Logo
cedo, recebi importante mensagem da querida prima Vescijudith, com informação
de que “Hoje seria aniversário de Papai. Festa no Céu, em nossos corações e nas
melhores lembranças.”.
Com
natural reação, eu disse que realmente, há sim grandiosa festa no céu, para
comemorar o aniversário do querido amigo Bonifácio Fernandes, que certamente
contará com a presença dos integrantes do paraíso celestial, inclusive de Deus
e de todos os santos, santas, anjos e querubins, porque o seu marcante legado
humanitário exige o comparecimento em massa de todos os integrantes da corte
celestial, para aplaudi-lo à altura da grandeza das suas realizações terrenas.
Toda
festança, que se imagina, se justifica para a merecida homenagem ao verdadeiro
homem símbolo da caridade por excelência, que teve a sensibilidade de se
colocar a serviço de Deus para viver de maneira permanente como fiel escravo da
prática da sublimação de fazer o bem ao próximo, sem nenhum interesse, senão o
de provar que a presença de Deus era levada para todos os lugares por onde
Bonifácio Fernandes fosse chamado para prestar a mais pura assistência
curativa, na parte medicamentosa, que era a sua especialidade, e espiritual,
porque só a presença dele junto ao doente já servia de bálsamo para a cura,
diante da confiança que a sua competência transmitia e assegurava aos doentes.
Na
verdade, era quase impositivo que os doentes acreditavam que Bonifácio tinha
realmente o poder divino de salvar vidas, como efetivamente isso era verdade,
porque ninguém foi tão cativante em amor ao próximo como essa pessoa escolhida
por Deus, que mereceu o dom divino de se especializar no cuidado e na cura dos
doentes, com seu peculiar e especial jeito de atender, servir, agradar e curar,
sempre com muita bondade no coração.
Bonifácio
tinha o dom de espargir o benfazejo fluido sedativo da dor e curativo da
doença, com a mais pura espontaneidade própria dos bons samaritanos, que
somente se dedicam às causas do próximo.
Bonifácio
Fernandes, para quem o conheceu na sua frenética atividade de bem servir ao seu
semelhante, foi o que se pode denominar de obra perfeito da vontade de Deus,
precisamente porque ele foi escolhido pelo Pai da vida para cuidar da saúde das
pessoas e contribuir para que todos pudessem viver no conforto das graças Dele.
Essa
maravilhosa missão celestial foi sobejamente cumprida ao extremo da sua
benevolência em servir com paciência, compreensão, sabedoria e intuição divinal
de sempre aplicar a medicação milagrosa e salvadora aos doentes e isso se
transformava em realidade em todos os casos atendidos por ele, conforme seus
clientes podem atestar, porque os fatos não mentem jamais.
Digo isso
com experiência própria, quando minha querida mamãe Dalila sentia crises de
falta de fôlego, me obrigava a sair às pressas, em disparada carreira, para
chamar o santo milagreiro da cidade e ele, na sua bondade, de sorriso aberto,
vinha na sua bicicleta voadora e logo aplicava a velha e milagrosa injeção de
“coramina”, de nome mais apropriado, e, em instante, lá estava dona Dalila toda
serelepe se desmanchando em sorrisos, como se nada tivesse acontecido, e o mais
curioso é que ele sequer comprava pela receita, por seu trabalho e muito menos
pelo remédio, salvo se tudo isso ficava no chamado “pendura” ou na caderneta,
como praxe na época, porque eu nunca vi o pagamento de nada e isso era fato
verdadeiro.
A verdade
é que eu não pretendo endeusar o inesquecível Bonifácio Fernandes, mas sim, por
dever de justiça, é preciso que seja resgatada a sua gloriosa obra de pura
caridade devotada ao serviço do ser humano, em época tão difícil por que vivia
o povo de Uiraúna, que não contava com hospital nem serviço público de
assistência médica, sendo socorrido sempre, de forma privilegiada e especial,
pelo "doutor" Bonifácio.
Ele fazia
o importante papel de socorrista para todos os chamados, principalmente os de
emergência, levando com a maletinha mágica, onde sempre era carregado ali o
remédio para todos os males.
Essa
importante maneira de reconhecimento é inerente ao sagrado sentimento humano,
de saber reconhecer a verdade e a real relevância do valor de quem se excedeu
no serviço de assistência, em termos de caridade e devoção ao seu nobre ofício,
como prova do seu amor ao próximo, exatamente em harmonia com os ensinamentos
do Evangelho de Jesus Cristo, que serviu de modelo para a maravilhosa missão
terrena do pequeno gigante Bonifácio Fernandes.
Com muito
carinho, dedico especiais reverências de gratidão ao ícone Bonifácio Fernandes,
em reconhecimento por sua grandeza exemplar de amor às obras divinas.
Meus parabéns para Bonifácio Fernandes, por ocasião
do que seria o seu aniversário de vida, verdadeiro herói do povo de Uiraúna.
Brasília,
em 14 de maio de 2022
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