Como os candidatos da polarização entre direita e esquerda já
se lançaram à disputa eleitoral, os respectivos titulares decidiram se
manifestar sobre o surgimento de candidatura referente à representação da
chamada “terceira via”, em que eles disseram que essa ideia simplesmente inexiste.
Por enquanto, realmente
não existe candidato que tenha reivindicado essa condição, para servir de opção
entre essa horrível e deprimente ideia inevitável da polarização experimentada na
última eleição presidencial.
É preciso se entender que
o interesse da terceira via são os eleitores que não estão ideologicamente vinculados
com os candidatos da polarização.
Com a abstração dos
eleitores da chamada polarização, ainda restam, com base em variadas pesquisas
recentes, aproximadamente 30% do eleitorado, que podem sim influenciar na
decisão presidencial, porque ele não tem candidato preferencial, chamado de
cabresto, que já decidiu em quem votar.
Os dois principais
nomes da corrida eleitoral para 2022 procuraram desdenhar, por pura obviedade,
da chamada “terceira via”, quando o atual presidente disse que “não há
espaço para o surgimento de um candidato
que possa derrotá-lo. Está polarizado. Hoje, ia estar eu e o
ex-presidiário que desviou bilhões dos cofres públicos e vai disputar as
eleições do ano que vem", referindo-se ao seu opositor, na corrida
presidencial.
O petista declarou em discordância
do presidente do país, que "A terceira via é uma invenção dos partidos
que não têm candidato. Falam em polarização... O que tem de um lado é
democracia e do outro é fascismo. Quem tá sem chance usa de desculpa a tal da
terceira via. Seria importante que todos os partidos lançassem candidato e
testassem sua força".
O ex-presidente disse
que “Agora o Bolsonaro fica dizendo que se for derrotado nas eleições não
vai entregar a faixa. Bolsonaro, pare de ser chucro. Pare de ser estúpido.
Ninguém quer receber a faixa de você. Pode deixar que o povo vai empossar o
presidente eleito em 2022. E não será você. Terceira via? O povo não engole isso aí. O vaselina… O vaselina não vai
dar certo, não vai agregar, não vai atrair simpatia da população. Não existe
terceira via, está polarizado.”.
É preciso se entender
que, com a consciência de pura civilidade e brasilidade, pessoa envolvida em
suspeitas de graves irregularidades na administração pública, sem ter conseguido
provar a sua inculpabilidade nos casos denunciados à Justiça, em princípio, à
luz dos conceitos da decência e da mortalidade, não tem direito de invocar para
si o sentido de democracia, como fez o ex-presidente, ante o ferimento do
verdadeiro desiderato do seu tão importante significado, que tem o símbolo da
imaculabilidade.
A propósito, ressalvada,
com o devido respeito, a compreensão do político sobre o sentido de verdadeira democracia,
tem-se que a sua pureza não pode ser confundida com nada que possa turvar, como
dito acima, a alma da imaculabilidade, da insuspeitabilidade, da ilegitimidade,
porque estes são princípios que não condizem com quem pende de explicação à
Justiça sobre atos na vida pública, exatamente por fortes suspeitas de malversação
de recursos públicos, não tendo, salvo melhor juízo, condições mínimas da normal
invocação da sagrada democracia em seu benefício, porque isso pode caracterizar
verdadeiro sacrilégio, nos tempos modernos e mais ainda à vista do devido
respeito à honradez da sociedade, .
Sob o aspecto da razoabilidade
política, o apelo à democracia para o próprio político não tem a menor pertinência,
diante do antagonismo existente, o que o impossibilita de representá-la, à
vista da grandeza moral que ela significa para o mundo político civilizado.
Enfim, que democracia é
essa representada por político extremamente populista de esquerda, que é
notoriamente subserviente às ditaduras cubana e venezuelana; possuidor de
histórico na vida pública bastante complicado, à vista da existência de vários
processos com denúncias sobre suspeitas de práticas de irregularidades com
dinheiro público, os quais correm ativamente na Justiça, tendo grande
possibilidade de ele voltar a ser condenado à prisão, como já foi, por duas
vezes; classificado como corruptor na sua gestão, por meio dos escândalos do mensalão
e do petrolão, constituindo faraônicos esquemas de desvio de dinheiro público,
de magnitude inédita, para garantir a permanência de seu partido no poder, sem
que tivesse a dignidade de reconhecer a paternidade de nenhum deles, que tiveram
a chancela da Justiça garantindo a filiação deles à gestão do mencionado político?
Os aludidos fatos são escabrosos
de tamanha e descomunal envergadura, à luz dos consagrados princípios
democrático e republicano, que o normal sentimento humano os tem como de tanta
deprimência moral que a ninguém deveria ser concedida oportunidade para
representar politicamente coisíssima alguma, muito menos o povo que é digno de consideração
e respeito, sob os sentimentos da pureza da cidadania, quanto mais em se
tratando do envolvimento do cargo máximo de comandante de uma nação, que não
merece a intromissão de nada sob suspeita de falcatruas e anormalidade quanto
ao zelo com a res publica.
Nesse caso, sendo ele
eleito, inevitavelmente, todos os brasileiros passarão a ser submetidos compulsoriamente
à chefia de pessoa que, indiscutivelmente, não preenche os mínimos requisitos
de conduta moral, fato este que é visivelmente inadmissível até mesmo nas piores
republiquetas, onde seu povo certamente preza, sobretudo, pelo que é mais nobre
no seu sentimento, que é a preservação da grandeza da sua dignidade moral, não
permitindo que político em plena decadência moral seja coroado o homem mais
importante da nação, pondo toda nação ao ínfimo nivelamento do rasteiro nível
da imoralidade, ficando caracterizada a banalização da esculhambação na
República, pelo indiscutível ultraje às suas honra e dignidade, em termos dos
salutares princípios da ética, da moral e da decência.
Por outro lado, as
negligências notoriamente letais causadas no seu governo contribuem muito para
o afastamento da população ao atual presidente, que, por certo, teria tudo para
se reeleger mil vezes se fossem possíveis, se a sua sensibilidade humanitária tivesse
sido minimamente despertada, precisamente em momento da maior gravidade pela
qual a saúde pública foi afetada e intensamente fragilizada, causando a maior
mortandade de brasileiros que se tem conhecimento nos últimos tempos, dando a
se entender que se trata de algo normal, quando o esforço administrativo
poderia sim ter mudado essa cinérea e trágica realidade.
À primeira vista, definitivamente,
não tem o menor cabimento se descartar a esperança sobre o aprimoramento da
democracia brasileira, no sentido de se experimentar algo inovador, com a alvissareira
perspectiva de completa mudança de parâmetro de políticas divisionárias e
segregacionistas da sociedade brasileira, a demostrarem retrocesso social, por ela
ser impedida de progredir por força da forte e nefasta ideologia, que já
demonstrou resultados contrários à ansiedade de desenvolvimento dos brasileiros,
ante a intransigência da defesa ideológica, que não convergência para a tolerância
e a união de propósitos em benefício da sociedade.
Convém que se defina a terceira
via como candidatura que realmente se distancia dos ranços e das marcas amargos
da indesejável polarização, porque ela em nada contribui para o aperfeiçoamento
dos princípios republicano e democrático, posto que o próprio nome já diz que é
ela se intensifica à direita ou à esquerda, em que deve, ao final, prevalecer a
supremacia de um dos lados, em prejuízo do todo, ficando decidido que são “eles
contra nós e vice-versa”, cuja ideia divisionista só serve para separar os
sentimentos de brasilidade e de interesses quanto aos objetivos unificados de
desenvolvimento nacional, que somente prospera se houver união e integração de
propósitos, sem essa desgraça e demoníaca ideologia política.
Fala-se até que a terceira via
nasceria para acomodar os inconvenientes fisiologistas concentrados no
famigerado Centrão, com todas as suas malévolas aspirações, que já são do amplo
conhecimento dos brasileiros, donde se pode inferir os seus reais objetivos
sobre a conquista do poder, com forte predomínio sobre os cargos públicos e os
recursos federais, para o fortalecimento de suas ações referentes à dominação política,
extremamente prejudicial ao interesse público, que se assenta, ao contrário disso,
exclusivamente na satisfação do bem comum da população.
É conveniente que o candidato da
terceira via seja capaz de depurar ao máximo a existência dos verdadeiros sentimentos
da direita e da esquerda, com base na experiência bastante disseminada por
ambas as ideologias, tendo por base a arraigada dominação do poder, de modo que
seja possível se arquitetar estrutura de governo livre de seus atávicos pecados
e inconveniências, que são extremamente prejudiciais aos interesses nacionais.
Com respaldo nesse rigoroso e
necessário filtro de ideias e práticas, com o livramento das precariedades
existentes nas alas da direita e da esquerda, a terceira via poderia sim montar
estrutura de metas sérias, dignas, honestas, eficientes e principalmente imunes
às desgraças próprias da polarização, que são centradas exclusivamente na consecução
de metas destinadas à priorização da satisfação de seus interesses ideológicos,
em marcante detrimento das causas próprias dos brasileiros e do Brasil, situação
essa que precisa ser mudada, mesmo que seja como forma de experimentação, na
tentativa de beneficiar tão somente os brasileiros, com o prejuízo das eternas regalias
da classe política.
Eis que a terceira via poderia
ser a verdadeira salvação do Brasil, justamente diante da possibilidade da desvinculação
das mazelas que contribuem para o garroteamento das condições de desenvolvimento
socioeconômico dos brasileiros, em razão de a direita ou a esquerda sempre visarem
à satisfação das suas facções ou metas partidárias, precisamente em defesa de
maneira privilegiada de seus aliados, ou seja, do grupinho de sempre, à vista
das experiências comandadas pelo horripilante sentimento de “nós contra eles”, em
infernal divisão que tem como resultado a inferioridade dos objetivos nacionais,
porque eles são colocados em planos inferiores aos interesses pessoais ou partidários.
Ou seja, à primeira vista, tem-se
o sentimento de que a candidatura da terceira via poderia ser a cara do verdadeiro
e autêntico Brasil, onde as suas metas de governo somente contemplariam o
melhor para a reconstrução do país, com a aceitação de ideias de pureza em tudo
que representasse o governo brasileiro, sem Centrão, oportunismo, fisiologismo
e principalmente o distanciamento das terríveis ideias dos demais candidatos da
polarização, porque é exatamente a finalidade precípua da terceira via, como posição
independente, autônoma e soberana, que prima exclusivamente para a real
satisfação do interesse dos brasileiros, com vistas ao desenvolvimento
socioeconômico do Brasil.
Tendo em vista os pronunciamentos
contrários do ex-presidente da República e do atual presidente, tem-se então
absoluta certeza de que a terceira via será projeto de vanguarda extremamente
vitorioso, precisamente por ele ser construído em ideias diferentes das
praticadas pelos referidos políticos, que são fortemente criticadas, ao seu
tempo, por parcelas da sociedade que alegam insatisfação, de uma forma ou
outra, pelas gestões defendidas e praticadas por ambos os políticos, fato este
que ajuda a compreender a necessidade da esperançosa terceira via, como forma
de experimentação de alternância de gestão pública competente, eficiente e
efetiva, sempre aconselhável quando se pretende se conhecer novos horizonte da administração
pública, com a finalidade de satisfazer plenamente o bem comum e os interesses
da população, que, na essência, essa é realmente a sua razão de existir, mas,
infelizmente, o verdadeiro sentido da sua institucionalização não é devidamente
respeito.
Enfim, a ideia da terceira via no
Brasil precisa ser algo realmente que precisa urgentemente ser experimentado
pelos brasileiros, por tratar-se de sistema sensivelmente diferente e inovador,
que tenha por fundamento a defesa do interesse maior dos brasileiros.
É preciso que haja sim o desejo de
mudança político-administrativa, com a força, a determinação e a clareza da
sublime e da completa rejeição de tudo aquilo que representam os dois principais
candidatos da polarização, tendo em vista que a experimentação dessa inovadora
ideal possa provar que, enfim, o Brasil tem conserto e pode sim crescer, em termos
de metas construtivas e efetivas, em todos os setores, em especial da educação,
da saúde, da segurança, da infraestrutura, dos programas sociais e em todos
segmentos integrantes das ações governamentais, que poderão ser transformados
em benefícios dos brasileiros.
Também pode ser atribuída à mentalidade
da terceira via o desejo de revolucionar a administração pública brasileira,
por meio do genial propósito de aperfeiçoamento e modernização das retrógradas,
arcaicas e contraproducentes estruturas do Estado, tendo por importantes
iniciativas amplas e abrangentes reformas de todas as políticas de incumbência
constitucional do Executivo, de modo que se possa ter por metas a eficiência e
a eficácia em bons resultados na educação, na saúde, na segurança púbica, na
infraestrutura, no saneamento básico, nos programas sociais, enfim, em tudo que
estiver sob os cuidados do governo, de modo que a gestão pública só tenha a
finalidade de produzir os melhores e qualificados serviços prestados à população.
É imprescindível que os brasileiros se sacrifiquem ao desafio da refundação do Estado brasileiro, para que ele seja completamente reinventado, por meio de ajustes profundos nas suas estruturas, como forma de se obter futuro mais seguro, justo e promissor, por meio de missão que precisa ser ansiada por toda a sociedade, porque os louros também hão de ser distribuídos igualmente todos os brasileiros, sem a famigerada senha da divisão defendida pela desgraçada da polarização.
Enfim, a existência da terceira via se justifica também em razão de o Brasil já ter experimentado, nos últimas décadas, o sabor mais do que amago do radicalismo de esquerda e outras maledicências, com todas as inevitáveis consequências, que bastante visíveis, estando obrigado a experimentar, conviver e aturar o outro lado também desagradável da moeda, em que pululam, com igual ardor da irracionalidade, os radicais de direita, quando é mais saudável somente a convivência da racionalidade, em termos da estrita tolerância e dos respeitos aos princípios da cidadania e da brasilidade, tendo por pensamento a exclusiva unificação dos bons propósitos em prol do engrandecimento e do desenvolvimento do Brasil.
Convém sim que surja,
no Brasil, o mais rapidamente possível, a candidatura para a representatividade
da terceira via, obviamente com ideias de vanguarda, muitas delas elencadas
acima, como importante alternância de poder e gestão pública, não somente para
esconjurar os perigos das nefastas ideologias do “nós contra eles”, em
consonância com o arejamento político-administrativo propiciado pelas normais evolução
e modernidade científica e tecnológica propiciadas ao homem, quanto mais ainda
para a transformação do verdadeiro sentido da existência do Estado, que é a garantia
da satisfatoriedade das necessidades dos brasileiros, quanto às suas obrigações
previstas na Constituição Federal.
Brasília, em 27 de julho
de 2021
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