quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

O perigoso mundo

 

Em mensagem que vem circulando nas redes sociais, há exatamente seguinte: “O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.”.

Ouso discordar um pouco dessas assertivas, porque o mundo se torna muito perigoso para se viver tanto por causa daqueles que praticam maldades como também daqueles que permitem que elas ocorram.

Não, em absoluto, não é perigoso o mundo, para se viver, mas ele passa a ser extremamente desconfortável e inseguro, precisamente por causa daqueles que sabem perfeitamente dos males que acontecem com uma sociedade castigada pela predominância de sistema perseguidor e de governo com índole aderente à desonestidade e aos esquemas criminosos de corrupção, cujos atos resultam em maldades contra a sociedade.

Ou seja, por causa daqueles que são omissos e irresponsáveis, que observam e têm consciência  de todas as maldades que poderiam acontecer ao Brasil e aos brasileiros e simplesmente permitiram que o mal prevalecesse, quando tinham o poder para não permitirem que o mal vicejasse e crescesse, impávido e soberano, quando era do seu dever patriótico de agirem para se evitar que a desgraça aconteça e se estabeleça sem controle.

É lamentável ser obrigado a viver em mundo carregado de perigos que poderiam ter sido evitados, em benefício da sociedade, que fica exposta às maldades e ainda tem o dever de pagar preço altíssimo por conta da omissão e da irresponsabilidade por parte daqueles que receberam a incumbência para defenderem a integridade da população, mas não demonstram a mínima preocupação diante da desgraça que se delineava no horizonte.  

É muito triste que o Brasil esteja mergulhado na sua pior crise de identificação com terrível tragédia por culpa da incompetência e da inação de gerenciamento, quando o então presidente da República poderia ter evitado essa catástrofe.

A verdade é que, se ele tivesse decretado a intervenção militar, que teria por finalidade, entre outras medidas saneadoras, a fiscalização sobre a operacionalização das urnas eletrônicas referentes às últimas eleições, com possibilidade de mudança desse quadro sombrio e tenebroso, caso se verificassem irregularidades capazes de macular o resultado da votação, a despeito das dúvidas e denúncias sobre manipulação do sistema eleitoral, tendente a beneficiar o candidato proclamado vitorioso, em confirmação aos vaticínios de tomada do poder.

Enfim, o mundo não é perigoso em razão da existência daqueles que fazem o mal, mas sim também daqueles que têm conhecimento das maldades e nada fazem para combatê-las, passando a ser cúmplice nesse processo de degeneração da sociedade, em consequência das tragédias causadas ao Brasil e aos brasileiros.

Esses antipatriotas precisam, por dever cívico e político, justificar perante os brasileiros de bem os males que a sua gravíssima e imperdoável omissão causou ao Brasil e aos brasileiros, porque isso é o mínimo que o verdadeiro homem público deve fazer para ter condições de ser respeitado como tal.

            Brasília, em 2 de fevereiro de 2023

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