sábado, 4 de fevereiro de 2023

Falta de água?

            Vários vídeos que circulam na internet mostram os canais de vazão da água vinda do rio São Francisco totalmente secos, evidenciando que foi desligado, na origem, o fluxo do preciosa líquido.

Diante disso, a ilação possível sobre esse absurdo é a de que, em princípio, não chega a ser novidade para a região Nordeste que esteja acontecendo algo absolutamente inadmissível, se considerado o histórico com relação ao costumeiro desprezo ao povo daquela região.

A história começa com as obras referentes à transposição das águas do Rio São Francisco tendo a iniciativa no primeiro governo do atual mandatário, só que elas nunca foram concluídas nas gestões da esquerda, exatamente por haver outros interesses sendo contrariados, especialmente no que diz respeito ao abastecimento por meio dos carros-pipas, considerado verdadeira mina de riqueza dos poderosos empresários da região que, por contraste, têm dado maior apoio à esquerda maldita.

Foi preciso a mudança do governo para que as obras finalmente chegassem ao término e à inauguração, sob clima de muitas comemorações à altura da importância da chegada das águas para a região tão carente e desassistida, por parte dos governos, conforme mostram os fatos, que são realidade histórica e secular.

Agora, isso não deveria causar nenhuma surpresa, em especial para os nordestinos, que apoiaram maciçamente o candidato da oposição, mesmo sabendo da índole em aproximação dele com toda essa espécie de aproveitadores de recursos públicos e da boa vontade das pessoas, que se satisfazem com as migalhas provenientes dos programas assistencialistas dos governos da esquerda.

Isso tem servido como mecanismo formador, lamentavelmente, de currais eleitorais, conforme aconteceu inexoravelmente nas últimas eleições presidenciais, cujos resultados só confirmam a deplorável submissão de um povo à decadência de práticas políticas promíscuas, que, em síntese, materializam o atraso e o subdesenvolvimento crônicos de povo que aceita e  gosta de ser massacrado por práticas marcadas pela afirmação à indignidade e à desvalorização do ser humano, como acontece nesse caso do desligamento do abastecimento de água para os nordestinos.

O mais grave de tudo isso é que o povo sequer esboça reação contrária à terrível maldade, em clara e pacífica aceitação da cruel realidade que conspira contra ele.

A falta do abastecimento de água aos nordestinos é da maior gravidade, tanto pela falta que faz o precioso líquido para as famílias, por  ele ser imprescindível à vida, em especial, humana, como pelos prejuízos causados às estruturas referentes aos canais acimentados, que vão se deteriorar por causa da quentura da insolação da região.

Ou seja, os prejuízos são notórios, em vários aspectos, mas, especialmente, à dignidade das famílias do campo, que dependem muito da água, que é escassa na região árida.

É preciso se levar em conta, também e notadamente, os altíssimos investimentos públicos aplicados nas obras pertinentes, que são relegados a planos secundários, sem a menor importância, quanto às consequências danosas e os prejuízo decorrentes.

Enfim, isso que acontece de deplorável faz parte da vontade soberana dos nordestinos que apoiadores com muito gosto o atual governo como sendo o verdadeiro salvador da região, cuja recompensa, como traumático presente de grego, não poderia ter sido a possível, como se ver com a secura das torneiras das casas dos nordestinos mais carentes de assistência hídrica.

Caso o governo federal desaprovasse esse ato criminoso e desumano como esse, mais do que imediatamente ele já teria determinado o religamento do abastecimento da água, mas o silêncio dele só demonstra a falta de interesse na solução de situação da maior relevância para os nordestinos.

É muita tristeza sentida pelos verdadeiros brasileiros que ficaram felizes com a inauguração de tão importantes obras para os queridos nordestinos, que, mais uma vez são desprezados logo por quem tem preito de enorme gratidão, diante dos declarados apoios nas eleições.

          Brasília, em 4 de fevereiro de 2023

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