A
presidente da República afastada comparou a situação política do Brasil com a
da Turquia, criticou o conceito de escola sem partido e defendeu o Mercosul.
A
petista comparou a tentativa de golpe de estado na Turquia com o atual cenário
político brasileiro, por entender que lá houve golpe tipicamente militar,
enquanto “Aqui no Brasil nós temos uma
outra circunstância. Nós temos um golpe parlamentar, que alguns chamam de golpe
frio, outros chamam de golpe institucional. Se você imaginar que no golpe militar você tem um machado quebrando a
árvore da democracia e a destruindo junto com o governo em questão, no caso do
golpe parlamentar, você tem parasitas atacando a árvore, fungos atacando a
árvore. Começa por algumas instituições, mas corrói todas as demais”.
A
comparação da presidente é de gigantesca infelicidade, por ignorar as
circunstâncias, quando o processo de impeachment contra ela transcorre, de
forma pacífica, com base em ditames constitucional e legal, por infringência de
normas de administração orçamentária e financeira, enquanto naquele país houve
realmente tentativa de golpe, com o uso de força militar, que resultou na morte
de centenas de pessoas e prisão de milhares de cidadão.
A
comparação absurda da presidente afastada, entre o processo de impeachment em
curso e outros fatos sem conexão um com outro, demonstra seu desespero de achar
que os brasileiros são imbecis e incapazes de avaliar os fatos como eles
verdadeiramente aconteceram, com a única tentativa de se passar por vítima,
apesar de ela não ter a sensatez de reconhecer seus erros, na forma como eles
são entendidos, com a devida clareza, tanto pelo Congresso Nacional como pelo
Supremo Tribunal Federal, que não se cansam de reafirmar a caracterização do
crime de responsabilidade fiscal, por ela ter menosprezado princípios
constitucional e legal, quanto à aplicação de recursos públicos.
Que
nome se pode dar a quem conseguiu destruir princípios da administração pública,
na forma de desastradas políticas públicas, e mandar para o espaço sideral esperanças
dos brasileiros, ao quebrar com machadada a árvore da economia, do emprego, da
produção, dos investimentos em obras públicas, dos serviços públicos de qualidade,
da moralidade, da eficiência da gestão pública e, enfim, do progresso nacional?
Trata-se
de terrível golpe da incompetência administrativa, que é letal, por agir com a
ganância de parasitas que atacam as estruturas do Estado, a ponto de ele não ter
condições de sobrevivência, entrando em estado de coma que afeta de morte a
nação.
À
toda evidência, mais uma vez a presidente afastada comete imperdoável equívoco,
à vista de brutal e forçada comparação que não condiz com a realidade dos fatos,
podendo apenas ter por objetivo, ao que se pode intuir, a sua exposição aos
holofotes da mídia, para não cair no ostracismo, em definitivo.
Os
brasileiros anseiam por que o processo de impeachment seja julgado o quanto
antes pelo Senado Federal, em especial com o veredicto favorável ao definitivo
afastamento da presidente da República, de modo a possibilitar a consolidação
da normalidade democrática, a competência na administração do país e a imediata
retomada dos ciclos produtivos e do pleno emprego, como forma capaz da volta ao
tão sonhado desenvolvimento socioeconômico. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 25 de julho de 2016
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