sábado, 21 de maio de 2016

Degeneração versus depressão


Famoso colunista do Metro Jornal suspeita que a saúde do ex-presidente da República petista vem contribuindo para manter ligada a luz amarela, com o alerta de que ele pode estar com sérios problemas.
Segundo o colunista, a demonstração de desinteresse do petista fica muito visível até mesmo quanto à discussão acerca da sobrevivência do PT e isso serviu para disparar o “alerta vermelho” no seio dos correligionários dele, diante da sua ausência na reunião da cúpula para definir o futuro do PT e o seu discurso até a presidente afastada ser julgada em definitivo.
Além de ter ficado em silêncio e aparentar bastante abatido quando a presidente foi afastada do Palácio do Planalto, ele também já não discursa nas raras reuniões que comparece, inclusive ele não compareceu ao evento em comemoração ao 1º de Maio do PT.
A retomada do câncer é negada por dirigentes do PT e pelo Instituto Lula, mas há reconhecimento por correligionários que o ex-presidente enfrenta “profunda depressão”, sem apontar a sua causa.  
Um amigo íntimo dele disse que o petista convive com a insônia, provocada pelas investigações contra sua família, por suspeitar que a Operação Lava-Jato está “muito parada”, e isso pode ser prenúncio de mau sinal.
O todo-poderoso nunca havia passado por “profunda depressão” enquanto esteve com a poderosa mão no poder, manobrando e dirigindo, a seu talante, os destinos da nação, que ficou sob o seu comando e a sua orientação, com plenos poderes para indicar nomes para presidente, ministros e dirigentes de postos importantes nos poderes da República, sem sopesar as consequências de suas perigosas manobras, que culminaram com a degeneração da administração do país e o melancólico afastamento da sua pupila do Palácio do Planalto.
É evidente que a prepotência, vaidade e demagogia populistas têm seu limite e elas somente prevalecem enquanto a verdade sobre os fatos não for enfim revelada, como é o caso das investigações da Operação Lava-Jato, que estão mostrando a real face do verdadeiro político dos últimos tempos, cuja imagem vem sendo revelada com a nitidez que seria impossível sem as poderosas delações premiadas, que não deixam dúvidas quanto às verdadeiras atitudes dos homens públicos tupiniquins, que até então se passavam por aqueles que tinham a áurea de honestidade e de pureza, mas, à luz de ensinamento bíblico que “a arrogância precede à ruina”.
É pena que a história vai cuidar de contar que a pessoa que poderia ter escrito lindo e exemplar capítulo da existência republicana brasileira, quando o operário metalúrgico virou presidente da República, teria sido tragada pela arrogância, onipotência e prepotência, sendo dominado por “profunda depressão”, naturalmente diante do infortúnio marcado pelos terríveis fatos do presente e do sombrio futuro, que se vislumbra perturbador e ameaçador, à vista das cruéis revelações feitas pela Operação Lava-Jato, que têm o poder quase sempre destruidor.
Para quem já foi considerado verdadeiro “deus”, diante de sua performance política, baseada nos programas sociais, com viés populista e caudilhista, não pode haver nada pior quando se perde o respeito e a admiração das pessoas, justamente em razão de fatos que não condizem com a dignidade exigida dos homens públicos.
Não se pode avaliar quem, no momento, enfrenta pior depressão, se o ex-presidente, com as perturbadoras investigações envolvendo a sua família e ele próprio, ou o povo, que convive com a tragédia do desemprego e da falta de dinheiro para sustentar a sua família, cuja desgraça é originária dos horrores causados pela terrível recessão econômica, oriunda da desastrada petista, que foi completamente incapaz de evitar o caos que se instalou no país.
Em princípio, a notícia é um excelente presságio, por deixar a real possibilidade de que o petista pode ter tido raro surto de consciência sobre a desgraceira e a destruição do país pelo governo petista e percebido que o estrago causou rombo imensurável, de difícil recuperação mesmo a longo prazo, e que isso não condiz com as potencialidades econômicas do Brasil, que teve a sua população não fanatizada nem pelega completamente arrasada e destruída na sua dignidade, graças às precariedades das políticas públicas executadas pelo governo petista.
É possível que a depressão do ex-presidente tenha por causa a impossibilidade de voltar atrás e fazer tudo aquilo que o partido planejada antes de assumir o poder, quando entendia perfeitamente os reais significados dos princípios da ética, da moralidade, da legalidade, da dignidade, da competência, do decoro, da honestidade, da eficiência e, enfim, do repúdio à corrupção que foi a marca consagrada da gestão petista, muitíssima representada pelos famigerados casos do mensalão e petrolão, que são considerados os maiores escândalos com recursos públicos da história republicana.
Diante de tanta indignidade protagonizada pelos governos petistas contra os brasileiros, não resta a menor dúvida de que se conscientizando dos verdadeiros estragos produzidos, o ex-presidente não poderia ser indiferente ao sentimento de ser humano normal, tendo como consequência profunda depressão, como se a culpa pela forte degradação recaísse exclusivamente sobre a pessoa dele, por ter sido até endeusado por seus atos que resultaram, enfim, no caos que se encontra o Estado brasileiro. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 21de maio de 2016

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