quinta-feira, 12 de maio de 2022

Insipidez da pesquisa?

 

A mais recente pesquisa da CNT de opinião reafirma a tendência vista em levantamentos recentes sobre as eleições de 2022, em que o líder da esquerda brasileira atingiu a preferência de 40,6% das intenções de voto das pessoas consultadas, contra 32% do atual presidente da República.

Em fevereiro do corrente ano, na última pesquisa da CNT, o esquerdista contava com 42,2% das intenções de voto das pessoas consultadas, no primeiro turno, contra 28% para o presidente do país, mostrando ligeira queda de um e ascensão do outro.

A CNT informa que a aludida pesquisa foi realizada entre os dias 04 e 07 de maio em curso, entre 2.002 pessoas entrevistadas, não tendo mencionado se elas são eleitoras nem a quantidade de municípios brasileiros e, ainda mais interessante, as localidades regionais.

O candidato à Presidência da República vindo em seguida aos citados candidatos atingiu 7,1% das intenções de voto, enquanto os demais concorrentes ao relevante cargo presidencial tiveram a intenção de voto de 20,3% das pessoas consultadas.

É evidente que não há motivo para se desconfiar da credibilidade sobre a fidelidade da pesquisa em apreço, mas a falta de seriedade é patente, quando não se especifica se ela foi feita somente com eleitores nem os municípios e as regiões nos quais eles estão localizados.

À toda evidência, frise-se, é notória a disparidade de preferência aos candidatos nas diversas localidades do Brasil, tendo, por exemplo, diversos fatores, como nível de escolaridade dos consultados, bem assim posições sociais das pessoas, que vivem no centro ou na periferia, pequenas cidades ou grandes centros urbanos, entre outros fatores sociais que precisam ser indicados, em especial, porque a votação propriamente dita leva em conta o conjunto dos mais de cem milhões de eleitores, distribuídos nesse universo, que realmente vai mostrar a realidade que essas pesquisas enganosas e até tendenciosas, ao que tudo indica, entendem de lançar ao vento, sem o menor respeito à seriedade da opinião pública, por que sem nenhum compromisso com a verdade.

Como dito acima, a pesquisa mostra o espelho apenas no geral, sem os devidos esclarecimentos sobre as pessoas consultadas, em especial, como o nível de escolaridade e as faixas salariais delas, uma vez que esses fatores são da maior importância para se aquilatar a preferência dos eleitores.

Também é preciso se levar em consideração a totalidade das pessoas consultadas, em apenas pouco mais de duas mil, que parece muitíssimo insipiente para a avaliação de suma importância, em comparação ao universo dos votos habilitados pela Justiça eleitoral, que ultrapassam dos 150 milhões, mesmo que somente aproximadamente dois terços deles, ou talvez pouco mais de 100 milhões, em média, compareçam efetivamente às urnas.

À luz desses números, mesmo assim, o universo de votos habilitados se torna astronômico, em relação à tão somente a quantidade de duas mil pessoas consultadas, cuja insignificância se vislumbra como bastante precipitado para se afirmar que qualquer candidato esteja liderando as pesquisas de opinião pública, salvo com relação, exclusivamente aos dois mil votos apurados na pesquisa, que não dizem absolutamente nada, na comparação à totalidade de milhões da votação propriamente dita.

É impressionante como as pessoas têm dificuldade para enxergarem essa realidade notória e existencial, de que não há a menor plausibilidade comparativa quanto à situação fática, em que apenas duas mil pessoas não servem para avaliação de coisa alguma, diante da existência de mais de cem milhões de votos, salvo se prevalecer o sentimento da ingenuidade das pessoas, assim imaginado pelas empresas das pesquisas, que, em muitos casos, tentam ter muito mais peso do que a própria realidade.

Na verdade, se mantidas as candidaturas que estão na disputa presidencial, acredita-se que nada dessas avaliações preliminares hão de prevalecer ao final da eleição, à vista das qualidades próprias dos políticos, em que nenhum deles, na realidade, é capaz de satisfazer plenamente aos requisitos ideais para comandarem a grandeza do país continental como o Brasil, em termos de atributos de competência, eficiência, moralidade, integridade, experiência, vocação para a defesa inerente aos interesses públicos, entre outros valiosos predicativos capazes de preencherem, de forma satisfatória, os requisitos compatíveis com os ideais verdadeiramente republicanos, na essência da sua plenitude perante a nobreza representativa dos interesses da sociedade, conforme evidenciam os fatos reais acontecidos na vida pública dos candidatos.

Os brasileiros que amam verdadeiramente o Brasil não podem permitir que eles sejam governados por político em plena decadência moral, à vista de pendências e implicações na Justiça, nem na comprovada incompetência administrativa, à vista da realidade dos fatos, segundo às análises das qualificações dos candidatos.

Nesses casos, se exigem que os nomes dos candidatos sejam previamente limpos e enxaguados com a devida e indispensável comprovação da sua inocência com relação aos casos denunciados de irregularidades, porque a existência deles é incompatível com o exercício de cargo público eletivo, pelo menos nos países sérios, evoluídos e civilizados, quanto aos sentimentos políticos de moralidade e dignidade na gestão dos negócios do país, no que se referem à lisura e ao zelo no trato da coisa pública.

Apelam-se, com veemência, para que os verdadeiros brasileiros, imbuídos dos sentimentos cívico e patriótico, decidam votar somente em candidatos que se identifiquem com a pureza republicana, no sentido de que eles satisfaçam aos necessários princípios da conduta ilibada, da idoneidade na vida pública, além de comprovarem capacidade, competência, moralidade, probidade, eficiência na gestão de recursos públicos.

Brasília, em 12 de maio de 2022

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