Diante de muitas crônicas que tenho escrito, em
especial analisando os fatos relacionados com a pandemia do novo coronavírus e
as suas graves repercussões perante a população, muitas pessoas se manifestaram
dando a sua opinião em apoio aos meus textos.
Uma mensagem me chamou a atenção, por se revestir
de cordialidade e apreço ao meu trabalho literário, que foi escrito nestes
termos: “Amigo Adalmir, gosto demais dos seus textos como também das
observações feitas pela conterrânea Bernadete. Meus parabéns, pela paciência
que você tem de acompanhar os vídeos e as postagens desse nosso presidente. Olha,
eu sinto, o que chamamos no nosso Sertão, uma ‘gastura danada’! Prefiro
acompanhar os seus comentários que são sempre neutros e ponderáveis! Um forte e
fraternal abraço!”.
Em resposta à atenciosa mensagem, eu digo que a sua
mensagem, prezado amigo, tem o irretocável sentido de alimentar, com afago mui
especial, a alma de quem escreve com a única finalidade de querer, principalmente,
bem informar e levar opinião verdadeira, imparcial e justa à sociedade, tendo por
base, como não poderia ser diferente, os fatos da vida, porque eles precisam ser
apenas autênticos também na sua análise,
sem floreio, cabendo interpretações
segundo a inteligência pelo ângulo de visão de quem os enxerga, evidentemente ao
seu modo e, em muitos casos, à sua ideologia, com todo respeito e sinceridade.
Escrevo como forma de contribuição social, no
âmbito do dever de cidadão que tem alguma experiência haurida ao longo da vivência
como homem público, sem pretender ser dono da verdade senão da minha, que tem
se mantido fiel aos meus princípios de jamais se desviar um milímetro dela, tendo
o máximo respeito às opiniões e aos sentimentos das pessoas, à vista do salutar
princípio do Estado Democrático de Direito, que se trata de importante
conquista da humanidade evoluída e consciente do domínio do pleno direito
político-democrático.
Pode-se afirmar, com absoluta segurança, que verdade é o que há de essencial para o
conhecimento e a compreensão do ser humano, com vistas à percepção das suas
relações sociais, de modo a que se possa ter parâmetro confiável de dignidade,
moralidade e credibilidade.
Na verdade, um dos maiores paradoxos do homem moderno
reside precisamente no abandono, conscientemente, da verdade, porque ela representa
todos os fundamentos da sua autenticidade, de onde deriva a sua credibilidade
incontestável como pessoa.
A propósito, convém frisar que a mentira é a antítese
da verdade, que representa a negação da personalidade e a desmoralização dos
princípios e dos sentimentos humanos.
Quando a verdade é ignorada pelo homem, por simples
desejo de princípios pessoais, a banalização da mentira se fortalece, enraíza
na mente, e deforma a personalidade, que deixa de existir como a conduta mais
nobre do homem, que se torna incapaz de acreditar em si mesmo.
Essa nada agradável gastura que você sente, amigo conterrâneo,
é natural no seio das pessoas de bem, sensatas e cultuadoras dos bons
princípios, porque elas gostariam que jamais acontecessem tantas
insensibilidades, incompetências e desumanidades em relação aos brasileiros castigados
pelos descasos e omissões perante o desgraçado e terrível mal do século; A Covid-19.
O tratamento desumano aos brasileiros, no curso da
pandemia do coronavírus, não se compatibiliza com a modernidade já alcançada,
sob os auspícios da ciência e da tecnologia, que evoluíram precisamente para que
a mentalidade do Homo sapiens pudesse também ser iluminada e evoluída com o
desenvolvimento.
Com base nessa ideia de modernidade, até parecia fácil
a compreensão de que a vida humana é o bem mais precioso já inventado por Deus
e que ela deveria merecer ser tratada com o melhor carinho possível e não colocada
em inferioridade a nada neste mundo, muito menos à economia, que também é muito
importante, mas precisa apenas ser vista precisamente com o seu verdadeiro
valor, de instrumento auxiliar do homem, o que vale dizer que este tem
prevalência sobre todos os demais bens ou valores, porque é ele que tem o
domínio de tudo que existe na face da Terra e quem não compreender essa
grandeza humana presta grande desserviço à humanidade.
É de suma importância que os brasileiros se
conscientizem pela imperiosa necessidade da valorização dos princípios
fundamentais da verdade, porque estes são os pilares dos sentimentos construtivos
do homem, tendo capacidade para a compreensão dos valores e dos conceitos sobre
os verdadeiros princípios de justiça,
moralidade, dignidade, honorabilidade e tantos outros em condições de repelir
os sentimentos destrutivos, inconvenientes, prejudiciais e nefastos, em todos
os sentidos.
Brasília, em 12 de julho de 2021
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