sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Fragilidade da autoridade

Em vídeo que circula na internet, aparecem de generais com o presidente da República, aparentemente se confraternizando, dando ideia de união das Forças Armadas, em defesa dos interesses do Brasil.

Ouso dizer que essa mensagem é exatamente o contrário do que se pretende representar para o Brasil, como tendo de um lado a existência de um grupo de generais flechando o então presidente da República e ainda o ameaçando de prisão, o que até pode ter sido verdadeiro, e de outro lado o pobrezinho do ex-capitão se passando de vítima, como se ele fosse indefeso e subordinado dos generais.

Se essa for a versão verdadeira, a interpretação mais real possível é a de que o presidente da República deu atestado de autêntico frouxo e incompetente, quando os generais eram subordinados diretamente a ele, que poderia simplesmente, por força da sua competência constitucional, exonerá-los dos cargos e colocar outros generais nos lugares deles, que estivessem de acordo com as medidas pertinentes à intervenção militar, que eram necessárias e do anseio dos verdadeiros brasileiros, que as respaldariam.

Enfim, se a mensagem objetiva desqualificar os generais, por sua atitude antipatriota, ela serve muito mais e com muita propriedade para caracterizar a extrema fragilidade e impotência da então maior autoridade da República, ao se intimidar diante de seus subordinados e obedecê-los, ao desistir de decretar importante medida que poderia ter sido a salvação da pátria, que foi entregue de mãos beijadas à nefasta esquerda, permitindo que o sistema que tomou o poder continue igualmente soberano como antes.

O então presidente do país tinha autoridade para se impor diante dos arrogantes e prepotentes generais, mostrando que o comandante ali era ele e, por isso, os mencionados militares fizessem a honra de se retirarem do ambiente, imediatamente, porque eles acabavam de ser exonerados, não tendo mais comando sobre as tropas.

Era isso que autoridade de verdade fazia e não o contrário, permitindo voz ativa logo de seus subordinados, em completa inversão da ordem, que inexiste nem mesmo nas piores republiquetas.

Certamente que o último ex-presidente da República vai passar para a história brasileira como aquele que não teve coragem de enfrentar generais, mostrando sua frouxidão perante eles, com medo de ser preso, cuja consequência disso foi a fugida dele para os Estados Unidos, para pedir proteção.

Com certeza, na forma como narrado na mensagem neste texto, o então presidente do país, como político, perdeu, por completo, o respeito de autoridade símbolo do principal poder da República, por ter se acovardado em não ter decretada a intervenção militar, tão necessária para a limpeza da podridão que se apoderou do Brasil. 

          Brasília, em 3 de fevereiro de 2023 

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