidadãos do mundo que conseguem mostrar caminhos, atrair atenções,
destravar processos, soltar a voz e, enfim, ultrapassar as trincheiras e os
quartéis do medíocre empoderamento do preconceito e da discriminação contra as
minorias sociais.
É
preciso que a humanidade se interesse em conhecer os feitos do legado dessa importante
juíza que honrou, com o seu valioso trabalho persistente e produtivo, a Suprema
Corte de Justiça norte-americana, de modo que a sua forma de empenho em defesa
dos direitos humanos seja sempre proveitoso, em benefício do bem-estar da
sociedade.
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