quinta-feira, 12 de maio de 2016

Radicalismo à vista


De forma extremamente ousada, o diretório municipal do PT da cidade Ocidental (GO) impetrou ação, com pedido de liminar, junto ao Supremo Tribunal Federal, objetivando impedir que o novo presidente da República fosse impedido de exonerar e nomear ministros.
Um ministro do Supremo negou provimento ao pedido em apreço, sob o entendimento, em especial, de que aquele diretório não tem representatividade para ingressar com a ação em apreço.
O magistrado argumentou que o país ficaria "virtualmente acéfalo se o vice-presidente fosse impedido de exercer as funções privativas do Presidente da República" e que o próximo presidente integra a chapa que foi eleita, tendo, por isso, plena legitimidade para a prática de quaisquer atos na Presidência.
O ministro disse que, "Pela tese da inicial, o país ficaria virtualmente paralisado, já que não poderia ser administrado nem pelo Presidente afastado, nem pelo Vice-Presidente. De resto, a pretensão do impetrante significaria dar uma espécie de estabilidade aos atuais ministros de Estado, que eles não teriam na hipótese de não afastamento da chefe do Poder Executivo".
Na prática, é uma confissão de que o PT resiste à entrega dos cargos ocupados pela equipe do governo petista, como se eles constituíssem com direito adquirido, em que pesem os péssimos serviços prestados ao país.
Trata-se de pretensão absolutamente absurda, por evidenciar que, na concepção petista, mesmo com o afastamento da presidente, o governo continuaria sob o comando do PT, ficando o novel presidente impedido de adotar os atos e as providências da sua alçada de titular da Presidência, o que constituiria verdadeiro contrassenso, eis que não faz sentido que o novo governante não pudesse dispor de seus auxiliares diretos e da sua inteira confiança.
Não há a menor dúvida de que a ação em tela representa o arraigado e ínsito radicalismo do PT, que certamente há de aparecer a partir de agora, depois de ser afastado do poder, de forma bastante acentuada, de modo a tentar infernizar e inviabilizar a gestão do novo presidente, que não poderá transigir um centímetro com as práticas revanchistas e radicais do partido que terá gigantescas dificuldades em aceitar pacificamente a nova realidade dos fatos, no sentido de entender que a situação foi invertida e o país não pode ser prejudicado por motivação representada por interesses pessoais e partidários, em detrimento das causas nacionais.
O novo presidente precisa se preparar, com muita competência, para enfrentar as ondas de ataques violentos, principalmente contra os patrimônios público e privado, de modo a se evitar os possíveis prejuízos à integridade da sociedade, que seria atingida com atemorização à paz social, com a implantação da baderna e da desordem no seio social, sob a estapafúrdia alegação de apoio à presidente afastada.
Caso o novo presidente não adote medidas duras e efetivas contra os baderneiros, logo no início dos atos de terrorismo, a sua autoridade será indiscutivelmente abalada e desacreditada, de modo que a sua fraqueza poderá servir de combustível para que os atos violentos se espalhem Brasil afora, com a intensidade de difícil controle, em prejuízo não somente para seu governo, mas, em especial, para o interesse da sociedade, que precisa ser protegida contra os ataques de vândalos, que se acham donos da verdade e com o direito de praticar barbaridades.
Os novos tempos de modernidade exigem, sobretudo, que sejam respeitados os princípios da sabedoria, racionalidade e civilidade, de modo que o bom senso sirva de oriente capaz de contribuir para que a sociedade continue crescendo e se desenvolvendo, observados os salutares princípios democrático e humanitário e a integridade do patrimônio das pessoas e das vidas humanas. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 12 de maio de 2016

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