terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Bebês robôs?

      Em vídeo que circula nas redes sociais, uma empresa anuncia a primeira instalação de útero artificial do mundo, tendo por base mais de cinquenta anos de pesquisas com a genética humana, que permite que casal infértil possa ter filhos.

Há previsão para a criação de 75 laboratórios e cada um deles tem capacidade para a fecundação de 400 bebês, podendo em um único prédio gerar 30 mil crianças por ano.

A teoria básica a ser usada por esse laboratório é a sofisticada engenharia genética, com capacidade para a fecundação de somente crianças bonitas e perfeitas, sem doenças ou defeitos físicos, com possibilidade para a fixação de mudanças de natureza física, como a cor dos olhos, dos cabelos e da pele, além  de outras características, conforme o padrão planejado pelos país, que têm o direito do filho ideal, segundo o seu modelo de perfeição humana.

O laboratório informa que a sua engenhosa criação humana tem por finalidade atender países que vêm tendo dificuldades para o equilíbrio populacional.

Essa notícia é extremante estarrecedora, por mostrar cenário apavorante para o futuro da humanidade, que é transformada, literalmente, em objeto para fins visivelmente comerciais, como forma de satisfação de atividade econômica, em completo detrimento dos princípios da sua natureza original, na forma da sua criação somente por meio da iniciativa conjunta da vontade do homem e da mulher, como assim tem sido a sua evolução, segundo a sagrada criação do poder universal, que assim entendeu que seria a eterna construção do seu reino humano.

Não obstante, graças à evolução da humanidade, surge a inquietação vinda de interesse próprio do homem de inovação, pouco importando às questões morais e éticas, em respeito aos princípios fundamentais do homem, que se voltam para a exploração da sua inteligência para se beneficiar de seus conhecimentos, como nesse horrível exemplo de degradação da humanidade, desrespeitando os princípios éticos consolidados ao longo da sua história.

A verdade é que a criação artificial do homem pelo próprio homem nada mais é do que possível sinal do fim do mundo, por haver nisso e evidência da sua própria impotência, pelo nítido vislumbre do tingimento da sua capacidade de realização da sua missão original.

À toda evidência, com a implantação da produção em série do homem, seguindo a técnica da robotização, fica consagrada a decretação do fim da luz divina na criação do homem, porque ele passa a ser compreendido e cuidado como autêntico robô, produzido por indução de manuais e máquinas, com os ingredientes maquinalmente introduzidos na sua composição orgânica, ficando à mercê da mentalidade igualmente doentia dos seus inventores guiados e dominados, sobretudo, pelo poder econômico de seus patrocinadores.

A verdade é que a corrida científica não tem limites para o homem, que a combina com a sua frenética ganância econômica, como nesse caso, que não haveria outra preocupação dele senão a conquista de lucros financeiros, uma vez que a questão populacional pode ser resolvida muito bem com alguma forma de incentivo especial por parte dos governos, bastando apenas o emprego do bom senso e da racionalidade.

Enfim, à toda evidência, estamos literalmente no fim do túnel, como se dizem as escrituras antigas de que hão de haver sinais do fim do mundo, como parece ser esse caso, de tão inusitado o homem poder criar, em laboratório, o útero artificial, para a geração em série de bebês, o que bem se vislumbra nisso verdadeiro desequilíbrio mental no controle da humanidade, disposto à criação de monstrinhos, em forma de humanos.

          Brasília, em 21 de fevereiro de 2023

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