Respeito às ideias

 

Diante da crônica intitulada “O verdadeiro estadista”, da minha lavra, que fora compartilhada do site “PB24HORAS”, eu resolvi escrever o texto a seguir, dando a entender que o autor era senão outra pessoa se passando por mim.

Então, eu disse, para mim, que o autor desse importante texto merece o meu respeito, em condições plenas e absolutas, porque eu o considero a pessoa mais fantástica do universo, evidentemente respeitando os demais seres humanos, precisamente porque somente eu o conheço em tudo, cabalmente.

Para ele, eu devoto meus integrais respeito e admiração, vinte e quatro horas por dia, e pela vida inteira, uma vez que ele, na peculiaridade literária, se propõe a escrever suas crônicas, diariamente, com a clareza da luz solar, tendo por objetivo a exposição de fatos da vida, possivelmente que somente ele encontra os melhores ângulos, sob a visão dele, para abordá-los e analisá-los, enxergando detalhes minuciosos, e tudo isso talvez seja por ele não dominar a sabedoria dos doutos analistas, entendidos, como eles querem, de política e de todos os assuntos do planeta.

É evidente que os sábios têm plena certeza de que somente deva prevalecer a sua verdade, em desprezo à opinião das demais pessoas, quando é preciso respeitar as preciosas ideias de todos, por mais singelas que elas possam ser, mesmo que elas possam representar diferenças de interpretação dos fatos, exatamente porque isso faz parte do processo moderno da democracia.

O respeito às opiniões análogas precisa que seja levado em conta sim, diante da riqueza dos pensamentos de todos, uma vez que, alhures, importante e respeitável pensador brasileiro decretou que a unanimidade é burra.

Essa sentença precisa sim ser instigada, para o próprio bem da humanidade, diante da imperiosa e salutar necessidade da divergência, em especial quando todos possam pensar diferentemente, em respeito às mais variadas ideias, uma vez que seja possível que a mais razoável delas possa vir a contribuir para se firmar o consenso aceitável e em benefício da sociedade.

O contrário disso, há inafastável retrocesso da humanidade, quando não são aceitáveis as saudáveis e importantes opiniões diversificadas, ficando prejudicado o processo criativo das ideias.

Agradeço a oportunidade de puder enaltecer o pensamento do autor, que já demonstrou a sua sabedoria de respeitar os chamados donos da verdade, apenas esclarecendo que o respeito não condiz com a aceitação de nada, à vista da existência de múltiplas verdades e ninguém é dono delas, quando o importante mesmo é a riqueza do pensamento de cada um, que diz muito com o crescimento intelectual da humanidade.

Brasília, em 4 de maio de 2022