domingo, 1 de maio de 2022

Momento de solidariedade

 

Diante da crônica que escrevi em homenagem à banda de música Jesus, Maria e José, de Uiraúna, Paraíba, recebi muitas mensagens de apoio ao texto, em elogios ao carinho pela forma como foi demonstrada por mim àquela tão querida instituição musical.

Destaco o sincero agradecimento de um integrante daquela banda, nestes termos: “Que linda homenagem, Antonio Adalmir Fernandes, que bom saber que a banda centenária marcou e faz parte da sua vida. Nós, componentes desta agremiação centenária, nos sentimos orgulhosos de ter você como conterrâneo e apaixonado por nossa banda. Mas deixo aqui também um alerta para autoridades e representantes do povo da nossa cidade para ter um cuidado e zelo para com a nossa banda centenária. Falta apoio até mesmo para simples acessórios. Última vez que compramos materiais foi por intermédio da lei Aldir Blanc, através de edital público, e que mesmo assim, a banda foi tratada com total desrespeito por ter ganhado a premiação que era pra ajudar a referida entidade. Falta sensibilidade e responsabilidade de gestores não só de agora, mas de muito tempo aqui na nossa cidade. Mas desde já, deixo aqui meus aplausos e parabéns para vc pela brilhante escrita deste livro e me coloco a disposição para um momento de lançamento em nossa cidade. A maior cultura do sertão paraibano agradece.”.

Prezado conterrâneo, parabenizo o senhor por integrar a gloriosa banda de música Jesus, Maria e José, que ostenta, com mérito, o título de Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado da Paraíba, graças justamente por contar, no seu grupo, músico do seu estirpe, que demonstra amar tão linda profissão artística e defender, como deve, os interesses dela, no sentido de que não lhe faltem os meios indispensáveis para as suas existência e manutenção.

Fico muito honrado com a sua mensagem de agradecimento e até gostaria, se o senhor me permitir, que eu a considere como sendo o sentimento dos demais músicos que a integram, mesmo no entendimento segundo o qual eu não escrevi o texto pensando senão em reconhecer a grandeza dessa instituição que representa o povo de Uiraúna, no que diz à cultura musical, com notável brilho e o melhor de seus componentes, que nunca mediram esforços para elevar ao mais alto pedestal possível o bom nome da cidade, mesmo tendo que enfrentar dificuldades de toda ordem, como aquelas elencadas na sua mensagem.

Nesse sentido, faço coro, com muito prazer, aos seus justos lamentos, porque eles são notórios e apropriados, nas circunstâncias, em que não existem atividades regulares para a necessária manutenção da banda de música, carecendo realmente apoio de todos, em especial do poder público, que tem o dever de cuidar do suprimento das necessidades públicas, uma vez que a banda de música se insere perfeitamente nesse contexto dos serviços públicos.

Nesse sentido, faço apelo ao poder público, aos empresários, aos comerciantes e à sociedade em geral de Uiraúna, no sentido de haver urgente mobilização em prol da viabilização de mecanismos capazes de garantir os meios necessários à sustentabilidade da existência, de maneira satisfatória, da nossa querida banda de música Jesus, Maria e José.

Essa mobilização precisa contar com o mesmo interesse tal qual aquele tão espontâneo de quem se dizer que ama a banda de música, por ser o orgulho do povo da cidade e por isso mesmo esse é o momento certo para se mostrar o nosso amor a esse valioso patrimônio cultural e imaterial dos paraibanos.

Ficarei feliz se realmente houver interesse também no sentido da solidariedade necessária ao apoio à banda de música Jesus, Maria e José, naquilo que ela precisar para continuar fazendo bonito e contribuindo para o orgulho do povo de Uiraúna.

Brasília, em 1º de maio de 2022

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