segunda-feira, 12 de julho de 2021

O sentido da verdade

 

Diante de muitas crônicas que tenho escrito, em especial analisando os fatos relacionados com a pandemia do novo coronavírus e as suas graves repercussões perante a população, muitas pessoas se manifestaram dando a sua opinião em apoio aos meus textos.

Uma mensagem me chamou a atenção, por se revestir de cordialidade e apreço ao meu trabalho literário, que foi escrito nestes termos: “Amigo Adalmir, gosto demais dos seus textos como também das observações feitas pela conterrânea Bernadete. Meus parabéns, pela paciência que você tem de acompanhar os vídeos e as postagens desse nosso presidente. Olha, eu sinto, o que chamamos no nosso Sertão, uma ‘gastura danada’! Prefiro acompanhar os seus comentários que são sempre neutros e ponderáveis! Um forte e fraternal abraço!”.

Em resposta à atenciosa mensagem, eu digo que a sua mensagem, prezado amigo, tem o irretocável sentido de alimentar, com afago mui especial, a alma de quem escreve com a única finalidade de querer, principalmente, bem informar e levar opinião verdadeira, imparcial e justa à sociedade, tendo por base, como não poderia ser diferente, os fatos da vida, porque eles precisam ser  apenas autênticos também na sua análise, sem floreio,  cabendo interpretações segundo a inteligência pelo ângulo de visão de quem os enxerga, evidentemente ao seu modo e, em muitos casos, à sua ideologia, com todo respeito e sinceridade.

Escrevo como forma de contribuição social, no âmbito do dever de cidadão que tem alguma experiência haurida ao longo da vivência como homem público, sem pretender ser dono da verdade senão da minha, que tem se mantido fiel aos meus princípios de jamais se desviar um milímetro dela, tendo o máximo respeito às opiniões e aos sentimentos das pessoas, à vista do salutar princípio do Estado Democrático de Direito, que se trata de importante conquista da humanidade evoluída e consciente do domínio do pleno direito político-democrático.

Pode-se afirmar, com absoluta segurança, que  verdade é o que há de essencial para o conhecimento e a compreensão do ser humano, com vistas à percepção das suas relações sociais, de modo a que se possa ter parâmetro confiável de dignidade, moralidade e credibilidade.

Na verdade, um dos maiores paradoxos do homem moderno reside precisamente no abandono, conscientemente, da verdade, porque ela representa todos os fundamentos da sua autenticidade, de onde deriva a sua credibilidade incontestável como pessoa.

A propósito, convém frisar que a mentira é a antítese da verdade, que representa a negação da personalidade e a desmoralização dos princípios e dos sentimentos humanos.

Quando a verdade é ignorada pelo homem, por simples desejo de princípios pessoais, a banalização da mentira se fortalece, enraíza na mente, e deforma a personalidade, que deixa de existir como a conduta mais nobre do homem, que se torna incapaz de acreditar em si mesmo.     

Essa nada agradável gastura que você sente, amigo conterrâneo, é natural no seio das pessoas de bem, sensatas e cultuadoras dos bons princípios, porque elas gostariam que jamais acontecessem tantas insensibilidades, incompetências e desumanidades em relação aos brasileiros castigados pelos descasos e omissões perante o desgraçado e terrível mal do século; A Covid-19.

O tratamento desumano aos brasileiros, no curso da pandemia do coronavírus, não se compatibiliza com a modernidade já alcançada, sob os auspícios da ciência e da tecnologia, que evoluíram precisamente para que a mentalidade do Homo sapiens pudesse também ser iluminada e evoluída com o desenvolvimento.

Com base nessa ideia de modernidade, até parecia fácil a compreensão de que a vida humana é o bem mais precioso já inventado por Deus e que ela deveria merecer ser tratada com o melhor carinho possível e não colocada em inferioridade a nada neste mundo, muito menos à economia, que também é muito importante, mas precisa apenas ser vista precisamente com o seu verdadeiro valor, de instrumento auxiliar do homem, o que vale dizer que este tem prevalência sobre todos os demais bens ou valores, porque é ele que tem o domínio de tudo que existe na face da Terra e quem não compreender essa grandeza humana presta grande desserviço à humanidade.

É de suma importância que os brasileiros se conscientizem pela imperiosa necessidade da valorização dos princípios fundamentais da verdade, porque estes são os pilares dos sentimentos construtivos do homem, tendo capacidade para a compreensão dos valores e dos conceitos sobre os verdadeiros princípios  de justiça, moralidade, dignidade, honorabilidade e tantos outros em condições de repelir os sentimentos destrutivos, inconvenientes, prejudiciais e nefastos, em todos os sentidos.

Brasília, em 12 de julho de 2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário