A
exemplo da enxurrada de críticas que foram feitas à realização da Copa do Mundo
de Futebol, agora é a vez da Olimpíada dá goleada de contestações da sociedade
sobre os absurdos gastos com os preparativos, que já ascendem à cifra de R$ 39
bilhões, em obras que têm restritas benfeitorias para a população.
Os
fatos se repetem com a confirmação de obras superfaturadas, a correria para a
realização de projetos em execução e o bate-cabeças de sempre, no afã de
concluir tudo antes da abertura dos jogos.
Também
não chega a ser novidade que o governo federal tem tido a oportunidade de dá
seu show à parte, na presteza quanto à liberação de recursos para o
empreendimento, que se mostra mais do que solícito, como agora, quando acaba de
repassar ao governo do Rio de Janeiro a quantia de R$ 2,9 bilhões, para a
segurança e organização do evento.
O
aludido socorro financeiro àquele estado é feito em atendimento às queixas dele
de que seu caixa se encontra vazio e totalmente impossibilitado de assumir
qualquer gasto, à vista da decretação de estado de emergência, em demonstração
de completa falência.
Por
ocasião da Copa do Mundo de Futebol, o governo petista se orgulhava de ter
reformado ou construído belíssimos estádios, para mostrar ao mundo a sua
competência na realização de megaeventos esportivos, mas o resultado de todo
esforço foi para o espaço, diante da enorme dívida para com a população, porque
as obras verdadeiramente importantes deixaram de realizadas, em que pese a estapafúrdia
gastança com o empreendimento que contabilizou somente fracasso e decepção para
os propósitos do governo, até mesmo com as pífias e melancólicas atuações da
Seleção Canarinha, que se despediu da copa sob ruidosas e humilhantes derrotas.
Enquanto
isso, a equipe da presidente afastada poderia ter aproveitado não somente as
excelentes experiência e capacidade hauridas na execução de reforma e
construção de estádios e a realização de megalomaníacos eventos inúteis,
dispendiosos e inaproveitáveis pela população, por deixarem de atender ao
interesse pública, além da montanha de recursos gastos neles para a construção
de obras realmente compatíveis com a realidade brasileira, como hospitais,
escolas, creches, estradas, portos e tantas outras obras prioritárias e
essenciais à assistência e ao desenvolvimento sociais.
Como se
sabe, muitos estádios estão servindo agora para absolutamente nada, apenas
representando verdadeiros elefantes brancos, mas consumindo recursos públicos
para a sua onerosa manutenção, como é o caso do estádio de Brasília, que é
apenas utilizado esporadicamente por times de fora, ficando sempre inutilizado.
Afora isso,
ainda tem o histórico de inúmeras obras inacabadas que continuam entulhando as
grandes cidades, as quais foram abandonadas por falta de recursos.
Cabe à presidente
afastada explicar e justificar junto à sociedade o tanto de obras prioritárias
que foram prometidas para a copa, mas deixaram de ser realizadas, embora já
tenham sido depositárias de bastante recursos, mas estão paralisadas, e outros
importantes projetos que sequer foram iniciados, apesar da promessa da sua execução.
À toda
evidência, fica muito claro que o governo petista, mentor desses megaeventos,
demonstrou, com a realização parcial de obras, plena incompetência
administrativa, exatamente por ter deixado de priorizar projetos e atividades
de interesse da população, sendo obrigado a aplicar recursos públicos em empreendimentos
que não atendem diretamente ao interesse público, ficando a população prejudicada
pela inexistência de obras para a sua utilização, como hospitais, escolas,
estradas etc.
No fundo,
o governo não pode e não tem direito algum de se vangloriar a propósito da
realização de eventos grandiosos, dispendiosos e absolutamente desnecessários
para a realidade brasileira, por se tratar de país altamente carente de obras
públicas e de muitas realizações essenciais à satisfação das carências sociais,
que certamente poderiam ter sido atendidas caso os governos petistas tivessem o
mínimo de sensibilidade e responsabilidade com o estabelecimento de prioridade quanto
às políticas públicas, que devem privilegiar exclusivamente a satisfação social
e somente, após isso, poder-se-ia pensar em outros empreendimentos
dispensáveis, inúteis e próprios de nações superavitárias, livres da
miserabilidade social existente no Brasil.
Os brasileiros
precisam exigir que o governo empregue a mesma quantidade de bilhões de reais em
obras e melhorias em efetivo benefício da sociedade, que não concorda com a
gastança para a realização de megalomaníacos eventos totalmente incompatíveis
com a realidade da população brasileira, que não suporta mais pagar escorchantes
tributos para tanto desperdício em empreendimentos dispendiosos e inaproveitáveis.
Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 1º de julho de 2016
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