segunda-feira, 9 de maio de 2016

O populismo degenetativo


O presidente da Venezuela concedeu reajuste do salário mínimo e das pensões, no percentual expressivo de 30%, ao ensejo das manifestações pelo Dia do Trabalhador, quando foram detalhados outros aumentos à renda dos trabalhadores que foi reajustada, este ano, em 105%, embora a inflação de 2015 tenha superado o percentual de 180%.
Segundo o presidente daquele país, trata-se do 12º aumento salarial concedido desde que ele assumiu o cargo e o segundo deste ano, que passa a valer imediatamente.
A renda mínima integral passará para 33.636 bolívares, o equivalente, pasmem, a US$ 88,89 na taxa oficial de 378,37 bolívares, com a soma do salário (15.051 bolívares) e um bônus obrigatório de alimentação (18.585 bolívares), detalhou o chefe de Governo, ou seja, o salário mínimo venezuelano representará aproximadamente o valor de R$ 310,00, o que não significa absolutamente nada para o trabalhador.
Ao anunciar, com as pompas próprias da soberania ditatorial, o presidente venezuelano pontificou: "Vocês acham que um presidente da direita poderia fazer isto? Só um presidente chavista pode defender os salários e as pensões", fato que demonstra o tanto da manipulação e da demagogia impostas aos venezuelanos, à vista da mixaria que representa o salário mínimo, que o ditador qualifica de defesa dos salários e das pensões, que foram reajustados em percentuais inferiores à metade da inflação do ano anterior, que tem o poder de corroer o poder de compra do trabalhador.
Agora, percebe-se facilmente o tanto de hipocrisia e de demagogia do tirano, à vista do lastimável e maluco desempenho da economia daquele país, que fechou 2015 com inflação de 180% a.a., com base em números oficiais, mas a projeção de 720% para este ano será e de 2.200% para 2017, conforme os cálculos projetados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgados recentemente.
Fica muito claro que 30% de aumento sobre a renda, em contraposição à provável inflação de 720%, chega a ser ridículo e o presidente ainda se vangloria, que só pode ser em tom de deboche, dizendo que somente governo socialista pode atuar com tamanha generosidade, em desprezo a presidente de direita, que não seria capaz de promover magnanimidade com os assalariados daquele país, cujo salário mínimo é mais do que irrisório, muito menos da metade de idêntico salário tupiniquim.
Não há a menor dúvida de que é deplorável a situação econômica da Venezuela, que atravessa momento de enorme dificuldade falimentar, conforme mostram os indicadores econômicos e o valor do salário mínimo é o retrato fiel da decadência causada por regime mais do que decadente e ultrapassado, cujo governo, pelos seus atos de desumanidade, somente se mantém graças ao discurso populista e mentiroso de muita incompetência, que ainda se vangloria quando concede reajuste salarial bem distante da desvalorização da moeda, pela galopante inflação.
Trata-se, à toda evidência, de tirano que agoniza em pleno governo decadente, que insiste em continuar no poder causando fome e desespero ao povo, que foi grosseiramente ludibriado com as promessas populistas, que levaram o país à extrema miséria, graças à essência da absurda prática do desgraçado regime socialista/comunista, que tudo tem feito para continuar no poder, não importando os estapafúrdios instrumentos empregados, inclusive a destruição dos princípios humanitários, com a imposição do desabastecimento e da escassez de gêneros de primeira necessidade, que são práticas comuns naquele país.
Como meio de se evitar tragédia insanável, nos casos horrorosos como os caracterizados na Venezuela, seria de bom alvitre que houvesse medidas jurídicas, de forma cautelar e prudencial, para serem acionadas sempre que o país se encontrasse na iminência do abismo, como é o caso daquela nação, de modo que o governo pudesse ser avaliado pela população, mediante sufrágio universal, com vistas ao afastamento de seu titular, sob o argumento da desastrada administração, devidamente prejudicial aos interesses nacionais e do povo, que tem o direito de recuperação da dignidade humana.
Os fatos mostram, com muita clarividência, que não existe gestor público na Venezuela e se existe a incompetência vem contribuindo para a terrível degeneração dos comezinhos princípios administrativos e humanitários, eis que o país se dissolve em precariedades e mazelas em desfavor dos interesses dos venezuelanos, que cada vez mais são tratados com medidas desumanas, com destaque para a escassez de tudo, principalmente de produtos de primeira necessidade, como alimentos, remédios, água, energia  etc., em clara evidência dos malefícios resultantes do horroroso sistema socialista.
A tática populista da esquerda está cada vez mais desacreditada, porque tem o exclusivo objetivo de se manter no poder, custe o que custar, não importando o respeito aos direitos humanos, que são relegados a planos secundários.
 A indiscutível destruição da Venezuela é clássico exemplo dado de irresponsabilidade governamental ao mundo, que se fundamenta na famigerada Revolução Bolivariana, cujos pilares vêm ruindo e se destruindo progressivamente e levando consigo a importante dignidade do ser humano, cujo sistema tem a tresloucada simpatia do governo tupiniquim, que tentou sem o menor sucesso seguir o desastroso método populista do socialismo do século XXI, que somente tem serventia para as tiranias que insistem em se manter no poder, como forma de proteção da classe dominante, mesmo com a degeneração dos princípios e valores humanitários. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 09 de maio de 2016

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