Segundo notícia veiculada pela mídia, o
ex-presidente da República petista avalia que o novo presidente da República
tem chance de executar governo melhor do que o da petista afastada do cargo,
por reconhecer qualidades no novo ministro da Fazenda, justamente a pessoa que o
ele tantas vezes recomendou à sua pupila.
O petista considera que o mencionado ministro tem
bons diagnósticos da situação econômica do país e que poderá tomar medidas
corretas com vistas à viabilização da retomada do desenvolvimento da economia.
Ele disse também que o novo presidente deverá
contar com maior boa vontade da imprensa, do empresariado e dos políticos,
dando a entender que a administração da petista teria sido boicotada por eles,
o que teria facilitado a derrocada do governo dela.
O ex-presidente afirma que o PT deverá, em um
primeiro momento, promover dura oposição ao novo governo, embora, no partido, há
quem defenda que a agremiação não deva agir com o radicalismo que o tornou
famoso antes de assumir o governo, porque o PT é legenda que esteve no governo
e deverá realizar oposição propositiva.
Assiste
inteira razão ao petista, considerando que, diante dos pífios e desastrosos
resultados do governo petista, conforme mostram os fatos, não precisa muito
esforço nem ser entendedor de absolutamente nada sobre administração pública
para se concluir, com total segurança, que qualquer governo mediano que venha
substituir a petista certamente fará excelente gestão, desde que, à toda evidência,
haja o mínimo de intuição para fazer tudo aquilo que seja absolutamente contrário
e diferente ao que ela fez, pois o êxito já está garantido, cujo governo se
consagrará com estrondoso sucesso administrativo.
Convém
que o novo governante tenha sensibilidade suficiente para realizar abrangentes reformas estruturais e
conjunturais do Estado - o PT sempre teve ojeriza por mudanças -, notadamente
no que se refere à redução da pesadíssima carga tributária, que tem contribuído
para enterrar o parque industrial, a produtividade, a competitividade e o
crescimento da oferta de emprego; pela imediata extinção do indecente
fisiologismo no serviço público; pela extinção do escrachado aparelhamento do
Estado com sindicalistas, correligionários, apaniguados e outros tantos
assemelhados igualmente inúteis e aproveitadores; pelos cuidados com as
políticas gerais e abrangentes de interesse nacional e não somente das
políticas sociais, que são importantes, mas foram feitas de forma capenga e
ineficiente, porque a miséria ainda é alarmante; pelo completo desprezo ao
desgraçado populismo mantido com recursos públicos, com viés meramente
eleitoreiro; pela decidida disposição de governar o país de forma republicana e
não somente para os interesses da classe política dominante e de partidos
governistas, objetivando apenas a perenidade no poder; pela priorização de
metas e políticas públicas voltadas para a solução das mazelas crônicas e
arraigadas; pela profunda mudança do programa Mais Médicos, de modo que sejam
prestigiados os profissionais brasileiros, por meio do fomento de programas
genuinamente nacionais, com a urgente melhora das políticas da alçada do
Sistema Único de Saúde, que gasta muito e não tem efetividade dos recursos
despendidos; e, enfim, pela extinção de gastos exorbitantes com mordomias,
regalias e privilégios, por haver discriminação com relação àqueles que vivem
na miséria.
Importa
sublinhar sobre a relevância da urgente implantação do princípio da austeridade
com relação às despesas com viagens, cartões corporativos, aluguéis, telefones,
luz, água, transporte etc., como forma de dar o expressivo exemplo de
administrador que valoriza os recursos dos contribuintes, que são eternos sacrificados
com tributos injustos, principalmente diante da contraprestação dos serviços
públicos que não merecem sequer ser classificados com esse nome, porque eles
são pessimamente prestados apenas como paliativos, à vista da insatisfação
generalizada da população, que já não suporta mais nem falar em novo governo,
com suas promessas sem a menor credibilidade, porquanto elas nem sempre são
concretizadas.
O
Brasil precisa de urgentes mudanças e isso somente acontecerá se o novo
presidente tiver sensibilidade e responsabilidade para copiar tudo o que foi
protagonizado pelo governo da petista e prometer executar exatamente tudo ao
contrário, bem diferente do foi executado por ele de ruim, péssimo e
prejudicial aos interesses dos brasileiros, com o que, por certo, seu sucesso
na gestão pública será notável e terá condições de passar para a história
republicana como um dos melhores presidentes do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 13 de maio de 2016
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