O diretor do filme Aquarius e a atriz que se destacou em Dona Flor e seus dos Maridos encabeçaram protesto, no tapete
vermelho do Festival de Cannes (França), contra o que eles denominaram de “golpe”
de Estado sublimado no processo de impeachment contra a presidente da República
afastada, possibilitando a assunção do poder por seu vice-presidente, de forma interina.
A manifestação foi realizada por ocasião da estreia
do longa no evento, tendo contado com a participação dos figurantes do filme,
que seguravam cartazes com frases em diversos idiomas, como “O Brasil está passando por um ‘golpe’ de
Estado”, “Um ‘golpe’ aconteceu no
Brasil” e “54.501.118 votos foram
queimados”. A citada atriz não segurava cartaz, mas esteve presente ao
evento, ao lado da equipe em apoio à causa.
É evidente que o protesto em tela se dá porque o
novo governo transformou o Ministério da Cultura em Secretaria, que passa a ter
vinculação ao Ministério da Educação, porém com a incumbência de executar as
mesmas políticas de governo para a área da cultura.
É indiscutível e isso fica muito claro que, para as
pessoas como aquelas, o interesse particular
prevalece sobre as causas coletivas, pouco importando se a racionalização
administrativa pretendida resultará em diminuição dos gastos públicos ou até
mesmo sobre a possibilidade de melhoria das ações inerentes à cultura.
Também não deve haver para elas a menor preocupação
quanto à situação do desemprego no país, ao fechamento de empresas, à piora da
qualidade de vida dos brasileiros, aos aumentos da inflação e dos juros, e,
enfim, às precariedades da gestão pública, porque importa mesmo é a manutenção
do status quo, em que elas possam
facilmente se beneficiar das oportunidades propiciadas com recursos públicos,
em termos de concessão de incentivos financeiros, quando seus projetos culturais
devem ser custeados com recursos próprios.
À toda evidência, as mencionadas pessoas devem
ignorar que golpe mesmo, na acepção da palavra, foi dado pelo governo petista, que
protagonizou o maior calote eleitoral, com robustas e absurdas mentiras,
afirmando que o país se encontrava às mil maravilhas, quando ele já se
encontrava destruído e quebrado, depois das abusivas gastanças na última campanha
eleitoral, além de ter a paternidade do mensalão e do petróleo, que constituem
os maiores escândalos da história republicana, com a materialização de desvio
de dinheiro público.
Esses artistas que apoiam governantes
comprovadamente prejudiciais ao interesse da população, à vista dos desastrados
resultados da economia, também prestam enorme desserviço ao país, notadamente
porque as expressões de seus cartazes não condizem, em absoluto, com a
realidade dos fatos, não merecendo senão o repúdio dos brasileiros de verdade,
que não podem concordar com farsa estruturada na vã tentativa de destituir
processo do impeachment revestido de plena legitimidade, como tal respaldado
pelo ordenamento jurídico do país e Supremo Tribuna Federal
Brasileiros de verdade têm a
sensibilidade de não se exporem ao ridículo de ficar defendendo governo que foi
capaz de destruir emprego, produção e investimentos, em nome da continuidade do
poder, sobretudo em cruel detrimento dos interesses da população, conforme
atestam as pesquisas de opinião, dando conta da enorme insatisfação da
população.
É preciso se apurar se o filme
"Aquarius" foi financiado pelo suor dos brasileiros, por meio de
incentivo da Lei Rouanet, a justificar, por parte dos beneficiários, a forma da
perda da mamata dos recursos concedidos pelo então Ministério da Cultura, que
teve a sua principal serventia beneficiar cineastas, artistas, escritores,
cantores, produtores culturais etc., com recursos públicos que poderiam ter
sido aplicados exclusiva e efetivamente em fins culturais para beneficiar o
povo.
Esse bando de antibrasileiros precisa
se conscientizar de que os 54,5 milhões de votos não têm o condão de respaldar
as bandalheiras e as destruições protagonizadas pela gestão da petista, que tardiamente
foi enxotada do Palácio do Planalto justamente pela prática de crime de
responsabilidade, por ter atropelado grosseiramente regras comezinhas de
administração orçamentária e financeira, que não tem, para tanto, o apoio dos
citados votos, à vista dos resultados de pesquisas de opinião pública,
mostrando que a maioria absoluta dos brasileiros é contrária à gestão da
petista.
Diante disso, conclui-se que a presidente
afastada não contaria, na atualidade, com os mesmos votos da última campanha
eleitoral, justamente porque o conjunto da sua obra não mereceria senão o seu
imediato afastamento da Presidência, como terminou acontecendo, em processo
absolutamente respaldado pela legitimidade atestada pelo Supremo Tribunal
Federal, à luz de suas reiteradas decisões negando petições impetradas pelo
então governo e mostrando para o mundo que não existe golpe, porque as
instituições republicanas estão funcionando absolutamente na normalidade
constitucional e legal.
Aqueles ditos brasileiros deveriam
saber que a continuidade do governo petista somente contribuiria para a
intensificação da desgraceira que já causou imensuráveis prejuízos para os
brasileiros que moram no Brasil, conquanto os ”brasileiros” de Cannes moram nos
EUA ou na Europa, estando a distância do sofrimento imposto pelo governo
afastado.
Eles desconhece que a presidente
afastada conseguiu quebrar o Brasil com suas desastradas políticas que
empurraram o país para o terrível abismo do desemprego, da recessão, da
desindustrialização, dos juros altos, da inflação maluca, da falta de
arrecadação, dos péssimos serviços públicos, da inexistência de investimentos
em obras, enfim, para todas as precariedades impostas à vida dos brasileiros
residentes no país, as quais jamais serão sentidas pelos “brasileiros”
residentes em países sérios e civilizados, onde também não se concedem
incentivos para produções culturais em nome de pseudas culturas.
Os brasileiros precisam se
conscientizar sobre a necessidade de repudiar, com veemência, as manifestações
tresloucadas por quem, apenas por efeito do pernicioso fanatismo ideológico, tenta
demonstrar desconhecimento, por conveniência, sobre os verdadeiros fatos
motivadores do processo de impeachment da presidente da República afastada, que
cometeu sim crime de responsabilidade, por ter ignorado as normas de
administração orçamentária e financeira, conforme demonstra o rombo nas contas
públicas. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 18 de maio de 2016
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