quinta-feira, 1 de julho de 2021

Necessidade de assepsia

 

      Diante de crônica onde fiz análise da pesquisa sobre a possível preferência eleitoral entre dois potenciais candidatos à Presidência da República, uma distinta e atenta seguidora dos meus textos fez o seguinte comentário acerca dele, da seguinte forma: “Os que enxergam a verdade darão oportunidades a novos candidatos. O Brasil merece coisa melhor!! Eu me lembro quando o PT tava no poder professores, bancários, motoristas de ônibus, etc faziam greve que duravam meses, nao entendo pq achavam tudo maravilhoso, principalmente o povo do Nordeste (nem todos). Muitos tem um fanatismo por Lula que esquece dos erros que ele cometeu.”.

Com certeza, o Brasil tem urgente carência de ser passado a limpo, por meio de verdadeira revolução dos princípios político, administrativo e principalmente da moralidade, em especial porque é inconcebível que, com os avanços da humanidade e das conquistas da modernidade, os brasileiros ainda resistam tanto e vergonhosamente à necessidade de inadiável assepsia, com o uso de álcool, água sanitária e, se for o caso, soda cáustica.

A limpeza geral se faz extremamente necessária para que sejam afastados da vida pública os espertos e os aproveitadores do dinheiro dos contribuintes e das influências do poder e das facilidades oferecidas pelo Estado, que tem sido eternamente explorado por políticos profissionais, aproveitadores e inescrupulosos, conforme as mostragens com fartos exemplos da história republicana.

Os verdadeiros brasileiros têm o dever cívico e patriótico de contribuir, de forma decisiva e efetiva, com essa revolução de moralidade e amor às causas do Brasil, ao se conscientizarem de que a defesa de políticos em franco processo de decadência moral não conspira somente contra a desgraça do Brasil, que fica permanente e definitivamente impedido da renovação político-administrativa, mas também a dignidade desses péssimos brasileiros, que não se envergonham do apoio a políticos há muito tempo inúteis para a vida pública.

Os brasileiros que apoiam políticos ultrapassados deveriam se envergonhar ao extremo de apoiar homens públicos sem a menor qualificação moral para a representação política, exatamente por não mais reunirem os elementos e as condições formadoras da conduta ilibada e da observância aos princípios da ética, da moralidade, da dignidade, entre outros compatíveis com a legitimidade exigida no exercício de cargos públicos eletivos.

Enfim, é preciso que os brasileiros criem, no coração, o sentimento patriótico de muito amor às causas do Brasil, no sentido de que o futuro dos nossos descendentes somente poderá ser venturoso e próspero se todos contribuírem para as necessárias e importantes mudanças, em especial no que diz respeito à moralização das práticas políticas, com a completa e definitiva  eliminação da vida pública dos caciques políticos que certamente não têm mais a mínima condição para contribuir para o desenvolvimento da nação e da melhoria das condições de vida dos brasileiros, precisamente porque os tempos são outros, onde, na época deles, a roubalheira campeava livre e solta, em todos os quadrantes da administração pública, sem nenhum controle  nem fiscalização.

Somente os próprios brasileiros têm condições de contribuir para esse processo de fortalecimento das instituições democráticas de amor ao Brasil, não permitindo a volta à completa degeneração da administração pública, por meio dos deploráveis sistemas nefastos e corrosivos, tendo por base o fisiologismo, o aparelhamento da máquina pública, o inchamento dos órgãos e das empresas públicas, a condescendência com as violências das invasões de propriedades privadas, as alianças espúrias com partidos, a remessa de dinheiro dos brasileiros para obras no exterior, as organizações criminosas destinadas à roubalheira, a exemplo do mensalão e do petrolão, entre outras situações desgraçadas e degradantes, nada republicanas e contrárias aos princípios da moralidade, da honestidade e da dignidade, na administração pública.

Essas premissas já são conhecidas e consolidadas como forma peculiar de governo que tem apenas perspectivas voltadas para o engrandecimento e a potencialização de seus interesses partidários, como metas firmadas com a finalidade de fortalecimento de suas ações para assegurar estabilidade estrutural de conquista e permanência no poder.  

Ou seja, o arcabouço de medidas estruturantes nos moldes do elencado acima traduz o que de pior se pode oferecer como metas governamentais, em termos globais, para potencializar a base filosófica partidária, mas o principal argumento ideológico fica por conta das maravilhosas bondades nas concessões na área social, onde são disseminadas as criações de tudo que se pode imaginar de liberalidades de auxílios e benefícios, em termos de programas de ajudas por conta do Estado, com a criação de cotas disso e daquilo, tendo por exclusiva finalidade angariar a simpatia das classes populacionais mais carentes e dependentes da assistência de programas sociais.

Na verdade, todos esses programas voltados para o assistencialismo social têm a exclusiva finalidade a formação de verdadeiros “currais eleitorais”, sem que as pessoas percebam que realmente estão sendo manipuladas e servindo de massa de manobra para fins eleitorais, conquistados graças à “bondade” às custas do dinheiro público, evidentemente em benefício do partido e de seus integrantes, que normalmente têm bem maiores condições de se elegerem ou reelegerem, sob o argumento de que eles no poder vão dar continuidade dos programas assistencialistas, sob a alegação de que os candidatos de outros partidos não têm a menor preocupação com as pessoas pobres, como assim tem sido estruturada a propaganda eleitoral do partido.

Esse sistema de puro aproveitamento da ingenuidade social, por meio do fazimento de política que privilegia os aspectos sociais, em que pese também ser também de suma importante, como forma de amparo às classes sociais reconhecidamente carentes, mas, na verdade, os governos sérios, honestos e dignos não o praticaria, por preferirem se preocupar com esse segmento social de outra maneira mais efetiva, em termos de assistência social, procurando investir precisamente para reverter a situação de miserabilidade, tendo o interesse e o cuidado de aplicar recursos públicos em projetos de incentivo à implantação de indústrias e empresas produtivas nas regiões carentes, de modo a possibilitar a criação de emprego, além da contribuição para o ambiente de melhorias geradas pela própria população e desenvolvimento social da região, de modo a se eliminar, o mais rapidamente possível, os bolsões de pobreza que ficam sempre a depender das migalhas do Estado, como sendo parte das nefastas e perversas políticas praticadas por toda existência do principal partido da esquerda, como de alimentar o seu ideário visivelmente antissocial, à luz do bom senso e da razoabilidade humanitárias, porque se trata de ajuda com resultados apenas paliativos, eis que a miséria se mantém sempre viva, estável e sedenta de cada vez mais ajuda do Estado.

Essa forma ideológica partidária somente contribui para a degradação, inferiorização e potencialização da pobreza, porque não há a mínima alternativa para ela sonhar com outras formas de sair da miserabilidade, uma vez que a prevalência do assistencialismo existe essencialmente como razão de ser, que é exatamente a submissão às metas e ações arraigadas da ideologia do partido, estrategicamente planejada e executada para manter essa estrutura em funcionamento, no sentido exclusivo de beneficiar precisamente os interesses político-partidários.

Fora de dúvida, essa alternativa é a pior possível para contribuir como forma de beneficiamento da sociedade carente, que somente tem condições de permanecer no estado de dependência dos auxílios e das ajudas oficiais, em verdadeira consonância com o perverso regime do socialismo, que apregoa a igualdade social como princípio, que nada mais é do que a potencialização da miserabilidade que se ramifica no seio dos mais pobres, que, mesmo assim, ainda aplaudem aqueles que, na verdade, são verdadeiro algozes, por resumirem a prática do famigerado socialismo, como é o que realmente existe de fato nos governos que o praticam.   

Urge que os brasileiros sejam muito mais rigorosos para vislumbrar que o Brasil só tem a ganhar com as mudanças necessárias e urgentes no sistema político-administrativo, tendo em conta esse imperioso sentido de limpeza objetivando à capacitação de nova geração de homens públicos capazes de enxergar que o país não terá condições mínimas sob o comando dessa plêiade de sanguessugas na aveia e calejados na defesa exclusivamente de interesses pessoais e partidários, em evidente detrimento das causas nacionais e dos brasileiros.

Brasília, em 1º de julho de 2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário