A atitude de clara submissão
do general a político destituído de princípios ético e moral demonstra
verdadeira traição à grandeza da pátria, como gesto de abandono ao que sempre
foi mais sagrado em forma de respeito às tradições da caserna, de nunca se
permitir que os militares se curvassem à degeneração dos costumes e das
disciplinas aos sentimentos da retidão e do equilíbrio quanto às regras de
moralidade e civismo.
Não há a menor dúvida de que a aproximação de
forma visivelmente promíscua de generais com político que já foi condenado à
prisão pela prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, que
ainda responde a processos na Justiça, evidencia traição aos princípios éticos
e morais sempre respeitados como forma de integridade e honestidade da farda, cujo
gesto mostra o deslustre da corporação, pela forma clara do servilismo à causa
do sistema organizado que tomou o poder no Brasil, que o levará, sem volta, ao
horroroso declínio do abismo da desonestidade e da regressão socioeconômica.
Diante da seriedade e
honradez da caserna, jamais se pudesse imaginar que o Exército, que já foi do respeitado
e sempre venerado marechal Caxias, perdesse a dignidade ao beijar, pasmem, a
mão e ainda com o sorriso da Monalisa de pessoa que, como homem público, tem o
pior e mais sujo currículo da história republicana, à vista do seu envolvimento
com esquemas criminosos de corrupção, com grave prática de desvio de recursos
públicos, inclusive tendo se beneficiado indevidamente de propinas, conforme
mostram as investigações policiais e os julgamentos judiciais.
O gesto do general é
degradante, mostrando, ao contrário, como se ele estivesse diante da sua
majestade, o homem mais imaculado do universo, cuja reverência seria apenas
ritual de praxe, em cumprimento meramente protocolar e respeitoso?
Na verdade, a
vexaminosa e humilhante imagem do militar se expondo ao ridículo diante de político
desqualificado, em termos de moralidade, tem o condão de representar, na
atualidade, o real significado do Exército brasileiro perante a sociedade, nada
mais, nada menos, do que a mera caricatura de quem já foi o símbolo da grandeza
moral da nação, quando ele se empunhava por força de seus atos heroicos de
firmeza em defesa dos princípios republicanos da moralidade, honestidade,
legalidade e dignidade, na administração pública.
A lição do general não
poderia ter sido a pior possível para as tropas de Caxias, que nem faz mais
sentido essa denominação que tanto honrava em dignidade, honradez e civismo
patriótico a instituição Exército, quando seus atos eram somente de valorização
dos princípios militares de amor à pátria e à sua grandeza republicana.
Quanta decadência moral
atribuída à verde-oliva de tantas glórias e bravuras reconhecidas pelos
brasileiros, precisamente em face de notáveis exemplos de atitudes dignas e
honradas, mas a sua personalidade, representada por esse general, se associa a
governo que é símbolo da desonestidade e da decadência moral, na administração pública,
à vista do seu passado enuviado com cinzas que projetam incertezas para o
futuro dos brasileiros.
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