“Até o momento, no governo do presidente Bolsonaro não há um só caso de corrupção como no passado recente. Nosso problema maior são os bandidos, travestidos de políticos, que em tudo querem levar vantagem.”.
Com todo respeito a quem entende em contrário, diante do
direito normal de pensamento, mas essa deplorável aliança com o discutido Centrão
é sim, em termos de moralidade, atitude gravíssima e representa seríssimo caso de
corrupção na gestão pública, por, induvidosamente, envolver o desvio de
recursos públicos, exatamente para a compra da consciência de inescrupulosos e
desavergonhados parlamentares, em forma de cargos públicos e emendas
parlamentares, com a exclusiva finalidade de se obter a blindagem por conta de
deputados, na Câmara dos Deputados, contra a abertura do processo de
impeachment do presidente do país, que se mostra, do mesmo modo, com a cara
mais lisa perante a nação.
Nesse seboso e deprimente acordo com o indigno Centrão, que
agora passa a comandar as principais ações do governo, que até se dizia de
moralidade, não existe nada, absolutamente item nenhum da pauta que tenha por
propósito a defesa do interesse público, senão a única condição para que o
dinheiro do sacrificado contribuinte possa ser gasto pelos meios escusos
demandados com a nomeação de apaniguados de aliados desse famigerado grupo
público para a ocupação de cargos públicos, inclusive agora com a chefia do
principal órgão do governo, no caso, a Casa Civil, que filtra tudo de interesse
nacional, de modo a atender às vontades da aliança de visível e inarredável
excrescência.
Toda esse imundo imbróglio gerado com a colocação do
Centrão no governo não se sustenta à luz dos salutares princípios da moralidade
e da dignidade, entre outros que precisam ser rigorosamente observados na
administração pública, que jamais poderia chegar à tamanha decadência, em
termos de desmoralização, em pleno século XXI, mas, infelizmente, muitas
pessoas ainda conseguem fechar os olhos para procedimentos que somente merecem
repúdio ao extremo, diante do notório desprezo à boa e regular gestão da coisa
pública.
Com a devida vênia, mas é preciso deixar muito claro que o
desvio de finalidade do dinheiro público não é apenas meter a mão nos cofres do
Estado, cometendo o clássico desfalque ao erário, mas é também quando os
recursos públicos são aplicados em outras finalidades que não a satisfação do
interesse público, como nessa vergonhosa e inadmissível coalizão com o Centrão,
porque o atendimento à população, com dinheiro público, é sim a única forma
permitida por lei para a execução da despesa pública.
A propósito, impende se ressaltar que corrupção tem como definição
do dicionário o ato de corromper, como o suborno, que é a forma clássica de
corrupção na administração pública, nos moldes da que foi implantada, sem
escrúpulo, pelo presidente brasileiro, em que ele decide subornar o Centrão, com
cargos públicos e emendas parlamentares e, em troca, no âmbito da esculhambação
da gestão pública, conhecida como “toma lá, dá cá”, o grupo político se compromete,
em essência, a evitar a abertura de processo de afastamento do cargo do
presidente do país, por crime de responsabilidade.
Dito isto, fica muito evidente que o acordo vergonhoso e
indigno com o Centrão caracteriza crime da maior gravidade, diante da plena
satisfação das exigências interesseiras desse deplorável e patético grupo político,
por meio de nomeações pelo governo de pessoas indicadas a dedo por ele, além de
o governo ser obrigado a liberar recursos orçamentários.
Os citados recursos deveriam ser aplicados, na forma da
lei, unicamente por meio dos regulares programas governamentais, mais, do
contrário, tais recursos irão satisfazer à ganância dos inescrupulosos
parlamentares integrantes dessa indecente parcela de representantes do povo,
que se vendem e se prostituem e que isso fique claro, com a perspectiva de
impedir que possível criminoso seja julgado, na forma da lei, no caso de o
presidente do país vir a ser incurso em crime de responsabilidade, quando aí
ele precisa ser julgado pelo Congresso Nacional, mas não será, em razão da
compra dos votos com dinheiro do contribuinte.
Não obstante, com base nesse rasteiro e indecente acordo,
ele poderá ficar impune, justamente por força do dinheiro público que vem servindo
para a compra da referida falta consciência política, ou seja, um bando de
criminosos, por terem se beneficiado de cargos públicos e emendas
parlamentares, de forma visivelmente espúria, fica à espreita, como de sobreaviso,
para blindarem, se preciso for, o presidente do país contra o impeachment, fato
este da maior gravidade em governo que deveria dar o exemplo de dignidade, honestidade,
moralidade e regularidade.
Ou seja, sem a concessão de cargos públicos nem as citadas
emendas parlamentares, o presidente da República certamente já poderia estar
sendo processado por crime de responsabilidade, diante da existência de 130
pedidos de impeachment, que estão engavetados, exatamente porque o presidente
da Câmara é influente integrante do Centrão e não tem, por óbvio, interesse nem
dignidade para julgar e decidir sobre os pedidos de afastamento do presidente
do país.
Isso mostra, com muita clareza, o verdadeiro sentido do
processo criminoso que representa o acordo extremamente vexatório entre o
presidente do país e o Centrão, evidenciando que ambos estão traindo os
interesses dos brasileiros honestos e dignos, que desejam que os homens públicos
sejam julgados por seus crimes, mas, nesse caso, o presidente possivelmente não
o será, porque ele não tem a mínimo dignidade para se submeter ao crivo da Câmara,
para o regular processo do impeachment, em razão de ter providenciado a sua vergonhosa
blindagem e, o pior, fazendo uso indevido de dinheiro público, conforme
mostrado acima.
O certo é que, na administração pública, com vistas à confirmação
do princípio da legitimidade, todo autor de ato suspeito de irregularidade, precisa responder por seus atos delituosos,
inclusive, se for o caso, o presidente da República, caso ele seja incurso em
crime de responsabilidade, porque isso é forma regular de prestação de contras
sobre seus atos na vida pública.
É preciso se compreender, em definitivo, à vista dos
princípios republicanos, o fato de que, mesmo que o presidente do país não seja
incriminado por outros motivos, como, por exemplo, no caso referente à compra
das vacinas, objeto de investigações na Comissão Parlamentar de Inquérito da
Covid, do Senado Federal, ele já cometeu grave irregularidade, que tem por base
esse deprimente e vexaminoso acordo com o Centrão, que precisa ser devidamente justificado
perante a sociedade, por meio de investigação pelos órgãos de controle e
fiscalização, na forma dos ditames jurídicos.
Convém que o presidente do país possa responder normalmente
pelo possível desvio de recursos públicos, salvo se ele conseguir provar que a
indecente compra dos votos de parlamentares, exclusivamente para defendê-lo, no
caso de eventual tentativa de afastamento do cargo, tem relação com a satisfação
do interesse público, o que será bastante improvável, em razão do primado do princípio
da razoabilidade, mostrando que a falta de seriedade dessa aliança exatamente
com quem, comprovadamente, não possui credibilidade nem dignidade na vida
pública, conforme mostram os fatos em investigação nos tribunais superiores.
Enfim, pode-se vislumbrar, sem esforço, que existem sim corrupção
e políticos bandidos no governo, à vista da formulação de vergonhoso acordo
entre eventual criminoso, caso o presidente seja incurso em crime de responsabilidade,
à vista dos fatos apresentados nos citados 130 pedidos de impeachment, que se
encontram engavetados certamente porque o presidente da Câmara integra o Centrão,
e bando de igualmente possíveis criminosos, que dão a garantia da blindagem para que não passe
o processo de abertura do impeachment do presidente do país.
Ou seja, somente esse horroroso fato já caracteriza corrupção,
em termos de suborno, forma que indica claramente imoralidade e criminalidade no
governo, porque, onde existe o sentimento de honestidade e dignidade, jamais o
grupo político sem credibilidade moral, como o Centrão, seria levado para
integrar e ter assento e voz ativa em governo com o mínimo de respeito e zelo para
com a coisa pública.
Na verdade, isso é algo que somente deve acontecer nas
piores republiquetas, onde o povo se deixa ser facilmente conscientizado com
absurda permissividade na gestão pública, a exemplo dessa desgraçada aliança implantada
pelo presidente brasileiro, que pratica ato visivelmente corrupto no governo, à
luz solar, e ainda consegue ficar impune, tendo o beneplácito de pessoas
inteligentes que preferem ignorar, ao acharem que se trata de ato perfeito e
legítimo.
Trata-se, indiscutivelmente, de acordo podre, pegajoso e nojento,
porque ele não tem vinculação com a satisfação do interesse público, visto que,
se ele tivesse essa finalidade, jamais seria selado com grupo indigno, porque,
na decente e digna administração pública, inexiste viabilidade de aliança entre
duas partes interessadas em tratar de objeto destinado ao cuidado de interesses
particulares ilícitos, no caso que compreendem se evitar a abertura do processo
de impeachment do presidente do cargo e a questionada manutenção dos aliados do
Centrão no governo, além da indevida liberação de verbas públicas para aproveitadores.
Além de tudo isso, é preciso se compreender que não fosse a
hipótese de o presidente do país correr o risco de ser impichado, certamente que
esse esdruxulo e vergonhoso acordo com o Centrão jamais existiria, ante os escrachos
de mentirinha que o então candidato à Presidência fazia em demonstração de
reprovação quanto à maligna reputação de aproveitador no serviço público.
Enfim, é perfeitamente conveniente que essa terrível situação
decadência da vida nacional, envolvendo a alta cúpula da administração pública,
seja devida e didaticamente explicada à população, com vistas ao urgente chamamento
da consciência cívica e de brasilidade, no sentido de se discutir a importância
sobre a imediata implantação dos conceitos da moralidade e da dignidade na
administração do Brasil, à vista de já ter passado o tempo do merecimento de a
nação ser respeitada nos termos da sua verdadeira grandeza também no que diz com
a implantação e consolidação dos princípios republicanos.
Diante do exposto, é preciso se compreender, à luz da legislação
aplicável à espécie, que os gastos públicos precisam ser devidamente
justificados quanto à sua boa e regular destinação, o que certamente não é o
caso das despesas relacionadas com o questionável acordo em apreço, pelos
motivos mostrados acima, ficando bastante evidente que o presidente da
República precisa ter a hombridade de provar perante os brasileiros, como forma
de regular prestação de contas, a moralidade e a legalidade ínsitas de seus
atos na vida pública, inclusive e em especial esse com relação ao Centrão, para
que não restem quaisquer suspeitas sobre a sua regularidade.
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