Em crônica em que analisei a omissão do presidente da República, de ter deixado de decretar a intervenção militar, um amigo de grupo se manifestou em contrariedade ao meu texto, dizendo o seguinte: “Adalmir, vontade ele teve, porém os oficiais. generais, traíram ele. Só o Comandante da Marinha estava com ele. Até o Mourão traiu ele. Sozinho, ele não pôde fazer nada.”.
Em resposta, eu disse que, diante dos
interesses da pátria, pouco importava quem o tivessem traído ou sido contra o
então presidente da República, porque ele era o poder máximo da nação, com base
na Constituição, e poderia mandar todos os subordinados, menos o
vice-presidente, com licença da palavra, para o inferno, com apenas uma
canetada e ninguém poderia fazer absolutamente nada contra ele, nem mesmo o
Congresso Nacional nem o Supremo Tribunal Federal.
Será que é difícil se entender isso, gente?
Que democracia é essa que o presidente da
República se considera no direito fraquejar e se acovardar diante de seus
subordinados e as pessoas ainda se dignarem a entender que isso é normal,
quando tudo isso representa clara inversão dos valores hierárquicos e
republicanos, absolutamente inadmissível em país sérios e evoluído, em termos políticos
e democráticos?
O que aconteceu no Brasil, sob a versão de que o
presidente da nação teria se curvado à imposição de oficiais generais
subordinados à autoridade constitucional dele, jamais aconteceria nas piores
republiquetas, onde sequer há respeito às normas legais e constitucionais,
quando todos estariam presos e sem patentes, ante o grave e injustificável crime
de insubordinação.
Que povo
é esse que aceita passivamente uma desgraça como essa imposta pelo nefasto
sistema que tomou o poder, na marra, por meios irregulares e inconstitucionais,
e ainda se conforma com gritante omissão do mandatário, que poderia, ao menos,
tentar aclarar, por meio da intervenção militar, a nebulosidade que pesa sabre
as questões suspeitas de irregularidades na operacionalização das urnas
eletrônicas, cujos resultados proclamados das últimas eleições podem nem
refletirem a verdade das urnas?
Então, que magia absurda existe nesse
ex-presidente que foi incapaz de enxergar o óbvio, no sentido que a nação
estaria indo literalmente para o abismo caso não fosse decretada a intervenção
militar, como de fato e de direito foi, mas mesmo assim nada foi feito para se
evitar tamanha tragédia contra o Brasil, os brasileiros e a ele próprio, que
fugiu, às pressas, antes do término do mandato dele, para outro país, onde
ainda se encontra, com medo de ser preso?
Diante de gente que acha normal a deplorável
inação presidencial, em que pesem as circunstâncias, que eram absolutamente
contornáveis, penso que vivo em outro planeta, por ter enorme dificuldade para
aceitar como normal que uma nação seja entregue ao demônio que todas as suas
falanges do mal, quando a sua salvação estava na mão de pessoa que não teve
discernimento para perceber sobre a possibilidade de se evitar a definitiva
ruína de um povo?
Diante das gravíssimas questões político-administrativas
que predominavam no Brasil, não havia qualquer alternativa senão a adoção de intervenção
militar, destinada ao saneamento, em especial, das dúvidas quanto às suspeitas
de irregularidades na operacionalização das urnas eletrônicas, que ainda exigem
esclarecimentos quanto à regularidade do resultado da votação.
Enfim, no momento crucial de uma nação, com
seríssimas influências e reflexos sobre os interesses do povo, não se pode
falar que alguém teve vontade, quando prevaleceram a covardia, o medo e
principalmente a insensatez quanto às consequências terríveis, por conta
da falta de atitude presidencial, em nome de situação extremamente justa
e necessária para os destinos do Brasil.
É preciso sim que as pessoas sejam lembradas
também pelas desgraças que elas foram capazes de produzir, porque seus
infortúnios precisam servir de lição para que tamanha tragédia semelhante
jamais volte a ocorrer contra o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário