segunda-feira, 2 de maio de 2016

Será verdade?


Segundo reportagem publicada no jornal O Globo, a presidente da República deverá decidir, na sexta-feira, renunciar ao cargo, como forma de abreviar o sofrimento torturante do processo de impeachment contra ela, que tramita no Senado Federal, considerado por ela e seu partido, o PT, como um golpe de Estado.
A informação do aludido jornal dá conta de que a petista irá renunciar ao cargo, sem antes convocar nova eleição presidencial para o dia 02 de outubro vindouro.
Segundo a reportagem, a presidente irá enviar PEC (proposta de emenda constitucional) ao Congresso Nacional, com vistas a possibilitar que o processo eletivo seja realizado ainda neste ano.
Enquanto aguarda a conclusão sobre o processo de afastamento da titular do Palácio do Planalto, o vice-presidente teria sido informado acerca do pronunciamento dela, nas redes de TV e rádio nacionais, com informação à população acerca da renúncia e, concomitantemente, ainda solicitaria que o peemedebista tivesse atitude semelhante, como forma de viabilização da pretendida eleição. 
Numa espécie de consulta à oposição, o resultado foi amplamente contrário à ideia de nova eleição, sob o argumento de que não há respaldo na Carga Magna para novo pleito presidencial, antes de 2018, tendo por base somente a renúncia da presidente do cargo. 
Não há a menor dúvida de que a ideia de renúncia da presidente atende em cheio, diante do momento de graves crises, o anseio dos brasileiros honrados e cônscios sobre a premência da desocupação da cadeira presidencial por quem, de forma absolutamente incompetente, não teve condições de evitar que a nação fosse tragada para o abismo da recessão, do desemprego, da desindustrialização, da redução do salário do trabalhador, da alta de inflação, da elevação dos juros, da precária prestação dos serviços públicos, da disparada das dívidas públicas, do rombo das contas públicas, do descrédito da autoridade presidencial, do vergonhoso fisiologismo, da redução da arrecadação, da inexistência de investimentos em obras indispensáveis ao desenvolvimento e à melhoria das condições de vida da população, enfim, de muitas precariedades e mazelas que contribuíram para o terrível desconforto e sofrimento dos brasileiros.
A presidente precisa encerrar, por meio do ato nobre da renúncia, com chave de ouro, à vista do seu espírito de brasilidade, se é que ele realmente existe, a sua desastrada gestão, que tem sido exemplo de extrema mediocridade, por ter sido considerada a pior de todos os tempos, conforme avaliação e reconhecimento incontestáveis da maioria absoluta dos brasileiros, por meio da sua insatisfação expressa nas pesquisas de opinião.
Trata-se de imensurável serviço prestado em nome dos brasileiros, que não suportam mais assistir à administração do país sendo cada vez mais envolta em degradante processo de solvência, por meio da visível decadência dos princípios da ética, moralidade, legalidade e dignidade, que são incompatíveis com os conceitos de eficiência e valorização das instituições públicas, que jamais passaram por tamanho processo de degeneração.
A situação do país é visivelmente periclitante e perigosa, a ponto de se considerar que a permanência da presidente no cargo terá o efeito tão destruidor que o país poderá ficar muitos anos para a recuperação das conquistas perdidas, à vista da premência da reformulação das estruturas do Estado, que se compara a um paquiderme inerte, obsoleto e anacrônico, funcionando à ano-luz dos avanços das nações sérias e desenvolvidas democraticamente.
Os brasileiros precisam se unir em pensamentos positivos, para que suas forças possam contribuir para que a presidente consolide a sua firme vontade de renunciar e de prestar relevante contribuição à felicidade da população, dignando-se à efetivação de magnânimo gesto somente compatível aos grandes estadistas de reconhecer que o seu governo fracassou e somente trouxe infortúnio e desesperança para os brasileiros, à exceção daqueles egoístas, que ainda imaginam que a desgraça da má gestão pública precisa continuar para satisfazer seus interesses e suas conveniências, como têm sido os movimentos sociais, os pelegos e demais criaturas que pouco importam para as deficiências da administração do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de abril de 2016

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