Diante de crônica que analisei
a crítica que me foi feita em razão do que venho escrevendo sobre os fatos da
vida, precisamente com relação à opinião que ouso assumir, tendo sobrelevado a
necessidade do precioso respeito à individualidade do pensamento e o direito ao
usufruto da liberdade de expressão, desde que a opinião não possa ferir a
dignidade nem os direitos individuais, à vista do que se extrai dos princípios
assentados no Estado Democrático de Direito, de onde a sociedade se espelha
para se manifestar livremente em defesa de seus direitos político, social e
humano.
À vista do meu pensamento, uma
distinta e atenta prima teceu comentário bem expressivo, que foi vazado assim: “Texto
perfeito, primo. Infelizmente as pessoas não sabem respeitar a opinião dos
outros, não entendem que temos direito de termos nossos pontos de vista. Eu não
sou de falar sobre politica, ate pq não entendo sobre o assunto, mas
recentemente fiz uma postagem relacionada no MEU Facebook e logo recebi
enxurradas de comentários. Quando os comentários estavam direcionados a figura
do politico em si, eu não me dispus a debate, ate pq já no inicio do texto,
deixei claro que ali não estaria pra ‘bater boca’ sobre politica e eu respeito
muito o posicionamento de cada pessoa sobre o assunto. Mas passaram a ofender a
figura do meu pai e ai eu não aguentei. Uma pessoa que nunca viu meu pai na
vida, vir mexer na sua integridade. E fui grossa, pq minha educação eu só uso
com quem merece. As pessoas não têm limites, não sabem o que significa essa palavra.
Triste ver uma sociedade que não quer aceitar a democracia. É um direito nosso.
A verdade tá escancarada para que todos vejam, mas temos livre árbitro e
direito a expressão.”.
Em
resposta ao ponderado comentário, eu disse que tinha ficado feliz e honrado com
o apoio ao meu texto, que procura ser coerente com o meu pensamento de
democrata convicto, no sentido de haver respeito à opinião das pessoas, em harmonia
com o princípio da reciprocidade, porque cada ser humano sabe e se expressa perfeitamente
sobre o que sente sobre os fatos da vida, embora seja normal a discordância em
ambiente de harmonia civilizada, sem necessidade de agressão pessoal, porque aí
já passa para o sentido da violência, que não condiz com os princípios da
racionalidade e da civilidade, uma vez que estes são a base fundamental da
convivência pacífica e inteligente, quando todos se respeitam.
O
certo mesmo é que o sentimento da discordância é perfeitamente natural e cabível
no contexto da discussão, que precisa ser conduzida no âmbito da inteligência e
da racionalidade, onde as ideias possam ser expostas como forma de contribuir
para a elevação do nível das conversas, que devem ser proveitosas para os interlocutores, sem nenhuma
necessidade da imposição de pontos de vista pessoais, quando a partir de então
deixa de fazer sentido a conversa civilizada.
Na verdade, o direito de manifestação pressupõe
exatamente o respeito recíproco às ideias, sob a concepção de que ninguém
precisa insistir ou agredir ninguém para que o seu pensamento possa prevalecer,
porque, fora disso, deixa de ter sentido a interlocução sadia e proveitosa.
No
meu caso específico, tenho como princípio o fato de que tudo que escrevo traduz
o meu pensamento sobre os fatos da vida e todos têm todo direito de descrever
os mesmos fatos sobre diferentes facetas e nem por isso tenho direito de sequer
tentar contrariar o entendimento de ninguém, porque todos têm as suas verdades
sobre todos os assuntos e fatos da vida.
Espero
que todos sejam ricos e pródigos em ideias e digam as suas verdades, sem
agredir a liberdade de expressão dos outros, exatamente porque é assim que
contribuímos com o aperfeiçoamento das saudáveis e amadurecidas relações sociais.
Brasília,
em 8 de julho de 2021
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