A presidente da República afastada, que é responsável
pelas desastradas políticas econômicas que produziram expressivo rombo de R$
114,9 bilhões em 2015, simplesmente não teve sensatez nem a menor cerimônia para
acusar o atual governo de "superestimar"
o déficit nas contas públicas deste ano, mesmo diante de fatos reais e
irrefutáveis.
Depois de tomar conhecimento da real situação dos
números da moribunda economia brasileira, o novo ministro da Fazenda anunciou
proposta da meta fiscal para o corrente ano, com previsão do estrondoso rombo
de R$ 170,5 bilhões, tendo dito que "Essa
é uma meta realista", ou seja, incontestável, à vista da realidade dos
dados já levantados.
Em vez de fazer um mea culpa, como fazem os estadistas dos países sérios e
desenvolvidos democraticamente, pela horrorosa e maldita herança fiscal deixada
para o novo presidente, a petista não se deu por rogada para preferir atacar a
nova equipe econômica e ainda se fazer de vítima, mesmo sendo o trágico
resultado legado do seu governo.
A presidente afastada saiu-se com essas pérolas:
"Agora, para justificar todas as
suas políticas, vão começar a dizer que tem um imenso rombo no governo. Vão
superestimar o rombo. A culpa pela situação da economia é da oposição. O
Congresso não funciona desde o início do ano. Não houve uma única medida
aprovada.".
As aludidas declarações foram apresentadas durante
encontro com "blogueiros
progressistas" ligados ao petismo, em Belo Horizonte (MG), cujo evento,
dominado por falas em defesa da presidente afastada e, obviamente, contra o
peemedebista, teria sido patrocinado pela Caixa Econômica Federal, no repasse
do valor de R$ 100 mil, mas há notícia de que o pagamento foi suspenso pelo
presidente interino da entidade.
Não obstante, a versão da organização do encontro informou
que ela não havia sido notificada pela Caixa sobre a medida, tendo alegado ao
jornal O Estado de S. Paulo que o patrocínio estaria relacionado à
campanha contra o vírus zika, que realmente teve a exibição de um vídeo, por
tão somente um minuto, no início do evento, de matéria relacionada com o
combate ao Aedes aegypti.
A presidente da República afastada
não é somente a mãe do generoso déficit público, como é a principal causadora
da desgraça que inferniza o país, que foi mergulhado em gigantesca recessão
econômica, com o poder de contribuir para incrementar, em especial, o
desemprego, a desindustrialização, a redução da arrecadação, o afugentamento do
capital estrangeiro e a inexistência de investimentos no país, que se encontra com
suas atividades econômicas completamente à míngua, em crônica paralisia dos
projetos e programas governamentais e privados, diante da escassez de recursos
e de créditos, com descomunal prejuízo para os brasileiros.
A cristalina falta de humildade para
reconhecer seus erros tem sido marca já consolidada dos governos petistas,
cujas prepotência e hipocrisia somente permitem que suas falhas sejam
atribuídas à oposição, à imprensa, à burguesia, e, agora, à nova equipe
econômica e ao Congresso Nacional, sendo que este é acusado pela petista de não
ter aprovado, este ano, absolutamente nada, quando seria muito mais razoável
que a presidente afastada tivesse usado o bom senso e a sensibilidade para
admitir, mesmo que minimamente, seus indisfarçáveis e gravíssimos erros
administrativos.
Não há, por mais esforço possível, a
mínima condição de se atribuir à nova equipe econômica, como quer a petista, a
culpa pelo estrondoso rombo das contas públicas, que é sabidamente, fruto da
incapacidade gerencial, em especial, do seu governo, que não teve as mínimas
condições de mudar os rumos do gigante barco chamado Brasil, que, à toda
evidência, ficou, por longo curso, completamente desnorteado e à deriva,
padecendo de crônica acefalia, conforme mostram os números reais do governo,
nunca revelados na sua integralidade, justamente para não expor as reinantes
mazelas.
Por
sua vez, o governo precisa auditar as despesas realizadas pela presidente da
República afastada com a sua viagem a Belo Horizonte, para participar de
encontro com "blogueiros progressistas", de modo a se aferir se os
gastos têm afinidade com a satisfação do interesse público ou se eles estão
relacionados com atividades exclusivamente de interesse pessoal da petista,
razão pela qual, conforme o caso, ela deve ser responsabilizada por tais
despesas, com vistas ao ressarcimento dos valores despendidos indevidamente.
O
novo presidente não somente precisa acabar com escandalosos patrocínios
suportados com dinheiros públicos, de "blogueiros progressistas" ou
não, que nada fazem senão disseminar mentiras para o povo, porque os resultados
do governo quase sempre são fantasiosos, por que amoldados aos seus interesses
e às suas conveniências, mas também apurar todos os repasses dos recursos
públicos não somente para aquele nicho de atividade, para se aferir a sua
aplicação estritamente em projetos e programas compatíveis com a satisfação de
interesse público, com embargo de quaisquer atividades que não estejam
vinculadas às causas que levem ao bem comum e à melhoria das condições de vida
da população. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 27 de maio de 2016
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