sexta-feira, 29 de julho de 2016

A insensibilidade humana


Segundo notícia veiculada no site de Veja, aproximadamente 50 animais teriam morrido de fome, nos últimos seis meses, em um dos principais zoológicos da Venezuela, em razão da grave escassez de alimentos que afeta o país.
De acordo com uma líder sindical da área de parques públicos, as mortes no zoológico de Caricuao, em Caracas, atingiram, principalmente, porcos vietnamitas, antas, coelhos e aves. Ela disse que alguns animais morreram por terem deixado de comer por duas semanas.
A líder sindical conclui afirmando que “A história dos animais de Caricuao é uma metáfora para o sofrimento venezuelano”.
Com vistas à apuração dos fatos, promotores abriram processo para verificar as causas das mortes de “várias espécies de vida selvagem”, no mencionado zoológico. 
Há informação de que, atualmente, leões e tigres do zoológico de Caracas estão sendo alimentados, pasmem, com frutas e vegetais, como mangas e abóboras, a fim de compensar a falta de carne. Já os elefantes estão comendo frutas tropicais, em vez de sua tradicional dieta de feno, segundo disse a líder sindical.
A situação caótica e dramática dos zoológicos é reflexo dos muitos e generalizados problemas por que enfrentam os venezuelanos, que diariamente são submetidos ao martírio de terríveis horas de filas nos supermercados, implorando, enlouquecidos, por comida, que simplesmente sumiram das prateleiras, mas o governo insiste em sacrificar a população, cujo fim tende a ser o mais trágico possível, ante a insensibilidade do presidente do país, que insiste em continuar no comando da nação, mesmo depois de comprovar para o mundo a sua debilidade, que ainda tem inexplicável apoiadores para a desgraça do povo, que também dá apoio à indiscutível monstruosidade.
As gravíssimas crises daquele país atingem variedades segmentos, desde o social, político, administrativo e principalmente econômico, que foi destruído pela drástica queda dos preços dos combustíveis, fazendo com que o país detentor da quarta reserva mundial de petróleo, sendo um dos principais exportadores de petróleo e membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fosse fragilizado em termos econômicos, visto que ele não possui alternativa à produção de petróleo.
As crises de governança ensejaram a realização de manifestação, organizada pela oposição venezuelana, para exigir do poder eleitoral a efetivação, o quanto antes, do referendo revogatório contra o presidente do país, cujo slogan foi: “Revogatório já”, que era gritado em local restrito, distante do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), onde dirigentes da Mesa da Unidade Democrática (MUD) pretendiam entregar carta com sua petição, mas foram impedidos de chegar até lá.
Na “democracia” venezuelana, pouco adiante o povo implorar, reclamar ou gritar por mudança de governo, mesmo que o ato esteja previsto na Constituição aprovada pelo regime chavista, porque este se apoderou das principais instituições da nação, como o Executivo e o Judiciário, não permitindo que o Legislativo, que tem maioria oposicionista, por exercer, na plenitude, seu verdadeiro papel de fiscalizador dos poderes da República, que praticamente são comandados sob o comando absoluto do tirano bolivariano, que eliminou os direitos humanos, restringiu as liberdades individuais e os princípios democráticos, não permitindo livre manifestação sobre os direitos políticos da população.
Um líder da oposição declarou, em tom de um misto de alerta com ameaça, que “As pessoas não querem violência, mas se não houver solução pode acontecer qualquer coisa. A paciência do povo está se esgotando”.
Não há dúvida de que o presidente da Venezuela trata o povo sob a ótica da monstruosidade e da vileza, à moda própria dos comunistas/socialistas, com o emprego da hipocrisia e da demagogia, com a prevalência da igualdade para todos, que tem sido, na realidade, o exato princípio da desgraça e da decadência para todos, salvo para a nata do socialismo, que não passa fome e não conhece os dissabores da miséria, do sacrifício e do sofrimento.
A insensibilidade dos comunistas está causando a desestruturação social, a pobreza generalizada, a completa desindustrialização, a asfixia dos princípios econômicos, a incompetência administrativa e demais mazelas e precariedades que estão contribuindo para que a nação venezuelana seja inviabilizada e fragilizada, fazendo que seu povo padeça no inferno terrestre, graças à loucura plantada, germinada e cultuada pela vontade ingênua e bestial dele, i.e., do povo, que permite que seu sofrimento se perpetue ad aeternum.
Os venezuelanos precisam se despertar dessa letargia destruidora da racionalidade e da civilidade, porquanto a permanência dessa apatia alimenta e fomenta a ideia deformada do socialismo, que já plantou suas raízes de destruição e maldade, à vista da degeneração de nação que já foi exemplo de seriedade e organização competente e estruturada.
          É evidente que, quanto mais tempo esse regime deletério e perverso existir, maiores sofrimentos e castigos hão de ser espargidos entre os venezuelanos, que precisam reagir e bani-lo o quanto antes do seu habitat, por se tratar do regime da degeneração social, política, administrativa, econômica e democrática, ante os evidentes exemplos de crueldade e generalizada decadência.
Os organismos internacionais e as nações sérias e evoluídas precisam se unir em repúdio aos crimes cometidos contra a população da Venezuela, bem assim contra os indefesos animais, que também estão sendo atingidos pelas insensatez e crueldade da escassez, em especial de alimentos.
É lamentável que o governo, que tem sido cruel com a população, em especial diante da terrível falta de alimentos, remédios e demais gêneros de primeira necessidade, essenciais à vida, também estenda suas maldades e crueldades aos animais irracionais, que, indefesos, estão sendo inseridos no maldoso processo restritivo de alimentos, até atingirem a morte.
Convém que os países civilizados, os organismos internacionais, como a ONU, OEA, e outras importantes entidades de defesa da vida se mobilizem, para manifestar em repúdio aos maus-tratos e crimes cometidos pelo governo venezuelano contra a humanidade e agora também contra os animais, de modo que sejam evitadas tragédias de maiores proporções, que estão ocorrendo em nome da absurda Revolução Bolivariana, fruto de mentes doentias e distorcidas, que não têm a menor sensibilidade para a observância dos direitos humanos e o respeito à vida animal. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
          Brasília, em 29 de julho de 2016

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