O tão fiel petista ex-ministro da Casa Civil da
Presidência da República admitiu erros do governo da presidente afastada, na condução
econômica e política.
O petista fez o mea
culpa e aproveitou para criticar o PMDB e o presidente em exercício, tendo
afirmado que “É importante reconhecer que
nosso governo cometeu erros. Erramos na condução da economia e na condução da
política”.
O petista afirmou que “Nenhum desses erros, no entanto, foi maior do que o de ter feito
aliança com o grupo político que se encontra no poder. Quando firmamos a
aliança com o PMDB, jamais imaginávamos que estaríamos nos unindo a um vice
traidor e usurpador. Jamais poderíamos imaginar que estaríamos nos aliando a um
grupo que se revelou o que há de mais conservador na política brasileira”.
Custa acreditar que petista autêntico
venha a público admitir que seu governo cometeu erros na condução de algo, uma
vez isso não faz parte de seu ideário de reconhecer suas falhas, embora elas tenham
sido da maior gravidade possível, com a capacidade de causar ruína e destruição
do país, em termos econômicos.
Mas
o petista não deixa dúvida de que os piores e mais graves erros, que conduziram
o país à tragédia generalizada, com destaque para a econômica, não têm a menor
importância porque, na opinião dele, o erro capital foi "a aliança com o grupo político que se
encontra no poder", exatamente por ter sido o mesmo grupo que deu
sustentação, por todo tempo, ao governo do PT, que jamais havia visto nele
qualquer mácula, motivo ou suspeição de absolutamente nada errado enquanto
havia coesão e participação solidária na consecução de seus mútuos objetivos
políticos, notadamente no período que funcionou a dominação política e a estabilidade
do poder.
É
lamentável que o país ainda tenha que suportar político com mentalidade tacanha
que enxerga seus erros somente quando seus objetivos são drasticamente contrariados,
ou seja, no caso, se o PMDB se mantivesse firme no governo do PT, jamais o
ex-ministro seria capaz de vir a público com a cara mais deslavada para admitir
os gravíssimos erros de seu governo, que sempre foi considerado pelos petistas
e seus inacreditáveis seguidores a melhor gestão do mundo, apesar dos negativos
e prejudiciais indicadores, notadamente econômicos.
À
toda evidência, o país se encontra atolado em abissal mar de tudo que é ruim e
desaconselhável para uma nação com o potencial econômico como o Brasil, que
jamais poderia estar onde se encontra se a gestão petista não tivesse se
distanciado dos saudáveis princípios da modernidade, competência, eficiência,
economicidade, transparência, moralidade, entre outros que permitiram que o
país fosse empurrado impiedosamente para o retrocesso social, político,
administrativo, econômico etc., sem que ninguém tivesse sido responsabilizado
por tamanha incompetência administrativa.
As
aludidas dificuldades são absurdamente representadas pela recessão econômica,
pelo desemprego, pelos juros altos, pela inflação galopante, pelas dívidas
públicas impagáveis, pelo descrédito dos investidores, pelas alianças espúrias,
pela incompetência gerencial, pela desindustrialização, pela falta de
competitividade, pela inexistência de investimentos público e privado, entre
tantas mazelas que retiraram completamente o vigor de reação em rumo à retomada
do desenvolvimento, tão ansiado pelos brasileiros.
Urge
que os brasileiros, no âmbito da sua responsabilidade cívica, repudiem, com
veemência, as manifestações de homens públicos que, de forma egoísta, reflitam
nitidamente defesa de interesses pessoais ou partidários, com indiscutível viés
em dissonância com a realidade dos fatos, que mostram claramente a reação
política somente em razão da perda do status
quo e principalmente da dominação política e do poder, sem a mínima demonstração
quanto aos objetivos e às causas nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 02 de julho de 2016
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