Em vídeo que circula na internet, uma pessoa relata, perplexa, a exorbitância de preços cobrados em uma praia do Nordeste, variando entre R$ 150,00 a R$ 280,00, sobre pratos de peixes e iguarias do mar.
A questão fundamental nem é, basicamente, os
preços exagerados, que até nem pode ser razoável para as pessoas normais, mas é
possível que o absurdo para alguns não seja para outras pessoas, em especial
aquelas abastadas.
Não adianta ficar estranhando pelo simples
prazer de criticar, porque isso é próprio do brasileiro, que gosta de descer o
malho em tudo, mesmo sabendo que não adianta se incomodar com nada, nem com os
preços exagerados.
O certo mesmo é apenas não concordar em pagar os
preços exorbitantes, evidentemente sem necessidade de tecer críticas, uma vez
que isso é problema do empresário e de quem aceitar pagar por produtos com
preços totalmente fora da realidade, mas, é daí?
A verdade é que os preços existem e são
praticados normalmente, tanto é que eles são expostos nos menus sem qualquer
restrição, porque não existe mesmo, e há quem concorde com eles, porque, do
contrário, o empresário não se mantinha estabelecido em funcionamento normal,
ou seja, ele já tinha fechado o negócio dele.
O que acontece, na verdade, é que o comércio
dele poderia ser muito mais rentável, com mais clientes, caso os preços não fossem
tão elevados, mas o empresário certamente se satisfaz com a rotatividade da
freguesia bem menor, mesmo com os preços nas alturas.
Essa situação incomum aparenta ser mentalidade
bastante distorcida do brasileiro, que está muito mais interessado no lucro
fácil, com menor esforço, que é diferente de mais trabalho, que poderia render
o mesmo lucro, caso os preços fossem menores.
Deve ser exatamente assim que o empresário
pensa, com o preço nas nuvens em condições de se manter tocando o negócio,
evidentemente com menores custos.
O certo é o brasileiro não tem nada de besta,
não, porque ele só quer levar vantagem em tudo, principalmente se tiver quem pague
pelos preços escandalosos cobrados por seus produtos, mesmo porque não existe
qualquer restrição no mercado de bens e serviços.
Não há a menor dúvida de que não passam de
perda de tempo as críticas aos preços exagerados, mesmo que elas sejam justas,
mas eles vão continuar exatamente como vêm sendo cobrados.
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