segunda-feira, 11 de julho de 2016

A destruição da dignidade humana


O ex-presidente do Uruguai disse, em avaliação a atitudes do presidente da Venezuela, que ele "está louco como uma cabra", cujo diagnóstico aconteceu em resposta aos ataques do mandatário bolivariano ao uruguaio secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
O presidente venezuelano demonstrou irritação diante da postura do dirigente da OEA, com relação ao referendo revogatório que ameaça afastá-lo do mandato, fazendo com que o chavista acusasse o uruguaio de ser "agente da CIA".
Diante do que classificou de paranoia do bolivariano, o ex-presidente uruguaio achou por bem defender seu compatriota, ao afirmar que "Tenho grande respeito por Maduro, mas isso não me impede de lhe dizer que está louco. Louco como uma cabra".
Sobre a acusação contra o secretário-geral da OEA, que foi chanceler durante seu governo, o ex-mandatário uruguaio assegurou que ele "não é nenhum traidor nem funcionário da CIA. Almagro é um advogado, escravo do direito. Eu discordo de Almagro em algumas coisas, mas também discordo de Maduro.".
Na mesma linha de raciocínio, o secretário-geral da OEA também não deixou a provocação do venezuelano sem resposta, tendo afirmado que "Não sou agente da CIA. E sua mentira, mesmo que seja repetida mil vezes, nunca será verdade.”.
O uruguaio afirma que o presidente venezuelano se transformará em um "ditadorzinho" se impedir o referendo revogatório e que: "Negar a consulta ao povo, negar a ele a possibilidade de decidir, te transforma em mais um ditadorzinho, como tantos outros que o continente teve."
Também chamado de "traidor" pelo chavista, o secretário-geral rebateu, dizendo: "Presidente, você trai seu povo e sua suposta ideologia com suas diatribes sem conteúdo, é traidor da ética da política com suas mentiras e trai o princípio mais sagrado da política, que é se submeter ao escrutínio de seu povo".
Não há a menor dúvida de que o presidente ditador da Venezuela precisava ouvir boas verdades sobre o sentimento das pessoas que têm condições de avaliar as atitudes tirânicas dele, como foi qualificado como traidor da vontade do seu povo, por impedir que haja o referendo revogatório previsto na Constituição daquele país, cujas manobras por ele engendradas estão empurrando para o próximo ano a realização do referendo sobre a avaliação do desempenho do citado tirano, o que não resolve absolutamente nada em benefício social, porque o regime bolivariano continua no poder, massacrando e martirizando a população, em especial com o desabastecimento de alimentos, remédios e produtos essenciais à vida humana.
Para os brasileiros, a maior gravidade dessa loucura caprina é que ela estava prestes a contaminar inclusive a mandatária do país tupiniquim, em razão de a sua perniciosa ideologia bolivariana ser simpatizada e defendida até há poucos dias pelo então governo petista, que não disfarçava seu incondicional apoio às ditaduras dos países socialistas, com destaque para a da Venezuela, cujo governo, com suas incompetência e insanidade administrativas, conseguiu destruir as estruturas daquele país e impor a miséria generalizada no seio do seu povo, conforme mostram os fatos que ainda transpõem os muros do regime socialista.
Compete aos brasileiros se posicionar contra a retrógrada ideologia socialista, cujos resultados são expostos com muita realidade nos fatos degradantes acontecidos na Venezuela, onde seu governo, a par de ser de extrema incompetência, impede que a população realize, de forma democrática, à vista de haver previsão constitucional, referendo revogatório, para o afastamento ou não do presidente que massacra e destrói a dignidade do seu povo, não somente com a restrição ao acesso à alimentos e remédios, mas ao impedimento à livre manifestação da cidadania e dos direitos humanos de se expressar livremente, em clara contraposição ao salutar princípio democrático. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 11 de julho de 2016

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