Em vídeo que circula nas redes sociais, uma mensagem anuncia que 250 mil vidas teriam sido salvas, no Brasil, caso tivesse havido o uso regular do medicamento conhecido por Ivermectina, segundo estudo realizado pela Universidade de Oxford, que prova a eficácia dele contra a Covid-19.
No mesmo vídeo, a mensagem lamenta que a finalidade
da imprensa e da oposição ao governo era derrubar o presidente do país, como se
ele tivesse a favor do uso do aludido remédio, quando não há notícia sequer sobre
a existência dele, na época da pandemia do coronavírus.
Salvo engano, não foi a ivermectina defendida
pelo então presidente negacionista contra o coronavírus, mas sim a
hidrocloroquina, mesmo diante da polêmica sobre a ineficácia desse remédio.
Na verdade, a tragédia do coronavírus não
poderia ter acontecida em pior momento do Brasil, quando ele era governado por
pessoa extremamente insensível aos princípios humanitários e absolutamente
ignorante sobre as questões relacionadas com a saúde pública e o sanitarismo,
conforme mostra a alarmante quantidade de vítimas letais, no total de quase 700
mil mortes.
Em razão disso, o então presidente do país foi
cognominado de negacionista e até mesmo chamado de genocida, por muitas pessoas,
por conta das suas reiteradas atitudes negando a existência da doença, na
tentativa de minimizar a sua gravidade sobre a população, em que pese a inadmissível
quantidade de mortes, em números alarmantes, ante a dificuldade para o controle
da incidência do vírus, que só contribuía para aumentar o temor da sociedade, que
se apavorava diante da inexistência de medicamentos eficazes contra os avanços
do coronavírus.
No auge da pandemia, o então presidente do país,
em demonstração de absurda insensatez, chegou a chamar o povo de maricas e
medrosos, por ter ficado em caso, se protegendo do vírus, cujo comportamento
foi caracterizado como impróprio para o presidente da República, que, ao contrário,
por força do dever funcional ele deveria pregar tolerância e compreensão, no
sentido melhor se relacionar com a população sobre os problemas relacionados
com a gravidade da doença.
O ex-presidente brasileiro ainda teve a
insensibilidade quando decidiu nomear general especialista em estratégia de
suprimentos dos quartéis do Exército, sem nenhum conhecimento de medicina,
saúde pública ou sanitarismo, para comandar logo o principal órgão que tinha a
incumbência legal para a administração das políticas referentes à saúde pública
dos brasileiros, dando a entender a pouco relevância da gravidade da doença,
que poderia ser gerenciada por qualquer pessoa, desde que fosse atenciosa às
suas ordens, como assim procedeu o então ministro da Saúde, conforme mostram os
fatos.
Tal desarmonia administrativa ocorreu exatamente
em momento que a pandemia do coronavírus se encontrava no auge de maior
incidência, que somente exigia extremos cuidados em forma de gestão competente
e eficiente, sob o comando de pessoa com reconhecida experiência naquelas áreas
especializadas.
Na verdade, esse fato denotou verdadeiro ato de
insensatez e irresponsabilidade, ante a demonstração da menor preocupação com a
saúde dos brasileiros, porque, do contrário, ele teria nomeado o melhor
especialista, com conhecimentos compatíveis com a gravidade da pandemia, que
exigia medidas revolucionárias contra a calamidade de saúde pública, conquanto
nada, absolutamente nada de excepcional foi feito senão o mínimo necessário
para o combate à pandemia, cujo resultado não poderia ter sido o pior possível,
à vista de tantas mortes, que poderiam ter sido evitadas caso melhores cuidados
tivesses sido adotados.
O que se dizer da imunização dos brasileiros,
que somente começou quase um mês depois que muitos países já tinham iniciado,
tudo por causa do indevido envolvimento do então presidente do país nas negociações
referentes às compras das vacinas, cujo imbróglio, causador de enorme demora,
pode ter contribuído para milhares de mortes, em razão do atraso por conta da
incompetência do governo, que ficou preocupado com questões burocráticas, em
detrimento da saúde dos brasileiros?
Enfim, a participação do próprio presidente do
país nos assuntos relacionados com o coronavírus não poderia ter sido o pior
desastre protagonizado por quem deveria ter se distanciado dele o máximo
possível, por ele nada entender das questões relacionadas com a saúde pública
nem sanitarismo, que precisariam ser cuidadas exclusivamente por especialistas na
área, com conhecimentos de causa sobre as questões sensíveis da pandemia do
coronavírus.
Acredita-se que se o combate à pandemia do
coronavírus tivesse sido realizado em estrita observância aos princípios da
competência, da racionalidade, do bom senso, da sensibilidade e da sensatez,
certamente que não teria havido quantidade tão elástica de mortes, além de ter
se evitada a terrível ideia de estadista extremamente insensível às causas
humanitárias, como assim restou sendo compreendido o comportamento funcional demonstrado
por ele, que estava sempre preocupado em ser o centro das atenções e dos holofotes
da mídia.
É evidente que toda desgraça resultante da pandemia
do coronavírus não tem como não ser atribuída a quem era o presidente da
República, que teve o cuidado de chamar para si a responsabilidade para decidir
sobre todos os assuntos estranhos aos seus conhecimentos, que poderiam ter sido
desempenhados e resolvidos com absoluto sucesso caso tivesse havido o emprego dos
princípios da racionalidade e do bom senso no combate ao gravíssimo mal do
século.
O resumo da ópera é que a falta de coordenação,
sistematização e orientação centralizada, com a participação conjunta da união,
dos estados e municípios, contribuiu de forma decisiva para o desastre que foi
o chamado combate da pandemia do coronavírus, quando reinava o desentendimento
sobre as medidas a serem seguidas e todos agiam por conta e risco próprios,
cujo resultado foi o pior possível, à vista do saldo alarmante de óbitos, que é
a prova inconteste da incompetência e da irresponsabilidade.
Infelizmente, diante da condução ineficiente,
ineficaz e irresponsável no combate à gravíssima doença que superou as
iniciativas de combate do governo, fica a certeza de que a população pagou preço
muito caro pelas insensibilidade, incompetência e irresponsabilidade de quem não
só demonstrou incompetência e despreparo para cuidar da saúde dos brasileiros.
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