sábado, 2 de julho de 2016

Repúdio às manifestações egoístas


O tão fiel petista ex-ministro da Casa Civil da Presidência da República admitiu erros do governo da presidente afastada, na condução econômica e política.
O petista fez o mea culpa e aproveitou para criticar o PMDB e o presidente em exercício, tendo afirmado que “É importante reconhecer que nosso governo cometeu erros. Erramos na condução da economia e na condução da política”.
O petista afirmou que “Nenhum desses erros, no entanto, foi maior do que o de ter feito aliança com o grupo político que se encontra no poder. Quando firmamos a aliança com o PMDB, jamais imaginávamos que estaríamos nos unindo a um vice traidor e usurpador. Jamais poderíamos imaginar que estaríamos nos aliando a um grupo que se revelou o que há de mais conservador na política brasileira”.
          Custa acreditar que petista autêntico venha a público admitir que seu governo cometeu erros na condução de algo, uma vez isso não faz parte de seu ideário de reconhecer suas falhas, embora elas tenham sido da maior gravidade possível, com a capacidade de causar ruína e destruição do país, em termos econômicos.
          Mas o petista não deixa dúvida de que os piores e mais graves erros, que conduziram o país à tragédia generalizada, com destaque para a econômica, não têm a menor importância porque, na opinião dele, o erro capital foi "a aliança com o grupo político que se encontra no poder", exatamente por ter sido o mesmo grupo que deu sustentação, por todo tempo, ao governo do PT, que jamais havia visto nele qualquer mácula, motivo ou suspeição de absolutamente nada errado enquanto havia coesão e participação solidária na consecução de seus mútuos objetivos políticos, notadamente no período que funcionou a dominação política e a estabilidade do poder.
É lamentável que o país ainda tenha que suportar político com mentalidade tacanha que enxerga seus erros somente quando seus objetivos são drasticamente contrariados, ou seja, no caso, se o PMDB se mantivesse firme no governo do PT, jamais o ex-ministro seria capaz de vir a público com a cara mais deslavada para admitir os gravíssimos erros de seu governo, que sempre foi considerado pelos petistas e seus inacreditáveis seguidores a melhor gestão do mundo, apesar dos negativos e prejudiciais indicadores, notadamente econômicos.
À toda evidência, o país se encontra atolado em abissal mar de tudo que é ruim e desaconselhável para uma nação com o potencial econômico como o Brasil, que jamais poderia estar onde se encontra se a gestão petista não tivesse se distanciado dos saudáveis princípios da modernidade, competência, eficiência, economicidade, transparência, moralidade, entre outros que permitiram que o país fosse empurrado impiedosamente para o retrocesso social, político, administrativo, econômico etc., sem que ninguém tivesse sido responsabilizado por tamanha incompetência administrativa.
As aludidas dificuldades são absurdamente representadas pela recessão econômica, pelo desemprego, pelos juros altos, pela inflação galopante, pelas dívidas públicas impagáveis, pelo descrédito dos investidores, pelas alianças espúrias, pela incompetência gerencial, pela desindustrialização, pela falta de competitividade, pela inexistência de investimentos público e privado, entre tantas mazelas que retiraram completamente o vigor de reação em rumo à retomada do desenvolvimento, tão ansiado pelos brasileiros.
          Urge que os brasileiros, no âmbito da sua responsabilidade cívica, repudiem, com veemência, as manifestações de homens públicos que, de forma egoísta, reflitam nitidamente defesa de interesses pessoais ou partidários, com indiscutível viés em dissonância com a realidade dos fatos, que mostram claramente a reação política somente em razão da perda do status quo e principalmente da dominação política e do poder, sem a mínima demonstração quanto aos objetivos e às causas nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de julho de 2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário