Segundo o levantamento realizado pela Transparência
Internacional, o Brasil piorou com relação às posições no ranking mundial da
corrupção, compreendendo avaliação entre 180 países analisados.
Na última avaliação, o Brasil ocupava a 96ª colocação no
Índice de Percepção da Corrupção (IPC), levando-se em conta que, quanto melhor
a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.
Numa escala de 0 a 100 pontos, o Brasil alcançou 38 pontos
- a terceira pior nota da série histórica e a mesma pontuação alcançada na
edição anterior.
O desempenho brasileiro ficou abaixo da média global de 43
pontos, com relação aos países da América Latina e do Caribe, de 41 pontos, e
das nações que integram o G20, em média de 66 pontos.
No relatório da Transparência Internacional, as maiores
pontuações foram alcançadas por Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, todos, pasmem,
com 88 pontos, ou seja, mais do dobro alcançado pelo Brasil, fato este que
mostra a esculhambação predominante no país tupiniquim.
No outro extremo da corrupção desenfreada e vergonhosa, as
piores avaliações ficaram por conta da Venezuela, com 14 pontos, Somália e
Síria, com 13 pontos, e Sudão do Sul, com 11 pontos.
A Transparência Internacional registra que o Brasil ficou "estagnado
em um patamar muito ruim em relação à percepção da corrupção no setor
público", conquanto as ações protagonizadas pelos governo federal, Congresso
Nacional e Judiciário "levaram a retrocessos no arcabouço legal e
institucional anticorrupção do país. O Brasil está passando por uma rápida
deterioração do ambiente democrático e desmanche sem precedentes de sua
capacidade de enfrentamento da corrupção".
Aquela entidade disse anda que "São marcos legais e
institucionais que o país levou décadas para construir. Isso traz consequências
ainda mais graves por ocorrer em meio à pandemia da Covid-19, quando a
transparência e o controle dos recursos públicos deveriam ser priorizados para
garantir seu bom uso frente à tragédia humanitária".
A citada organização aproveitou para ponderar que, nos
últimos anos, vem alertando o enfraquecimento do combate à corrupção, diante
das conversas antidemocráticas do então presidente do país.
A Transparência Internacional ressaltou a promiscuidade do
relacionamento entre o então governo e o Congresso Nacional, por meio do abominável
orçamento secreto, que foge aos padrões, em especial, de transparência e
seriedade, diante da falta indicação sequer dos parlamentares aquinhoados com
as verbas, quanto mais sobre a destinação exata dos recursos.
No entendimento daquela entidade, a falha no combate à
corrupção prejudica os direitos humanos nos países, tendo afirmado que "A
corrupção é indutora de violações e ativa um ciclo vicioso no qual os direitos
e liberdades são erodidos, a democracia perde fôlego e o autoritarismo ganha
espaço", ou seja, as estrutura morais da cidadania se torna extremamente
vulnerável, cujo país perde total credibilidade diante do mundo.
Por fim, essa organização concluiu afirmando: "Portanto,
a luta contra a corrupção não é um mero detalhe quando se fala em direitos
humanos. É uma luta imperativa para garantir direitos.".
Ressalte-se que o resultado sobre a incidência de corrupção é composto por 13
pesquisas e avaliações de especialistas, produzidas por instituições de reconhecimento internacional, que vem
consolidando credibilidade no seu importante trabalho de avaliação e consulta
na área da moralização.
Convém
ficar claro que tiveram muito pouca validade os esforços do governo anterior em
tentar mostrar que o Brasil estava sob rígido controle da coisa pública, quando
os parâmetros inerentes às avaliações não tiveram os cuidados exigidos pelo
órgão que avalia o comportamento da corrupção, fato este que ainda mostra o
país entre os mais corruptos do mundo e isso é motivo de muita preocupação por
parte da sociedade.
Diante
dessa difícil situação, que mostra índice preocupante de corrupção no Brasil,
convém que os brasileiros se esforcem para contribuir para a moralização dos
princípios da moralidade e da dignidade, em especial, na administração pública,
somente apoiando homens públicos que se dediquem à defesa da regeneração das saudáveis
estruturas republicanas e democráticas, quanto aos propósitos inerentes aos
cuidados com a coisa pública.
Brasília,
em 1º de fevereiro de 2023
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