quinta-feira, 21 de julho de 2016

O perigoso risco da volta


Conforme pesquisa realizada pelo Datafolha, 50% das pessoas entrevistadas opinaram pela permanência do presidente em exercício, até 2018, enquanto apenas 32% disseram preferir o retorno da presidente afastada ao cargo.
A mesma pesquisa mostra que outros 4% disseram que nenhum dos dois acima indicados tem condições de, nas circunstâncias, governar o país e 3% declaram preferir a realização de nova eleição, para a escolha de novo mandatário.
          O Datafolha quis saber o que é melhor para o país, tendo obtido como resposta a adesão de 50% dos entrevistados pela continuidade do peemedebista na Presidência da República, 32% pela volta da petista, 4% sem preferência por nenhum dos dois e apenas 3% pela realização de nova eleição.
A pesquisa abrangeu apenas 2.792 entrevistados, em 171 municípios, e seu nível de confiança é de 95%.
Em síntese, o Datafolha também quis saber dos entrevistados sua opinião sobre o afastamento em definitivo da presidente, tendo obtido 58% como resposta favorável deles à medida e 35% não concordam com ela. Na pesquisa anterior, realizada pelo instituto em abril, antes da votação do afastamento da presidente pela Câmara dos Deputados, 61% eram favoráveis ao impeachment e 33% disseram ser contrários a ele.
A pesquisa também avaliou a opinião dos entrevistados sobre o governo interino, sendo que 42% dos ouvidos responderam que ele faz governo regular, enquanto 31% o consideram ruim ou péssimo, 14% avaliaram como ótimo e bom e o restante disse não saber responder.
A aprovação do presidente interino, nos termos da pesquisa, assemelha-se à da presidente afastada, no início de abril, dias antes de seu afastamento, em que 13% disseram que o governo dela era ótimo ou bom e 65% responderam como ruim ou péssimo.
Diante do quadro de destruição deixado pela presidente afastada, sobretudo à vista dos estragos causados à economia, à moralidade, à competência, ao emprego, à prestação dos serviços públicos etc., custa acreditar que o fanatismo e a idolatria à incompetência político-administrativa ainda tenham a preferência de 32% das pessoas entrevistadas, dando a entender a existência do completo desconhecimento sobre as reais condições de governança petista, à luz das deficiências na sua gestão, que foi indiscutivelmente incapaz de evitar o caos e a ruína na execução das políticas públicas, que se encontram depauperadas, notadamente no que se refere às contas públicas, que se mostram envoltas em crônicos déficits, na ordem de R$ 170 bilhões, cujos reflexos dificultam a retomada do desenvolvimento, a curto ou médio prazo.
Não obstante, as referidas pesquisas têm o condão de alertar não somente o governante, mas também a sociedade para a urgente necessidade de mais trabalho, eficiência e competência como possíveis estratégias capazes de viabilizar a superação das crises política, econômica e administrativa, à vista de as potencialidades econômicas do Brasil puderem contribuir para o tão ansiado crescimento socioeconômico.
Quando a presidente do país foi afastada, a ruína da competência, credibilidade, economia e das políticas públicas já era realidade materializada, sem a menor possibilidade de reversão do quadro absolutamente caótico, graças à falta de condições administrativas do governo, que se debatia em terrível quadro de penúria, ao meio do redemoinho do descrédito, da desorientação, da omissão, da desmoralização, da falta de visão e do completo distanciamento da realidade sobre seus erros praticados na condução das políticas pública e econômica, em especial no controle das contas públicas, diante dos rombo e déficit somente sanáveis a longo prazo.
Certamente que a volta da presidente afastada ao Palácio do Planalto teria o condão de entregar a chave do país à equipe de governo que já demonstrou extrema capacidade de destruição e de ruindade quanto à inaptidão de se enxergar a realidade sobre os fatos e de priorizar as políticas públicas indispensáveis ao atendimento das necessidades públicas, à luz dos nefastos resultados da economia, capitaneada pela forte recessão e pelo recorde de desemprego, e dos serviços públicos, todos representados pela ruína e precariedade.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre a realidade da nação, sob o prisma da deletéria gestão petista, conforme mostram os pífios indicadores econômicos e o destroço na condução das políticas públicas, como forma de se propugnar em repúdio ao retorno da presidente da República afastada ao principal cargo do país, que foi deixado por ela em estado terminal, respirando com a ajuda de aparelhos na UTI, mas a nação ainda corre o perigoso risco de parar de funcionar em definitivo se esse desastre da volta vier a acontecer. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 21 de julho de 2016

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