O
Ministro da Defesa garantiu que não vão faltar dispositivos de defesa e de
segurança para garantir a tranquilidade nos jogos olímpicos, que deverão ser
cuidados com a força militar de 21 mil homens das Forças Armadas e a participarão
do esquema de segurança na cidade.
Ele
disse que "Não vai faltar segurança
na Olimpíada do Rio. De forma alguma, de maneira alguma", tendo
detalhado que, durante o evento, a utilização das Forças Armadas ficará sob o
Comando Militar do Leste, no Centro do Rio.
O
ministro disse que "Quando falamos
em 21 mil, estamos falando de Rio de Janeiro. Originalmente, a nossa previsão
era de que teríamos 18 mil homens trabalhando diretamente na Olimpíada aqui do
Rio de Janeiro. Entretanto, houve uma solicitação do senhor governador Dornelles
para que fossem disponibilizados mais efetivos e, então, nós
colocamos mais três mil homens. Vamos
atender a todos os requisitos que o Comitê Olímpico Internacional nos delegou
realizar".
Já
o ministro da Justiça disse que o ponto positivo da segurança durante a Olimpíada
será a integração das Forças Armadas com a Polícia Federal e os polícias
do estado.
Ele
assegurou que haverá "Uma maneira de
integração jamais vista. Uma maneira de integração de trabalho que avançou
muito desde a Copa do Mundo. Uma integração de planejamento, de execução, para
que nós possamos garantir total segurança, total tranquilidade nos jogos
olímpicos. Seja para os cariocas, seja para os brasileiros e estrangeiros que
vêm ao Rio de Janeiro assistir à Olimpíada".
A segurança da Olimpíada ainda será apoiada
e estruturada com a integração de 12 navios, 1.169 viaturas, 70 veículos
blindados, 28 helicópteros, 48 embarcações de diferentes tipos e 174 motos,
além de armas e munições e equipamentos logísticos.
Os
homens das Forças Armadas foram distribuídos de forma estratégica para a sua
atuação em setores específicos, segundo as áreas de especialização de cada
força, ficando o patrulhamento sob a sua competência.
O
controle aéreo ficará sob a incumbência da Força Aérea Brasileira, que não
permitirá a entrada de aeronave estranha nas áreas dos jogos, sob pena da sua destruição
em caso de insistir na permanência na área proibida.
O
Ministro da Justiça disse que o policiamento nos pontos turísticos da cidade ficará
sob a incumbência da Polícia Militar do estado: "Isso é segurança pública. Caso haja necessidade de acionar a Polícia
Federal, já há um protocolo integrado previsto. Temos forças de contingência
caso seja necessário".
Um
general explicou que "Tudo que
existe de capacidade de contraterror na Marinha do Brasil, no Exército
Brasileiro e na Força Aérea Brasileira foi agrupado neste comando conjunto para
que nós colocássemos essas capacidades à disposição durante os jogos olímpicos".
As
explanações deixam claro que o planejamento inclui técnicas contrainteligência
e antiterrorista, que foram treinadas e aperfeiçoadas para o grande evento,
para a qual são empregados homens e forças contraterror.
No
total, são 21 instituições incumbidas da organização da segurança do evento,
com custos estimados em R$ 1,5 bilhão, sendo que vão participar 85 mil agentes
da segurança dos jogos, cujas delegações poderão ser monitoradas e tempo real.
A
segurança será tão completa que 47 mil homens estarão no evento, na área de
segurança pública, responsável pela segurança de autoridades, segurança viária
e de tráfego, policiamento ostensivo nas ruas, defesa civil, segurança das
instalações, polícias judiciária e marítima, repressão a crimes cibernéticos,
vistorias e contramedidas de explosivos, cooperação policial internacional,
serviços de inteligência e enfrentamento ao terrorismo.
Trata-se
do maior e mais completo sistema de segurança proporcionado para evento dessa
magnitude, sendo que foi disponibilizada quantidade expressiva de recursos para
manter a superestrutura preparada para a Olimpíada, enquanto os brasileiros vão
continuar sem qualquer segurança e ainda desprovidos dos serviços públicos de
incumbência do Estado, que continuarão sendo prestados de forma precária -
quando prestados -, à vista da escassez de recursos que certamente vão ficar
cada vez mais rarefeitos ou até mesmo inexistentes.
O
ministro da defesa garante que "Não
vai faltar segurança na Olimpíada", mas, e depois desse evento, quem
vai garantir a segurança da população, quando houver a desmobilização das
tropas e não restar mais nada de toda dinheirama aplicada somente para evento
dispensável, dispendioso e inútil, quando não restar nada para ser usufruído
pelos brasileiros?
O
certo é que o povo vai ficar a ver navio, padecendo com as precariedades de
sempre, pela eterna falta ou deficiência dos serviços públicos prestados pelo
estado, que arrecada bastante e com eficiência, mas não aplica os recursos de
forma prioritária e efetiva.
Toda
essa mobilização somente demonstra o alto nível de irresponsabilidade e
incompetência das autoridades incumbidas de propiciar segurança pública para a
população do Rio de Janeiro e do resto do país, que têm consciência de que o
estado está dominado pelas quadrilhas de bandidos e criminosos, muitas das
quais bem armadas, que aterrorizam com tranquilidade a população daquele
estado, mas os cuidados de segurança somente têm validade para a duração da
Olimpíada, e depois, quem é que vai proteger a população?
Se
antes da Olimpíada, a insegurança era a marca do descaso e da incompetência do
governo do Rio de Janeiro, não há a menor dúvida de que a falência do estado
será decretada sem demora, porque o primeiro passo já foi dado com a decretação
do estado de emergência, prenunciando a situação periclitante ali reinante.
Os
brasileiros precisam se conscientizar sobre a urgente necessidade de mudança de
governantes, nas esferas da federação, sempre que eles demonstrarem incapacidade
para administrar recursos públicos, porque isso reflete de forma prejudicial à
governança, como tem sido os casos patenteados na Presidência da República e nos
estados, que estão sem recursos, com dívidas, falidos, em estado de penúria e
emergência, sem as mínimas condições de prestar dignos serviços públicos à
população, que padece com a precariedade, o sucateamento e até mesmo a inexistência
da saúde, da educação, da segurança pública, da infraestrutura, do saneamento
básico e demais assistências que incumbem ao Estado, na forma constitucional. Acorda,
Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 12 de julho de 2016
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